quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Restaurante Japa

Não sei quem estava com vontade de comer num restaurante japonês, e isso já bastou como desculpa para marcamos um jantar em Jeddah com os brasileiros e o André (português). Como eu moro bem em frente ao local de onde saem os ônibus, deixei pra chegar em cima da hora, e pra minha sorte, o ônibus lotou e umas 20 pessoas ficaram do lado de fora (foto). O Danilo também não conseguiu lugar, e tentamos arranjar mais gente pra rachar o táxi, mas a galera toda amarelou e voltou pra casa.

De volta a casa, perguntei como alguém que não queria nada pros meus roommates se eles não iriam pra cidade no final de semana, mas eles tinham planejado ficar na universidade estudando. Em questão de segundos o Hani e o Abdul começaram a ligar/mandar mensagem pra todos os amigos deles, e arranjamos uma carona de última hora com um colega de um amigo que nenhum dos dois conhecia! Gente finíssima, o Mohamed nos deixou na porta do restaurante.

Apesar de eu e o Danilo termos chegado quase com uma hora de atraso, quando a galera chegou, o restaurante estava fechado para oração, e tiveram que esperar mais de meia-hora. De volta a KAUST, degustamos alguns sucos de cevada na casa do Danilo, muito bons por sinal. Parece que algumas leveduras andaram trabalhando bastante por lá por quase 2 semanas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mountain Bike

Estava na praia, esperando o pôr do sol quando me surpreendei com um grupo de ciclistas subindo e descendo o morrinho de grama que dá na areia. Como também estava be bike, me juntei ao grupo, e demos uma volta por vários 'obstáculos' dentro do campus que obviamente não foram pensados para ciclistas, mas também não há placa nenhuma falando que é proibido.

A foto ao lado é o 'grande buraco', fica atrás de umas casas no Safaa Island, e a funcionalidade original é desconhecida, mas usamos para descer pegando impulso e subir rapidamente. Notei a necessidade de comprar um capacete, mas devo esperar para fazer o pedido junto com o pessoal num site de bicicletas da Inglaterra, e usar um emprestado enquanto isso.

Ontem a noite foi celebrado os 200 anos de independência e 100 anos de revolução do México. Teve uma apresentação formal no cinema sobre a história do país, e logo mais, uma janta mexicana, preparada pelos alunos daqui. Eles ainda contrataram esse cantor que veio diretamente do México para a Arábia Saudita só para cantar umas músicas tipicamente caipiras e vender o seu CD. Ainda bem que as músicas não se popularizaram tanto mundo afora quanto a comida...

Claro que o México tem vários locais bacanas, mas a exposição que ele tem mundo a fora é desproporcionalmente muito maior do que outros países também com grande potencial turístico, tipo o Brasil, a Malásia ou mesmo o Peru. Apesar deles reclamarem tanto da proximidade com os Estados Unidos, acho que isso deve ter ajudado bastante a desenvolver essa política de marketing mundo afora. É algo que ainda falta no Brasil, parar de achar que não estamos preparados ou que não somos bons o suficiente.

sábado, 25 de setembro de 2010

Fotos

Finalmente descobri do que se tratava a criatura ameaçadora de duas cabeças que volta e meia eu encontrava na praia de Safaa Island. Segundo um amigo mais espero do que eu, se trata apenas de um caranguejo, e o que eu achava que eram cabeças, são na verdade as patas/pinças dele. O formato mais achatado parece que o permite andar mais facilmente debaixo d'água, mesmo contra as ondas.

Todas as fotos que eu publico no blog são do meu celular, sem zoom nenhum e com um flash mais pra lá do que pra cá. Por isso que as fotos à noite ficam meio distorcidas, e pra tirar fotos legais dos animais eu tenho que chegar bem perto deles. Mas também consigo boas fotos, e como raramente imprimo, o propósito é apenas tê-las no computador, acho que estão de muito bom tamanho.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Jeddah

Como (ainda) não estou com muito dever de casa, resolvi que valia a pena dar uma volta em Jeddah. Aproveitei que o Saeed tinha uma consulta e peguei o ônibus com ele pro hospital, e encontramos a Rebbeca e a Patricia, que iam para a cidade comprar uma impressora. Acompanhamos elas no Baroon Center, e no meio da negociação, fecharam todas as lojas pra rezar. No primeiro piso tem um restaurantezinho, ia sentar com as garotas numa mesinha só pra passar o tempo. Rapidamente nos lembraram que elas não podiam sentar ali, e nos mandaram para um ambiente para 'famílias'. A verdade é que apesar das garotas não gostarem, eu sempre quis saber como eram esses espaços, super discretos e sem janelas.

Depois que as lojas abriram compramos a impressora e o cartucho da Rebbeca, passei no supermercado fazer um estoque. Depois enquanto o Saeed fazia o pedido no restaurante, ouvimos o chamado para reza, e não pegaram a nossa ordem. Finalmente pegamos um táxi para Al-Ballad, o centro histórico da cidade. É um desses locais que vendem várias bugingas baratas e eletrônicos de origem duvidosa. Comemos num restaurante árabe a R$4 por pessoa e depois demos uma volta, e quando notamos já era hora de voltar pro ônibus. Apesar ter bastante coisa pra fazer na universidade, é bacana ir pra cidade nem que seja só pra passear e ver algo de diferente.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia Nacional

Hoje é o chamado dia da nação, por isso essas bandeirinhas verdes espalhadas pelo campus. Pensei em pegar o ônibus que ia de manhã para a Ikea, mas não tinha certeza do horário. Seria frustrante chegar às 9h e constatar que o ônibus já partiu, mas chegar às 8h e descobrir que o ônibus só parte às 9h, significaria ter perdido uma hora importante de sono a toa. Via das dúvidas acordei às 10h, assim não tinha com o que me preocupar: tinha certeza que perdi o ônibus, mas dormi trânqüilamente! Tem um outro ônibus à tarde com um horário mais decente que também vai pro centro.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Hospital

Como de graça até injeção na testa, marquei uma consulta de oftalmologista naquele hospital 6 ou 7 estrelas de Jeddah. Tudo lá impressiona pelo luxo e glamour. Outra coisa que também me chamou a atenção é o fato de várias mulheres trabalharem lá. Acredito que seja uma das poucas profissões que elas podem exercer na Arábia Saudita. Mesmo nos shoppings, as lojas de roupa femininas só possuem atendentes homens. As médicas e as enfermeiras são dispensadas de usar vestimentas pretas dentro do hospital, a única diferença para o mundo ocidental era mesmo o véu.

O trânsito na Arábia Saudita é um dos piores que eu já vi, mas aqui nem dá pra botar a culpa nas mulheres, que não podem dirigir no país. As que trabalhavam no hospital ou voltavam de táxi ou com o motorista particular. Não vi nenhuma delas entrando no banco da frente.


Como ainda tinha de esperar pelo ônibus de volta pra KAUST, fui a um shopping perto matar o tempo. Pela segunda vez fui convidado a me retirar de um supermercado: eles apagam as luzes, avisam em árabe e em inglês que está se aproximando um dos momentos de oração e te dão 5 minutos para sair. Todas as lojas fazem isso 5 vezes por dia, se não podem sofrer uma multa pesada. Apesar de tudo, não vi ninguém se dirigindo a mesquita nenhuma. Todo mundo ficou sentado olhando um pra cara do outro durante os quase 40 minutos até o momento de abrir tudo de novo.

sábado, 18 de setembro de 2010

Volta às aulas

Sinto que essa parada logo no início do semestre é meio que como o nosso carnaval, segundo o Abdul-Rahman (um dos meus roommates), o ano começou agora! Aproveitei o último dia livre para fazer acabar o homework com o pessoal na biblioteca (foto), dar uma volta de bicicleta pelo campus, e finalmente, assistir um filme na casa do René. Agora é tempo de programar o próximo feriadão e garantir as passagens baratas, mais uma semana em Novembro! Estamos empenhados em convencer o maior número possível de pessoas a viajar com a gente para o Uzbequistão e Turcomenistão.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Homework ou...

Tem sido um dilema constante nessa última semana entre todos os alunos da universidade: fazer ou não fazer o homework. Quase sempre eu tenho optado segunda opção, já que o trabalho de casa eu posso sempre deixar para amanhã... Ontem resolvemos jogar Banco Imobiliário (Monopoly) no centro de estudantes, engraçado que apesar de estar em árabe/inglês não parecia estar muito adaptado a Arábia Saudita.

Volta e meia tínhamos que pagar taxas (estamos num país tax-free!) ou ainda, multa por dirigir bêbado (!). Defendemos que o jogo devia ser adaptado para infrações mais realísticas, tipo dançar em público, não cobrir o joelho, comer durante o ramadan, etcs. Mas o maior problema com esse tipo de jogo é que nunca acaba. Com o passar do tempo, todo mundo foi saindo e só ficamos nós na sala de jogos. Já passava da meia-noite e só o Phil tinha falido.

Finalmente chegou o final de semana, e a ficha está caindo que passamos o feriadão todo enrolando, e não fizemos o homework... Pra mim só falta 1 exercício, o problema é que parece que eu sou o mais adiantado da turma. O pessoal conseguiu enrolar ainda mais do que eu, e ninguém fez o que me falta... Mas tudo bem, ainda temos amanhã o dia inteiro para resolvê-lo =P

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Windsurf

Durante o dia há sempre menos vento na praia, por isso eles reservaram esse horário para os novatos em Windsurf. Com um pouco de prática dá pra pegar o jeito fácil. A parte mais legal é com certeza pegar o vento mais forte, e se a água fosse um pouquinho mais gelada, não pensaria duas vezes em pular no mar... Agora que eu e o John já somos 'seniors' no assunto, não precisamos mais marcar horário, só aparecer pela manhã e alugar as pranchas. Mais algumas aulas e poderemos aparecer de tarde também.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mar Vermelho

Ontem que eu esqueci a minha câmera, estava cheio de estrelas do mar, hoje eu só consegui ver uma perninhas saindo dos buracos quando a maré encheu... Pra compensar consegui tirar foto desse bicho que mais parece uma lagosta de duas cabeças. Também vi um caranguejo pescando alguma coisa, além dos peixinhos semi-transparentes. Meu sonho é encontrar um desses tubarõezinhos pequenos perto da praia.

Outra coisa bacana são os pássaros: sempre por volta das 6h da tarde eles voam pela praia com essa formação em V. É uma barulheira quando eles passam, mas ao contrário do que eu imaginava, nunca vi nenhum deles fazendo caquinha. Além de pedalar, assitir filmes e admirar o mar, também vou fazer aulas de windsurf nesse feriadão. Hoje eu e o John preenchemos o formulário assumindo os riscos para a aula de amanhã.

domingo, 12 de setembro de 2010

Pelo campus

Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, passar uma semana sem aulas no campus pode ser bem mais corrido do que parece. Os mexicanos nos chamaram para uma apresentação via Skype para a UNAM (a maior universidade da América Latina): eu de brasileiro, o Daniel da Finlândia e o Saeed, do Iêmen. Segundo o Bruno tinham mais ou menos umas 200 pessoas no auditório.

Outra coisa bacana para fazer pelo campus é explorar todos os cantos de bicicleta. Tava falando com uns alemães na praia e descobri que eu não sou o único a suar debaixo d'água! Segundo eles a temperatura da água é sempre uns 30, 32 graus. Parece que no início a KAUST teve um problema sério com a temperatura da água das piscinas do ginásio, agora eles arranjaram um jeito de resfriá-la. A foto ao lado fica no Safaa Islands, lugar onde tenho ido todo dia de tardinha acompanhar o pôr-do-sol. Também temos direito a uma sessão diária de vídeos piratex na casa do Damian, hoje assistimos ao francês Micmacs, recomendo!

sábado, 11 de setembro de 2010

Fim do Ramadan!

Durante o mês do Ramadan, os muçulmanos podem comer e beber apenas enquanto o sol está posto, por isso todas aquelas restrições durante o dia. É uma época de reflexão, para pensar em todas as pessoas que não tem o que comer no mundo. Nos 3 últimos dias deve-se doar o que se economizou (como comida, brinquedos ou mesmo dinheiro) para os mais pobres.

Logo após o Ramadan, vem o Eid, basicamente: uma semana de férias. Vários alunos aproveitaram para viajar pra todo canto: os brasileiros do ano passado foram pra Tailândia, muita gente foi pra Jordânia, uma galera foi pra Índia, uns americanos pra Uganda, outros pro Egito... Como eu deixei pra me organizar muito em cima, já não haviam bilhetes pra lugar nenhum. Mais ou menos metade dos alunos novos também acabaram ficando no campus, mas não posso reclamar também tem bastante coisa para fazer aqui.

Aproveitei que tenho a bicicleta pra explorar mais os lugares dentro da faculdade. A primeira foto é o que a gente chama de 'Muro de Berlim', fica bem do lado do campo de golf. Estão construindo mais casas e dizem que esse muro é para que os operários não entrem na faculdade. A outra foto fica na ala feminina do alojamento, proibindo a entrada de meninos, e finalmente, as casonas do high-society da KAUST.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Diferenças culturais

O Islã é baseado principalmente em dois livros: o Corão, que foi ditado por Alá para o profeta Maomé; e o Hadith, sobre o que o profeta teria dito e feito em vida, que por séculos foi passado oralmente até resolverem escrever. Vários trechos do Hadith são contraditórios, e várias coisas fazem muito sentido levando em conta a situação da época, por exemplo, que as mulheres usassem vestimentas discretas e fossem protegidas por um homem num deserto rodeado de beduínos. Há várias interpretações do que se pode e do que não se pode, na dúvida, às pessoas sempre tem medo de fazer algo que não vá de acordo com o que profeta pregou.

Até a revolução dos anos 70 no Irã, o país tinha a sua própria versão do Islã, era normal encontrar as pessoas bebendo nas ruas e quase ninguém usava o véu. Segundo um pessoal daqui eles não eram verdadeiramente muçulmanos antes da revolução, que impôs uma repressão grande e várias leis radicais. Nos outros países muçulmanos, ninguém reclama ou protesta de verdade, mesmo que muitos desejem mudanças. Acho que como a população do Irã experimentou o gosto da liberdade no seu próprio país, eles tem a cabeça muito mais aberta que os outros povos da região. Nenhuma das iranianas que eu encontrei nos Estados Unidos ou na Holanda usavam o véu, e acredito que tampouco concordavam com as políticas do governo.

O cristianismo também é cheio de diferentes interpretações e contradições, e muitas vezes as pessoas também seguem algumas coisas muito mais por medo do que por realmente achar que é errado. Estava comentando com alguns amigos sobre o Brasil, do pessoal beber entre amigos, andar pela rua com pouca roupa ou mesmo sem camisa, e o que eu achei curioso é como o conceito de pecado e o que pode e o que não pode varia tanto de pessoa pra pessoa. Mesmo entre os cristãos há ramos que não toleram certas coisas como as mulheres mostrarem o joelho, ingerir álcool ou mesmo comer carne de porco.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Visitantes

Ontem o Jeremy e o Benjamin (vizinhos da casa do lado) simplesmente surgiram aqui em casa sem tocar a campainha. Depois eles me mostraram o segredo: há uma espécie de saída de emergência pelo telhado que conecta as casas da rua toda. Talvez a recém descoberta laje pode ser um bom lugar para festas a luz da lua, assim que o calor der uma trégua.

De tardinha apareceu o Hani com os irmãozinhos dele, de 2 e 4 anos. Fiquei impressionado como os dois tão novinhos conseguiam entender e falar inglês comigo. Às vezes eu esqueço que a gente mora num mundo completamente à parte da Arábia Saudita, eles estavam realmente impressionados com tudo aqui, e o Hani me perguntou se eu já tinha ido alguma vez ao cinema, pois o único do país fica aqui dentro do campus...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Praia!

A praia aqui na KAUST fica um tanto quanto longe das principais construções e como o ônibus para lá passa apenas de hora em hora durante a semana, até ontem eu ainda não conhecia. Aproveitei para explorar o local com a minha bicicleta, uns 15 minutos de pedalada desde casa. É impressionante como a água é quente e muito salgada, sei que pode parecer até mentira, mas depois de uma nadada a impressão que eu tive é que eu estava suando também de baixo d'água. Se eu encontrar mais gente interessada, talvez esse final de semana eu faça uma aula de Windsurf.


Hoje depois da aula fui com um pessoal aqui em Thuwal comprar uma passagem de ônibus. É impressionante o contraste de uma universidade tão rica ao lado de uma vila de pescadores tão pobre. O local onde vendia os tickets era essa casinha aí do lado, estava entupida de gente do lado de dentro. A única mulher acompanhante ficou o tempo todo do lado de fora (sem ar-condicionado!) esperando o marido, num daqueles véus que só aparecem os olhos. Mesmo na faculdade às vezes a gente se surpreende com alguns comentários que as mulheres não seriam tão capazes. Acho que boa parte disso se explica pela falta de contato, já que a maioria da garotada daqui estudou a vida inteira em escolas separadas por sexo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Rumores...

Tudo nessa universidade é rodeado de rumores e antes de você receber qualquer comunicado ou e-mail, a informação já chegou no seu ouvido com dias de antecedência graças a infalível comunicação boca-a-boca (vulgo fofoca). Passeios, brigas, festas: nada se esconde, basicamente tudo funciona como numa cidade pequena onde todo mundo (acha que) sabe de todo mundo. Anteontem o Benjamin ouviu um pessoal comentando no ônibus que ELE tinha sido expulso da KAUST, mas uma das ziralhes de lendas urbanas que rolam soltas na boca do povo. Ele bem que tentou descobrir quem começou com essa estória, mas parece um esforço em vão...

Aproveitei a época do Ramadan em que todas as lojas ficam abertas até umas 2/3h da manhã, e resolvi fazer o que todos os sauditas fazem: compras! Peguei o ônibus da universidade até o hospital de Jeddah e de lá fomos até uns shoppings. Aliás, o hospital é um capítulo a parte (fotos de hoje!), ele mais parece um palácio do que um centro de saúde, tanto por dentro quanto por fora! Entrei só pra usar o banheiro mesmo. Sim, em Jeddah comprei uma impresssora/scanner e uma bicicleta para pedalar aqui pelo campus.

sábado, 4 de setembro de 2010

Churrasco à brasileira

Sexta-feira de tardinha nos reunimos todos no quintal da casa do Guilherme para o tão esperado churrasco. Além da antiga e da nova turma de brasileiros, o André (português) e o marido da Débora (Conrad, americano) também apareceram. Ainda tivemos direito a degustação de suco de uva fermentado, a verdade é que não tinha um gosto bom, mas depois que a galera misturou com refrigenrantes até que ficou algo bebível.

Parece que a comunidade de brasileiros na Arábia Saudita soma umas 200 ou 300 pessoas, e o pessoal mais ou menos se mantém em contato. Um casal muito simpático de Jeddah também apareceu no nosso churrsasco de boas-vindas, nos deram várias dicas de cursos de mergulho e contaram sobre toda essa indústria de como fermentar em casa sucos e cervejas sem álcool. Segundo o termomêtro 'extra-oficial' da casa deles a temperatura nesse verão também bateu algumas vezes a casa dos 50ºC, mas por sorte eram dias secos, o que deixou uma sensação térmica suportável dentro do possível...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Final de semana

A primeira vista pode parecer meio estranho, mas final de semana não significa sábado e domingo no mundo todo. Pros muçulmanos o dia mais sagrado da semana é a sexta-feira, e aqui na Arábia Saudita se folga a quinta e a sexta. Tem um projeto para transferir o final de semana para sexta e sábado, como é em Dubai, para assim coincidir pelo menos um dia com o mundo ocidental, o que adiantaria em muito diversas transações internacionais. Em países como o Paquistão, parece que se trabalha meio expidente na sexta e no sábado, e finalmente, se folga o domingo inteiro.

Aproveitei a quarta-feira (que seria uma sexta-feira no Brasil) pra conhecer o Al-Ballah, o centro histórico/comércio popular de Jeddah. Graças ao Ramadan o comércio fica aberto até umas 3h da manhã, e a faculdade disponibiliza ônibus pra quem quiser ir passear. Cheguei umas 3h da manhã e dormi até umas 10h... Hoje logo depois do banho esqueci de fechar a porta e vapor acionou o alarme de incêndio (de novo!). Nada como começar o final de semana com os bombeiros na porta da sua casa...