quarta-feira, 31 de março de 2010

Exame

Depois de inúmeras tentativas, consegui finalmente pregar os olhos no livro e ler aquela porcaria toda. Foram 10 perguntas sobre o blablablá, e 4 questões numéricas. Algumas perguntas eram mesmo cretinas, tipo qual foi a primeira empresa de energia da América, ou sobre a desregulação do mercado da Califórnia, mas no final das contas acho que fui bem. Depois da prova encontrei com o Ming, e algumas das nossas respostas batiam.

Amanhã tenho mais 2 provas, mas acho que serão mais trânqüilas, pelo menos não tem que ler nada, só brincar com números e letras. Vou aproveitar hoje a tarde pra passar na cidade e cortar o cabelo, que é bem mais barato que aqui na universidade. Também faz tempo que não ando de bike, praticamente minha única atividade física por aqui (fora a sinuca e o ping-pong). A foto de hoje é um detalhe de uma escada de incêncido em Chicago, algumas saídas mais parecem janelas do que portas, note que as escadas normalmente nunca vão até o chão (provavelmente pra evitar ladrões/invasores).

terça-feira, 30 de março de 2010

Provas...

A foto de hoje é da bela vista do café do edifício John Hancock em Chicago. Ontem estudamos todos no quarto do Anthony, bom saber que não somos só nós estrangeiros que achamos Terre Haute um suvaquinho de cobra. A Liz é da Califórnia, o Davi do Hawaii, e acho que o Anthony é de Illionois (não muito longe), também só vieram parar aqui por causa da faculdade, parece que se você procurar no Google por boa escola de engenharia em inglês você cai na Rose-Hulman. Realmente os laboratórios e os professores são bons, e deve ter um preço bem mais em conta do que uma similar em outro estado, já que se trata de Indiana, o suvaquinho da América.

Não conseguimos acabar tudo ontem a noite, e como eu tinha aula de manhã, acabei o homework 5 minutos antes de entregar... O que mais me preocupa é a parte teórica da matéria, ontem de volta ao meu quarto, eu peguei o livro pra estudar e foi tiro e queda - alcancei o sono profundo em menos de 30 segundos. Como fala sobre o mercado energético dos Estados Unidos e todas as legislações ao longo dos últimos anos, não deve ser tão tedioso pros americanos, mas pra mim e pros chineses que fazem essa matéria, aja saco...

Falei ontem com a Barbara que eu fui a Brazil no sábado, mostrei as fotos no celular, e ela deu 2 pulinhos de alegria, que eu fiz o dia dela. Ontem o filho da Sue também estava na residência com a esposa dele, ele mostrou as fotos, uma das pernas dele está bem fininha por causa da queimadura, a outra estava toda vermelha, de onde ele pegou um pedaço de pele e fez um transplante na outra. Já está andando e tudo, apesar do susto, acho que a tendência é só melhorar agora.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Zumbis

A foto ao lado é do centro histórico de Brazil, nada lembra as nossas terras tupiniquins... Ontem encontrei uma bala de isopor perto da cozinha, segundo a Homa são vestígios da caça aos zumbis, que acontece toda sexta-feira de noite. É verdade, na sexta-feira eu bem tinha visto um grupo de zumbis perambulando pelas residências. A versão americana de polícia x ladrão é zumbi x humanos, e eles vestem uma pulserinha pra identifcar os infectados, também não sei muito mais sobre o jogo...

Sem querer peguei o leite errado da geladeira, e quando estávamos acabando o molho, que sentimos um cheiro estranho, e jogamos tudo fora, o leite era válido até 2009! Agora não me pergunte o que ele estava fazendo lá... Apesar de não estar com tanta fome, dessa vez o frango ficou bem melhor, talvez porque botamos mais tempero e o molho mais espesso. Descobri que a prova de energias sustentáveis é na quarta-feira, justamente a que eu ainda não comecei o homework, mas combinei com o colega de quarto do Daniel de estudar hoje.

domingo, 28 de março de 2010

Brazil, IN

Apesar de ter planejado partir de manhã para Brazil, só consegui acordar quase 11h, e fui almoçar. Dei uma volta no lago, e descansei um pouco o almoço num mini-pier. Tem várias cidades aqui perto com nomes de países, dependendo de onde você estiver, pra chegar no Brazil você tem que atravessar o México e virar a direita no Peru. Levei pouco menos de uma hora pra chegar lá, mas de brasileira a cidade só tem a fonte sem água aí do lado, que se encontra perdida no meio de um parque. É uma réplica da de Ouro Preto, a diferença é que lá ela devia estar num paredão de algum prédio, aqui eles construíram um muro mesmo com a pia sem água. A cidade tem um centrinho histórico, tirei fotos de alguns prédios que lembram bem o estilo meio-oeste americano e um templo massônico. Infelizmente o museu da cidade estava fechado.

De volta a universidade, mandei um e-mail pro pessoal confirmando o horário da janta, e fomos preparar o strogonoff. Claro que esquecemos de tirar o frango do congelador, e ele estava uma grande pedra de gelo. Segundo o Beshir não é bom colocar no micro-ondas (?), e o descongelamos/cozinhamos com a água quente da pia, o que levou mó tempão. Depois, a outra surpresa: o creme de leite não era na verdade creme, mas parecia leite normal, bastante líquido. Tá bom que a janta não ficou lá essas coisas, mas como o nosso principal tempero era a fome, deu pro gasto. Hoje ainda tem o resto de arroz e o frango (já descongelado!) de ontem. Como alternativa ao creme de leite, tô pensando em fazer um pouco de molho branco, que pelo menos é mais pastoso.

Pra encerrar o dia, nada melhor do que uma partida de ping-pong. Ensinamos o estilo alemão pro Beshir e pro Emílio, e a maioria do pessoal da residência nos olhou meio estranho, mas ninguém quis se juntar a nós. Depois que o Emílio foi embora, criamos o vôlei de mesa, em dupla e sem raquetes, só com as mãos. Mais tarde devemos disseminar as novas técnicas pros outros estrangeiros. Uma galera do oriente médio foi e voltou ontem pra St. Louis.

sábado, 27 de março de 2010

Esportes

Como todos os meus exames serão na semana que vem, os professores resolveram adiantar o homework pro começo da semana, ou seja, se deixar pra fazer tudo na véspera, como é praxe, eu ia me ferrar. Comecei a fazer no início da tarde o trabalho de máquinas com o Daniel, só faltou o último exercício, mas resolvemos parar na hora do volei. Tem tipo um campinho de volei de 'praia' atrás do Residence Hall, tavam lá o Hassan, Beshir, Zaid e Amer.

Resolvemos depois emendar num futsal, todo mundo do Brasil conhece a minha (falta de) habilidade futebolística, mas é engraçado que só por ser brasileiro todo mundo acha que você joga um bolão. Só eu me aproximar do pessoal, que eles ficam nervosos e perdem a bola fácil. Como só tinha uma goleira, revezamos no gol. Eu só consegui marcar um gol a partida toda, mas parece que ninguém reparou isso. Eu levantei a bola, e não sei como ela passou por todo mundo e entrou, segundo eles no Brasil é normal fazer gols assim, bom aproveitar um pouquinho a fama enquanto ela dura...

Depois reunimos todo mundo pro show de soul/jazz. Era de graça para estudantes, assim como a pizza! Não sei se é impressão, mas a pizza da Domino's aqui não parece ser a mesma coisa que a do Brasil, é mais vagabunda, sei lá. O show foi muito legal, todos eram da comunidade black da Universidade de Indiana, eles não só cantavam e improvisavam muito bem, mas também tinha toda a coreografia, acho que só não foi muita gente daqui por causa dos exames na próxima semana.

Pra variar, fomos a sala de jogos: sinuca, totó, e ping-pong. Como éramos muitos, jogamos com as regras alemães, começa todo mundo ao redor da mesa e vai rodando, as pessoas vão saindo a medida que erram até restarem 2. No início é meio estranho, e quando restam só 3 você tem que correr muito, até ficar tonto. Tinha esquecido, mas ontem era aniversário do Daniel e do Christopher, comemoramos no lobby do Residential Apartment jogando cartas: Presidente, Desconfio, e mais uns outros. O pessoal também aproveitou pra comprar as passagens, que já começaram a subir, provavelmente por causa da nossa procura, hehehe. A foto de hoje são algumas das coisas que eu peguei da feirinha de saúde.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Tempo

Pode não parecer, mas a foto aí do lado foi tirada numa farmácia em Chicago, concordo que mais parece um super-mercado do que qualquer coisa... Hoje a Sue voltou a trabalhar, e soube da estória na origem, parece que o filho dela sofreu uma queimadura há alguns meses atrás na perna, e por menos de uma polegada que não atingiu uma das veias fundamentais, o que seria fatal. Agora ele pegou uma pneumunia braba no domingo e voltou pro hospital, mas ontem ele já estava falando e tudo mais.

O Hassan marcou uma partida de volei com o 'grupo internacional' às 17h, às 19h30 tem um concerto de jazz/soul com pizza grátis. Eu queria mesmo era descansar ou dar uma volta de bicicleta, mas como semana que vem estaremos em exames que valem quase metade da nota final, marquei de estudar com o pessoal daqui a pouco. Ainda não consegui me acostumar com essa comida, eles não tem nem arroz na cantina! Como não temos janta amanhã, cozinharemos algo normal: arroz com strogonoff.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Exames

Ontem enquanto estava estudando de manhã com o Daniel, a Barbara (uma das faxineiras) veio falar conosco, perguntou se eu já tinha ido ao Brazil, etc. Prometi que esse final de semana sem falta irei lá de bike. Eu bem que estava sentindo a falta da Sue, parece que o filho dela sofreu um acidente com fogo, e está no hospital há alguns dias, e essa semana ele veio transferido de Indianapolis para Terre Haute, mas que a Sue deveria voltar a trabalhar em breve. Ontema acabei perdendo a festinha do oriente-médio que teve perto da cafeteria, graças ao trabalho de casa...

Acabei perdendo o café da manhã, não sabia que era só até às 10h... No fim das contas, acho que fui bem no quiz de hoje, e como semana que vem vai ter o exame, o homework foi antecipado pra terça-feira... Hoje tava tendo uma exposição de saúde com várias bancadas perto da cafeteria, eu e o Said aproveitamos pra pegar várias canetas, escovas e pastas de dente, bloquinhos de anotação, band-aids, fio dental, lenços, desodorante, manteiga de cacau e um frisbee. Deu pra economizar uma graninha boa do Wal-mart, valeu a visita.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Clube dos Estrangeiros

A reunião dos estrangeiros da faculdade teve direito a pizza e refrigerante grátis, a Dida que eu conheci no dia anterior é a 3a na 'Linha do Poder', atrás de um indiano que é presidente e o vice, um sul-coreano. Na sexta-feira depois das provas tem uma janta internacional que eles vendem ingressos, e outras atividades. O filme, digamos, não era tão legal assim, e no final éramos uns 5 no máximo, mesmo os 'cabeças' do grupo saíram no meio do filme, e o presidente só voltou no final pra buscar o DVD...


Segundo o Juergen, um alemão que está fazendo o mestrado aqui em Suvaquinho, no início o tempo parece demoraaar pra passar, que não tem nada pra fazer, mas depois parece que ele voa, talvez devido a quantidade absurda de dever de casa. Um dos requerimentos era usar o que eles chamam de papel de engenheiro, na minha opinão uma frescura sem tamanho. Nada mais é do que um bloquinho com quadradinhos no verso, como se alguém sério fosse trabalhar/desenhar nisso. Ontem fui no Wal-mart procurar isso e aproveitar pra dar uma volta de bike, e não é que essa porcaria só existe na livraria da faculdade? Por sorte lembrei que o cara que estava nesse quarto antes de mim esqueceu o bloco de engenheiro dele aqui, e como não acredito que ele venha buscar, passei a usá-lo hoje pra fazer o homework. Também tem um livro grande de biologia, ainda não decidi o que fazer com ele...

terça-feira, 23 de março de 2010

Filme Internacional


Ontem tava comentando com a Liz sobre a viagem pra Chicago, e uma garota do lado era algo do tipo vice-secretária do clube de estrangeiros da universidade. A Karen nos mandou um email falando de um filme que vai passar hoje (Law Abiding Citizen), com direito a pizza e pipoca grátis! Segundo a garota que eu conheci ontem (ela é de Ancara, Turquia, mas estuda aqui na RH), vai ser meio que uma apresentação dos estrangeiros, e também aberto pros americanos que queiram nos ajudar (ouvi carona pra Chicago ou Indianapolis?)

Finalmente descobri o mistério do ferro de passar: segundo a garota da Turquia, o pessoal simplesmente pendura as camisetas depois de secar, segundo ela fica horrível, mas eles só passam mesmo tem uma entrevista ou algo assim. Como o ferro de passar eu tenho de graça na residência e os cabides eu teria de comprar no Wal-Mart, acho que vou continuar usando o ferro mesmo... Ainda estou enrolado com os homeworks, tenho de arranjar um jeito de fazer o de Energias Sustentáveis até às 13h30 de hoje... Deixei a roupa na máquina de secar, e vou apanhar agora. A foto de hoje é do show das baleias ou golfinhos, sei lá, no aquário de Chicago.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Viagem a Chicago

Nos dividimos nos carros de modo que ninguém pudesse falar na sua própria língua: 1 alemão, 1 brasileiro, 1 mexicano e 1 árabe em cada carro. Fomos seguindo o carro do Daniel, e orientados pelo caminho do GPS do Bruno, um pouco diferente do caminho do GoogleMaps. Só o fato de sairmos de Suvaquinho já nos fazia sentir muito melhor, assim que chegamos em Chicago, fizemos questão de sair e conhecer um pouco da cidade. Finalmente parecia que estávamos nos Estados Unidos, os arranha-céus gigantescos, a cidade grande de verdade, tudo ali! Bem verdade que fazia um frio desgraçado, e ventava pra caramba...

No dia seguinte, acordamos com a neve! Acho que tirando os alemães, ninguém mais tinha visto a neve. Nem preciso mencionar as bolas/guerras de neve, hehehe. Pegamos um ônibus até o Millenium Park, umas 5 quadras do albergue, que nos custou absurdos U$2.50 cada, a partir daí passavamos a fazer tudo a pé. Fizemos a visita completa no aquário, e não fomos pras torres por causa do tempo, não daria pra ver nada. Voltamos pro hostel e seguindo a sugestão do Sérgio, partimos de carro pros Outlets no subúrbio de Chicago.

Pro estacionamento tem uma maquininha onde você deve colocar U$0.60, mas o troço não liberava de jeito nenhum, por mais moedas que colocássemos lá. Depois de fazermos uma fila enorme atrás da gente, a polícia apareceu e mandou a gente passar. Tudo lá era muito barato e de qualidade, provei os jeans da Armani, que são realmente muito bons e tavam U$40.00 (mais barato que as minhas calças), mas ficaram um pouco largas... Comprei uma camiseta na mesma loja a U$9.00, eu jamais saberia a diferença pra uma do camelô, mas como tava o mesmo preço, aproveitei... Comprei um casaco da Puma a U$40.00, e um conjunto de luvas e touca da Nike a U$4.00 (o preço original era 40!)

No Domingo combinamos de voltar logo depois do almoço por causa do homework (sempre!). Fomos de carro até o grande feijão, e morremos em U$14.00 por 40 min de estacionamento, e depois fomos ao Hancock Tower, onde paramos na rua a U$2.50/hora. Lá em cima tava tudo nublado e não deu pra ver nada. Almoçamos com um amigo do Christopher que está morando em Chicago e ele nos passou algumas dicas, tipo aquela maquininha de moedas sempre dá problema, o que os americanos fazem é pagar depois pela internet. Acho que vamos pagar a taxa de novo pra evitar futuros problemas.

Ao voltar pra Terre Haute, perdemos o carro do Daniel no tráfego de Chicago, justamente o carro que tinha 2 GPSs. Por sorte o Edgar tem um iPhone, que mostra a nossa localização ponto a ponto e as estradas do GoogleEarth. Nos guiamos por ele, fizemos o caminho do Google e chegamos em Suvaquinho 1 hora antes do outro carro. Jantamos no Subway, e fiquei fazendo o homework de hoje até quase 2h da manhã... Agora vou fazer o trabalho de amanhã, mas com certeza a viagem valeu muito a pena!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Chicago!

Ontem finalmente ligamos e reservamos o carro e o albergue de Chicago. Os árabes que chegaram conseguem ser mais mão-de-vaca que não sei o que... A gente falou que ninguém sabe quando estaremos de volta nos Estados Unidos e temos mais é que aproveitar pra conhecer o máximo que puder, mas dos mais de 80 árabes que vieram, só 2 confirmaram. Assim, somos 8 pessoas para 2 carros. Como nenhum de nós tem mais de 25 anos, o preço por carro subiu a U$130.00 pros 3 dias (sexta, sábado e domingo), mas se formos 10, dá U$26.00 por pessoa, algo até razoável. Espalhei hoje de manhã uns cartazes aqui na residência, procurando urgentemente por caronas. Encontramos um albergue no centro de Chicago com vaga pro carro.

Um dos árabes está inscrito naquela matéria que nos enche de trabalho toda semana, mas como eu era o aluno ímpar do laboratório, fiquei num grupo de 3 (eu, o Daniel e o Lee). Hoje tem laboratório de controle, e eu não vou ficar pouco fulo da vida se eu for retirado do grupo... Pelo menos ontem eu não tive que fazer dever de casa, e hoje eu devo trancar a disciplina do EcoCar, que é lá depois do Wal-Mart virando a direita... Ah, quanto a polêmica do livro, a votação continua, só comentarem. Não esperem por postagens esse final de semana

quinta-feira, 18 de março de 2010

Homework... =/


Ontem o pessoal tava comentando no almoço que no treinamento de incêndio estava mó frio, e mó galera estava descalço, várias garotas só de top/calcinha pra dormir, e todo mundo tremendo do lado de fora, eu fiquei na minha e nem comentei que fui reprovado no treino... Agora, eu fico imaginando no Brasil, no Cepel também tinha alarme de incêndio, mas como nunca teve treinamento, não sei se as pessoas se dariam conta tão de imediato, a gente já se acostumou tanto quando o telefone ou o alarme dos outros toca, que nos desligamos desses barulhos. Apesar do pessoal reclamar tanto do treinamento, pelo menos você tá dando valor ao investimento, do que adiantaria ter um alarme que ninguém sabe como funciona?

Ontem a Barbara, a faxineira da residência que mora em Brazil colou na minha porta um mapinha de como chegar na cidade e na fonte que ela tinha comentado, provavelmente devi ir lá no outro final de semana. Hoje finalmente é o dia de entregar aquele homework gigantesco da semana passada. Como era de se esperar, deixamos pra fazer tudo na véspera (na verdade o Daniel já tinha feito uma das 15 páginas...). Fiquei até além da meia-noite na sala de estudos, quando finalmente consegui acabar tudo.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Treinamento de incêndio!

Pra quem não conhece, esse aí do lado é o meu prédio, Percopo Hall. Deviam ser umas 9h e pouco da noite quando começou a soar um barulho irritante, no início pensei que fosse do computador do Kyson, depois não pensei em mais nada. Continuei fazendo o meu homework normalmente, e mandei imprimir umas páginas no terceiro andar (não tem impressora no meu piso), estranhei o fato de não ter ninguém nos corredores, e o barulho do lado de fora do meu quarto ser ainda pior. Passei no quarto do Daniel pra perguntar o que era isso, mas não encontrei ninguém. Descendo as escadas que eu notei que umas luzes vermelhas estavam piscando 'Fogo!', e voltei pro meu quarto pegar o celular. Olhei pela janela, e vi todo mundo do alojamento no jardim do prédio, pensei duas vezes antes de resolver sair e do micão, mas pra minha sorte o alarme parou de soar.

Depois o assistente da residência veio falar comigo, saber se eu estava no quarto, eu tinha achado antes que fosse alguém fumando nos corredores, mas parece que era só um plano de evacuação, e que eu devia ter saído do prédio. Descobri que um dos chineses da minha aula de 'Energias Sustentáveis' também mora no Percopo, e segundo ele os seguranças checam se ninguém ficou dentro do prédio, o que deve ser o maior mico. Pra minha 'sorte' eu não fui encontrado.

A Pat conseguiu uma parceria entre este blog e a loja do Altivo, eles vão nos dar um livro para ser sorteado entre os meus leitores. Ainda estou decidindo as regras do sorteio. Quanto ao livro eu gostaria que vocês escolhecem. Pode ser qualquer um que tenha no site deles aqui . Deixem suas escolhas nos comentários e o livro mais votado será sorteado.

P.s. Meus leitores internacionais poderão participar da promoção contando que tenham um endereço no Brasil para receber os livros.

terça-feira, 16 de março de 2010

Dia de Maria

Estamos planejando uma viagem pra Chicago nesse final de semana, a lógica é que quanto mais tarde deixarmos, vamos ter mais trabalhos, homeworks, etc. A idéia inicial era alugar 2 carros ou uma van, mas como não pára de chegar novos alunos da KAUST, o jeito vai ser fretar um ônibus ou um comboio mesmo... Ontem teve o jogo semanal de Frisbie das residências, mas estava tão cansado que acabei nem aparecendo...

Conversei com as faxineiras, e a Barbara (a que mora em Brazil), falou que vai me trazer um mapa amanhã, pra quando eu for lá de bicicleta conhecer a fonte da cidade. Descobri que elas escondem o ferro de passar da residência, parece que ele andou sumindo por um tempo. Como não as encontrei de volta, vou mantê-lo no meu quarto, provavelmente até amanhã.

A foto de hoje é do lago que fica em frente a minha residência, detalhe pra capelinha ao lado e as cordas pra se atirar na água. Hoje está fazendo sol, e parece que vai esquentar ainda mais.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ontem eu resolvi tirar o dia pra - finalmente - fazer o dever de casa. Fui pra sala de estudos daqui da residência, e depois de um tempo, chegou uma chinesa, o problema é que como pelo menos pra mim elas são todas iguais, fiquei na minha. Depois que ela começou a falar comigo é que eu me toquei: ela senta na minha frente na aula de Energias Sustentáveis e pediu permissão pro professor pra usar a cópia pirata do livro que eu tinha no computador (sim...) Quase perguntei se ela era uma das chinesas que tocou violão no concerto, mas prefiri ficar na minha...

Ela agradeceu mil vezes o arquivo em .pdf e falou que ia devolver o livro na livraria (acho que custa quase uns U$200). Fui almoçar o que devia ser umas 12h30, quando dei de cara com a porta, o horário de verão mudou de sábado pra domingo, e claro que esse era o melhor jeito pra descobrir... Acertei todos os meus relógios possíveis e imaginários, e voltei pra residência. Como eu ainda não tinha saído do alojamento, aceitei passar no supermercado e comprar algumas coisas pro pessoal. Notei que os meus pneus estão meio vazios, mas me recusei a pagar U$0.75 pra calibrar os pneus no posto de gasolina, vou esperar alguém da residência chegar de bike e pedir pra usar a bomba de ar.

Como a fome não era pouca, marquei com os alemães do meu prédio de jantarmos num horário mais americano, tipo às 17h30. Apesar do prédio ser imenso, 4 andares, e sei lá quantos quartos por corredor, só tem uma cozinha, e claro, estava ocupada quando chegamos. Fizemos nós 3 um mini-campeonato de ping-pong até desocuparem o fogão, e fiz o prato mais tipicamente brasileiro de todos: macarrão com molho branco de atum. Saí em desvantagem porque na mesma hora que o nosso prato ficava pronto, os americanos tiravam do forno uma torta de frango com uma aparência muito melhor que o nosso... Mas como diz aquele velho ditado, o melhor tempero é sempre a fome, assim o macarrão estava uma delícia.

Depois ainda conferi as respostas do homework de segunda com o Daniel, e descobri que ele também nem começou a fazer o trabalho pra quinta-feira, que é realmente gigantesco. Hoje ainda devemos voltar ao laboratório concluir a experiência de sexta. Ah, pra quem tá se perguntando sobre a foto aí de cima, acho que é o que eles chamariam de pântano/floresta, nessa época do ano as árvores estão todas assim.

domingo, 14 de março de 2010

Concerto

Na verdade não era um concerto, mas várias apresentações, dos muitos grupos da universidade, então teve desde o coral da Rose-Hulman, a apresentações solo de piano, violino, musicais, instrumentais, música country e um cara muito estranho com um 'iô-iô chinês'. Confundimos o horário e chegamos cedo à beça, parece que todo mundo da região de Suvaquinho veio pra cá, convenhamos que de graça e num lugar onde não abundam tantas coisas assim, tem mais é que aproveitar mesmo.

O Spokerman da universidade destaca a importância de conciliar os estudos e outras atividades na RH, etc. Reconhecemos pelo menos 2 dos nossos professores tocando bateria, e alguns alunos. Acabou tipo umas 10h, e fomos jantar pizza. Às 11h a lanchonete fechava, e fomos literalmente expulsos. Apesar de teoricamente a sala de jogos também fechar às 11h, ela estava aberta, e sem ninguém tomando conta. A Homa (a que está tocando violino na foto) estava tentando renovar o DVD que ela pegou ontem pra não pagar multa, mas como não tinha ninguém, ela acabou se juntando a nós numa partida de sinuca com regras semi-brasileiras, semi-alemães. Segundo o Daniel, ontem ele ficou o dia inteiro fazendo o dever de casa (o mesmo que eu nem comecei), e não conseguiu acabar tudo.

Como ontem eu resolvi fazer aquela pequena aventura, acumulei tudo pra hoje. A vantagem de fazer uma matéria com alguém que você conhece é que em último caso você pode copiar o trabalho, hehehe. Respondendo a perguntas, ontem fez frio e a temperatura (pelo menos que eu vi nos marcadores) ficou entre 40 e 50ºF, acredito 40 ou 50º daqui não é quente. Eu também não sei a conversão ºF/ºC ou milhas/km, mas essas são as medidas que eles nos dão aqui. Hoje deve começar o horário de verão, antes estavamos atrasados 2h do Brasil, agora devemos ficar 3h. Vou tirar o dia pra fazer os deveres de casa, e talvez lavar roupa. Pra quem tá no Rio, não esqueçam de ligar pra mamãe, que é aniversário dela hoje ;-)

sábado, 13 de março de 2010

Illinois


Resolvi aproveitar que não estamos tão longe da divisa entre estados, e ir conhecer Illinois. É impressionante quando você cruza a fronteira entre Indiana e Illinois o asfalto muda abruptamente -desaparecem os buracos, e a cor também é um pouco diferente, sei lá, parece mais cinzendo. Tirando o fato de ter fugido de uns 2 ou 3 cachorros descoleirados pelo caminho, foi tudo ótimo. Vi também acho que um guaxinim na rua (aquilo que os escoteiros usam como chapéu), só que achei melhor não colocar a foto de bicho morto no blog.

Segundo o GoogleMaps, o primeiro 'lugar' com Wal-Mart do lado de lá da divisa fica na cidade de Marshall (foto), apesar de não parecer tanta coisa assim, levei mais de 2h de bicicleta até lá. Umas plaquinhas diziam que Lincon viveu lá, a cidade tem um centro histórico legalzinho, mas também pequeninho. É uma orelhina de cobra. Sentei num dos bancos da praça e comi uns biscoitos e Kit-Kats, quando notei que meu estoque de comida estava acabando.

Claro que eu não tinha anotado o endereço do Wal-Mart, mas devia ter alguma vendinha barata na cidade. A primeira coisa que eu notei, é uma taverna na rua principal (fechada a essa hora da manhã, claro), e me surpreendi ao ouvir um som alto saindo duma das casinhas do centro, pensei logo nos moradores, acostumados com esse silêncio típico de cidade do interior. Crente que tinha uma festa bombando até às 10h da manhã, quando uma velhinha abriu a porta e se juntou a galera dos 80 anos ou + na aula de dança...

Uma volta rápida na cidade (convenhamos que não podia ser diferente) e eu encontrei o 'Dollar General', uma cadeia de supermercados pequenos que também tem em Terre Haute, comprei quase 1/2 quilo de biscoito a U$1.00 e um pouco de leite. Recuperei as energias no mesmo banquinho da cidade, e voltei a Terre Haute. Foi legal, como diria o Tadeus, apreciar os campos de milho pelo caminho... Tem aqueles locais vermelhos pra guardar sei-lá-o-que igualzinho aos seriados de TV.

Cheguei na universidade todo suado (dei uma pedalada boa, achei que o refeitório fechava às 13h30-14h), mas dei de cara com a porta. Segundo o Bruno e o Edgar, pelo menos eu consegui sair de Terre Haute. Segundo o google, eu pedalei só nessa brincadeirinha 45 milhas! Aproveitei que ainda estava no 'pique' e fui pro Wal-Mart comprar uns sanduíches (U$1.88 cada) e uvas sem caroço (U$1.32 a libra). Vou descansar agora, porque daqui a pouco tem o conserto.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vida no Campus

A foto do lado é o tão famoso Wal-Mart de Terre Haute, tirada no primeiro dia que chegamos. Hoje chegou mais um KAUSTiano, Salaid, do Iêmen, mas que estudou na Malásia. Resolvi me inscrever em mais uma matéria, e hoje foi o primeiro laboratório, igualzinho ao que acontece no Brasil, o Matlab trava toda hora, tudo funciona de um jeito que ninguém espera, mas no fundo é até divertido.

Logo depois fui encontrar com o professor Heringter, do EcoCar, e peguei uma carona pro South Campus, que era próximo, mas não exatamente onde eu tinha ido. Mais parece um galpão, onde fica guardado o carro e todo o material. É legal trabalhar com outros alunos, pra voltar consegui uma carona até o alojamento. Ia dar uma passadinha na biblioteca pra entrar na internet, mas encontrei o Sérgio e o Edgar, e hoje eles fechavam às 17h. Como a fome não era pouca, resolvemos procurar os outros e ir jantar logo. O Bruno nos apresentou a uma colega dele, filha de iranianos, mas nascida e criada em Chicago, que conversou a beça com a gente, ela também vai tocar no concerto de amanhã. Nos recomendou chegar antes das 19h pra pegar um ingresso grátis.

Descobri que é relativamente normal os americanos não cumprimentarem muito, tipo, mesmo dividindo um quarto, se o outro está jogando video-game ou no computador, você só o ignora e não fala nada, com os outros estrangeiros tem sido a mesma coisa. Depois da janta passamos na sala de jogos, que estava aberta, e descobrimos algumas diferenças entre as regras de sinuca nos vários países, eu e o Sérgio convencemos que as regras brasileiras eram melhores, e 'adaptamos' algumas. Tipo, os mexicanos queriam se você errasse uma bola, colocar outra de volta ao jogo! O Christopher falou que amanhã a gente joga com as regras alemães, acho que eles não levaram a sério que não inventamos as regras na hora... Também tem uns DVDs nessa sala que a gente pode pegar de graça, de repente amanhã a gente aluga algum.

quarta-feira, 10 de março de 2010

South Campus

Descobri que o campeonato de Frisbee acontece todas as segundas-feiras às 23h, e devido a todos os apelos dos meus visitantes, semana que vem irei participar. Como os meus roomates são mais na deles, andei sondando o que os outros estrangeiros andam fazendo no tempo livre, o Beshir falou pra eu fazer esportes, o Daniel disse que tem corrido por aí, e o Sérgio, feito o dever de casa.

Pra não dormir às 21h de novo, dei duas voltas de bike hoje, uma passadinha no centro da cidade (que só reconheci porque a Karen tinha me mostrado onde era antes), e descobri que o South Campus fica a 30 minutos de bicicleta daqui da residência (foto de hoje). Encontrei na rua uma dessas cordinhas com ganchos que o pessoal usa pra fixar coisas no teto do carro, e guardei pra mim, quem sabe tem alguma utilidade um dia?

As faxineiras daqui da residência deram uns 3 pulinhos quando descobriram que tinham um morador novo, uma delas, a Sue, é britânica, mas já mora aqui há mais de 40 anos, a do 3º andar, Barbara, disse que é minha vizinha (Brazil é uma cidadezinha há poucos km daqui). Passei ainda na enfermaria, e o meu exame de tuberculose deu negativo! Não sei se a médica realmente saberia identificar se desse positivo, o do braço do Beshir sumiu, do Zaid ficou vermelho, e o meu, preto/azulado.

O laboratório hoje foi super trânqüilo, todos os relatórios são feitos em sala, é legal que a Elizabeth (minha dupla) corrige os meus erros de inglês na mesma hora. A outra matéria o laboratório só vai começar na semana que vem, tinha pensado inicialmente em fazer com o Daniel, mas acho que se fizermos com americanos vamos aprender muito mais.

terça-feira, 9 de março de 2010

Bike

Deviam ser quase 23h daqui quando o Trenton me chamou pra jogar frisbee, mas acabei recusando porque já estava mais pra lá do que cá. Encontrei o Sérgio hoje no café da manhã, e segundo ele cada residência tem um time, e eles competem entre si. O Beshir também estava jogando, e pelo visto todos os nossos perderam. Não entendi direito as regras, é algo parecido com futebol americano, se tiver hoje de novo vou tentar aprender. A foto aí do lado eu tirei no primeiro dia de suvaquinho, um dos canos congelados 'desanguando' no rio. Infelizmente está esquentando, e não tem mais previsão de neve, só com muita sorte mesmo...

Aproveitei que agora tenho bike e fui no banco abrir minha conta e comprei sabão em pó no supermercado menos de U$4.00, some os 7% e mais a minha taxa de delivery, vou dividir com o Sérgio e os 2 alemães (o que dá uma lavada por semana pra cada um). O que é estranho aqui é que como o período são só em 3 meses, nem parece começo de semestre, os professores sempre começam e terminam a matéria na hora, nada daquela enrolation típica das nossas universidades engrenando. Amanhã já tenho o primeiro laboratório, daqui a pouco só vão começar a surgir trabalhos e mais trabalhos =/

Tranquei logo uma disciplina que daria muita dor de cabeça e vou fazer só 3 matérias, como o pessoal das Relações Internacionais recomendou. Agora só conhecer uma aula, que é a tarde toda de sexta-feira, no 'South Campus', depois do Wal-Mart - vou precisar de carona pra ir pelo menos nos dias de chuva. Marquei de conversar com o professor nessa quinta, a disciplina é sobre um carrinho ecológico da faculdade, acho que pra competições aqui nos Estados Unidos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Day one

Bem, este aí do lado é o canto que me resta no quarto pra usar o laptop e pelo menos teoricamente - estudar. Nosso primeiro dia 'de verdade' com aulas e tudo foi hoje, e comecei a sentí-lo assim que recebi a carteirinha de aluno e usá-la no café da manhã. Tirando o que eles chamam de 'sucos' - estupidamente artificiais - e um gosto um tanto quanto exótico nas frutas tropicais, vale muito a pena. Além das coisas que só americanos de verdade conseguem comer a uma hora dessas, tipo: omeletes, refrigerantes, pizzas e sorvetes, também tem coisas normais, como cereais (vários deles!), pães, cream-cheese, leite, iogurte... Logo depois fiz o teste de tuberculose (ainda tenho que voltar lá no centro médico na quinta), peguei um formulário com as matérias que eu pretendo fazer, e quando notei, já era a hora do almoço. Apesar de tudo que a gente houve dos Estados Unidos, jamais imaginei que fosse algo assim, parece que tem hambúrguer, batata-frita, cachorro-quente, pizza e refrigerante todo dia, e que não são poucos os que comem isso sempre! A única coisa 'normal' que tinha hoje era um bolo de frango, purê de batatas e saladas, necas de arrozinho ou feijão...

Então as aulas de verdade começaram, meu professor de Energias Sustentáveis e Sistemas de Potência parece ser do Leste Europeu, e fala com um sotaque muito estranho... Já o de Máquinas de Potência tem um inglês muito mais limpo e fácil de entender. Descobri que um dos meus roomates (Kyson) já fez Energias Sustentáveis, e segundo ele é mamatinha, aproveitei pra pegar o livro no computador em .pdf. Logo depois o Dan Moore fez uma excursão com todos os estrangeiros pro banco/Wal-Mart, mas como já era próximo das 17h, não consegui abrir a minha conta. Aproveitei que estava no supermercado pra atualizar a tabela de preços desse site: bicicleta 18 marchas montada: U$74; celular vagabundo com 300 minutos/60 dias: U$29,88; 370g de biscoito coberto de chocolate: U$1,38; sabonete líquido: U$0,98; shampoo 2 em 1: U$2,97 + 7% de taxas em cada item. Como dá pra concluir, voltei pra residência pedalando, e a guardei no subsolo, na salinha das bikes.

Ao voltar pro alojamento, desbloquei o meu celular (número 812-201-9148), guardei as compras, e matei um pouco de tempo no computador. Planejava jantar umas 19h e pouco, quando vi o Kyson saindo daqui, perguntei até quando o refeitório ficava aberto, e pra minha surpresa, eles páram de servir a janta às 19h! Fui com ele jantar pizza aqui no campus (hoje abriu tudo), mas amanhã volto a minha dieta infalível do quanto menos despesa melhor. Acabei esquecendo de comprar sabão pra máquina, tínhamos combinado de rachar com os alemães, que moram no mesmo prédio que eu. De repente amanhã eu dou uma passadinha de bicicleta, afinal de contas não podemos nunca nos esquecer que o Wal-Mart de Terre Haute fica aberto 24h por dia, motivo de grande orgulho para o povoado local! =)

Como hoje é o dia internacional da mulher, dedico este último parágrafo a todas as leitoras desse blog, obrigado por fazerem parte desse mundo, e dentro do possível, encoragem-se ou levem as suas amigas a optarem pelas exatas, que a situação aqui é crítica. Uma das coisas que a gente mais sente falta é que parece que as garotas daqui só foram bem providas na parte da frente, a falta de bunda devia uma questão nacional... Sem contar na obesidade, mas também, comendo hambúrguer e batata frita todo dia não tinha como ser muito diferente, as poucas garotas magras/não-gordas do campus são todas asiáticas, não sei com o o governo americano ainda não criou nenhuma política para incentivar a entrada de mulatas no país...

domingo, 7 de março de 2010

Dia da Orientação

A maioria dos americanos (pelo menos daqui do alojamento) tem uma mania muito estranha de sair construindo os próprios móveis. Seria até interessante se fosse bem feito, convenhamos que na maioria das vezes é, digamos assim, um design 'arrojado simples'. As 4 camas do meu quarto são elevadas, embaixo ficam os armários e a mesinha de estudos/computador.


Depois de acordar antes do despertador, fui dar uma volta pra conhecer o campus e matar o tempo, já que a reunião marcada com o Moore era só às 11h30. Descobri uma trilha que passa atrás do campus, onde muita gente passa pra fazer caminhadas ou correr, e segui até chegar num condomínio. No meio do caminho, ainda tinha neve/gelo nos cantos, fiz o des-serviço de caminhar sobre ela e espalhar tudo de novo. Passei ainda por um lugar onde uma boa parte do chão ainda estava congelado, provavelmente por causa do orvalho, foi muito legal escorregar por ali, deve ser algo que nem patinação no gelo.

Nos encontramos com o Moore e a Karen (nossos orientadores daqui), um árabe (Deshir), um iemenita, o Sérgio e o mexicano (Edgar), todos da KAUST, além do Daniel e Christopher, da Alemanha, que estão no mesmo alojamento que eu. Nos levaram para almoçar num restaurante +- de comida indiana, buffet livre. Depois a Karen nos levou para uma cafeteria, segundo ela melhor que o StarBucks porque é dirigida por uma família do local. Ela destacou como é bom viver na América, onde tem espaço e todo mundo pode ter uma casa, com quintal, etc. O único porém é que você não vive sem um carro, e isso que é muito estranho aqui. Tem vários caixas eletrônicos tipo drive-trhu, e outras coisas do tipo.

De volta à faculdade, teve tipo uma atividade entre os estrangeiros pra nos apresentarmos, e uma das perguntas era justamente o que a gente achou do Wal-Mart, o que me pareceu ser o grande orgulho de Terre Haute... Como aqui não passa ônibus nem perto, o jeito é depender dos outros pra tudo. Preciso comprar cortador de unha, shampoo, biscoitos, e não posso fazer nada porque o Dan está ocupado e segundo a Karen um táxi até lá custa uns U$20 (só ida!), muito mais dinheiro do que eu planejo gastar lá. Vi uns planos de celular pra 3 meses, mas claro que nada a venda no campus, e como nada é acessível a pé, estou contando os dias pra comprar minha bicicleta logo. Quando voltamos pro alojamento, passei no quarto do Daniel pegar um adaptador pra tomadas, e pra nossa supresa, tava tudo no corredor, e o colega de quarto dele reformando umas estruturas (muito estranhos, diga-se por sinal) porque não estavam muito seguras - medo -.
Bem, amanhã começam as aulas, provavelmente chegarão meus colegas de quarto (idealmente motorizados) e vou poder passar a comer no refeitório. Vou tentar descobrir agora em que disciplinas eu me matriculei, já que eu mesmo me esqueci, hehehe

sábado, 6 de março de 2010

Bye-bye Brazil

E nada melhor pra matar as saudades do Brasil do que ter de resolver qualquer coisa no Banco do Brasil, não é verdade? Chegando na agência, se é recebido com aquela boa vontade típica de quem não está nem um pouco de saco cheio de receber clientes: - Previsão de atendimento no caixa daqui a 2 horas... Fazer o quê? Se já te avisam que vai demorar, se prepara... Depois de 2h30 de castigo naquela salinha lotada, finalmente chamam o meu número, aquele tipo de coisa que você com certeza não vai sentir um pingo de saudades do Brasil. Pra variar, vários dos programas que eu tinha planejado para fazer tiveram de ser cortados, e só visitei um apartamento que caia aos pedaços (literalmente!) com meus pais. Voltei pra casa, comi alguma coisa, joguei o que me lembrava na mala, e simbora pro aeroporto.

Depois de passar em todos aqueles esquemas de revista no Brasil, tirar os sapatos, scanner, etc., me preparei psicologicamente pro que seria nos Estados Unidos. No avião, fiquei na coluna do meio, o que significa que não pude apoiar na janela, e não consegui dormir quase nada até Houston... A primeira impressão que eu tive dos Estados Unidos foi a certeza de que eles são realmente um país bilíngüe, absolutamente tudo que era falado em inglês era repetido em um espanhol perfeito, assim como todos os funcionários falavam fluentemente as 2 línguas. O cara da imigração parecia um mexicano, apesar do temor de ser fotografado, ninguém percebeu a conjutivite (dá-lhe colírio!), e não perguntaram quase nada.

Apesar de toda essa paranóia de segurança, o sistema deles é muito falho. Como eu cheguei em Houston, Texas mais rápido do que o esperado, a funcionária do aeroporto sugeriu eu falar com o pessoal do Check-in pra procurar um vôo mais cedo, assim não passei nas revistas, despachei minha bagagem, e fiz o procedimento normal apenas. Ao chegar em Indianápolis (umas 11h), também achei muito estranho o recolhimento de bagagem ser na saída do aeroporto, onde qualquer um tem acesso. Bem, tive de esperar o cara da universidade chegar (3h depois de mim), e depois até o último aluno da KAUST (os sauditas que chegariam às 19h). Provei uma sopa surpresa coreana chamada Mizou ou algo assim, tinha alga, e umas coisas brancas boiando, parecia até queijo minas ou então palmito, sei lá. Os cheeseburgers do McDonald's são iguais os daqui (feitos de qualquer jeito), tirando o queijo, que tem mais gosto de artificial, tipo cheddar.

Esperei hoje talvez mais do que um dia cheio no BB, e como os sauditas não chegavam, recolhemos as bagagens deles (como qualquer um poderia fazer com a de qualquer um), colocamos no ônibus, e o Dan - finalmente - resolveu nos levar a Suvaquinho de Cobra, ao descobrir que não tinha previsam de chegada. Ainda tem restos de neve em vários lugares encostado na estrada, mais parece gelo. Ao chegar na cidade, fez questão de nos levar orgulhoso ao Wal-Mart da cidade, onde pudemos comprar travesseiros a €2,50 e edredon a €18,00. Vi uma bicicleta a €75, se não me engano. Cheguei agora na residência, vou tomar banho e desmaiar na cama, amanhã tem reunião às 11h30 com o Dan More.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Dia da viagem

Enfim, o esperado dia chegou. Meu vôo está marcado para hoje às 10h da noite, e como Murphy é pai, claro que algo tinha de dar errado... Ontem quando eu estava voltando de carro para casa, tive um ataque forte de coceira no olho, que não sossegou até pingar o colírio que a Pati usa nas lentes dela. Depois da soneca da tarde, reparei que meu olho tinha inchado muito, e fomos todos para o hospital. Pronto, diagnóstico de conjutivite, leva no mínimo uns 4 dias pra melhorar, falei com a médica que eu viajava hoje, e a sugestão dela foi dar uma disfarçadinha e torcer pra que ninguém me notasse. Uma rápida googleada com 'conjutivite' e 'avião', e você descobre que um vôo inteiro Teresina-Brasília teve de retornar pro Piauí por causa de uma única passageira com suspeita de conjutivite...

Nada melhor pra me trânqülizar no dia da minha viagem. Apesar da minha irmã ser contra, não falei pra ninguém da universidade sobre o ocorrido, e além do mais, quase ninguém deixa de ir trabalhar ou pegar o metrô só porque tá com uma virose. Além do colírio receitado, estou apelando pra umas receitas caseiras da internet pra suavizar o inchaço, tenho colocado constantemente gelo, o único problema é que às vezes fica um pouco vermelho, mas qualquer coisa faço o mesmo no 'olho bom'. No Brasil não creio que terei grandes problemas, já nos Estados Unidos não sei o que soa pior: ficar com olho inchado por causa de uma briga ou ser portador de uma doença infecto-contagiosa num avião fechado com outras 200 pessoas...

Além de tudo o mais, ainda nem comecei a arrumar as malas (normal de todo ser humano, deixar tudo pra última hora, literalmente). Agora logo depois do almoço vou no banco trocar dólares, visitar uns apartamentos, separar os documentos, dar mais uma disfarçada no olho, e acabou o meu dia. Amanhã vou passar o dia todo viajando (pelo menos assim espero), então não esperem um novo post tão cedo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Origem

Pra quem chegou desavisado por aqui, vou postar as minhas aventuras em Terre Haute, cidade onde vou morar por 3 meses, carinhosamente apelidada de 'Suvaquinho de Cobra' pela Débora - se é que isso existe, deve ser pequeno pra caramba! Segundo o Tadeus (o amigo americano da minha mãe), esse é um dos poucos lugares do interior dos Estados Unidos que você não encontra um boteco sequer, mas pra quem gosta de admirar enormes campos de trigo, é um local maravilhoso, perfeito para mães não terem que se preocupar com seus filhos. Mas isso foi há 25 anos atrás, quando a bombante metrópole tinha invejáveis 70 mil habitantes, segundo a wikipedia a cidade está bem mais trânqüila agora, a densidade populacional vêm diminuindo ano após ano, e agora a cidade tem quase um terço da população de Copacabana, 50 e alguma coisa mil.

O troço é longe de tudo e de todos, e a cidade de verdade mais perto, Chicago, é como do Rio a São Paulo... Me falaram que o grande 'point' da cidade é 'o Wal-Mart', pretendo fazer uma excursão turística, comprar uma bicicleta e conhecer o que quer que exista perto de suvaquinho nos finais de semana. Eu vou ficar no alojamento da universidade, até que dei sorte que o meu quarto (Percopo Hall) é direitinho, tem uns que tem azulejo até o teto e mais parecem um banheiro (como o do Sérgio), hahahaha. Recebi hoje a confirmação da viagem, parto pras altas terras de Indiana essa sexta, aguardem...