Oceania

Quando você acha que as coisas não podem piorar... Ontem meu professor de Energias Sustentáveis estava mostrando uns gráficos comparando o consumo na Europa, na América do Norte, África, Ásia, e... Oceania! Sim, então ele parou por um instante e resolveu compartilhar com a turma uma grande descoberta que ele fez há pouco: mostrou um slide com os países (foto) e explicou que Oceania é onde tem a Austrália, Nova Zelândia e outras ilhazinhas mais. No início eu achei que ele estava brincando, e comecei a gargalhar, mas a turma toda estava muito séria, provavelmente entediada com a aula de geografia inútil (=fora dos Estados Unidos). Tentei me conter, mas notei que a Hahn e os outros chineses também estavam se segurando. Tudo bem não saber onde fica cada país, entende-se, mas na faculdade desconhecer um continente inteiro é demais...

A aula de Máquinas não foi tão divertida, uma galerinha da turma que está fazendo esse matéria um período antes do que devia pediu pro professor trocar a data da prova, e ele acatou. Final de contas: terei prova de energias e de máquinas no mesmo dia. Na última vez isso não deu muito certo, depois da primeira prova fiquei só pensando nos resultados, e necas pra me concentrar pra segunda (que também era de máquinas).

De volta a residência, o Daniel me deu a ótima notícia que o Lee (nosso parceiro do laboratório) havia concluído o relatório e mandado pro professor. Resolvemos então comemorar e verificar se o video-game continuava funcionando, pelo menos o jogo de basebol está ótimo. Imendamos ainda numa partida de ping-pong, e depois fui jogar futebol com os garotos. Parece que todos os americanos que resolveram nos desafiar, realmente sabiam jogar futebol, e corriam pra caramba. Provavelmente quando a gente tinha 20 anos também jogaríamos assim, mas a idade pesa (tenho 22). Misturamos os times e conseguimos algo mais equilibrado, o pessoal marcou jogo hoje de novo, mas estou um caco.

Exame 2

Da série de fotos roubadas do facebook de amigos: do dia em que resolvemos sair de carro pros Outlets, e os carros estavam cobertos de neve. Resultado: guerra de neve até pelo menos acabar com toda a neve dos vidros! Esquecemos ainda um pouco no teto do carro, e quando o Cristopher deu uma freiada mais forte, foi tudo pra cima do vidro de novo, hehehe. Íamos testar o Wii ontem novamente pra ver se ele continua funcionando, mas acabou que nem deu tempo, fica pra amanhã. Hoje tem futebol de novo, mas dessa vez contra o time da RH, a ver o que nos espera... Hoje de manhã fiz o segundo teste de controle, acho que mandei bem. Mais tarde tenho que fazer o relatório do laboratório da semana passada...

Wii!

Da série de fotos roubadas, esse foi o ponto alto do nosso albergue em Nova Iorque, uma mesa de ping-pong muito melhor que a do Percopo! Voltando a vida em Suvakiho, resolvemos fazer a janta no Domingo, e ontem comprei tudo o que precisava para o Estrogonofe no Wal-Mart, além das batatas, que os alemães ficaram de fazer. Gastei U$20, mas acho que dá pra alimentar 10 pessoas, ou seja, se cobrarmos U$4 por boca será bastante razoável.

Ontem chegou o Wii da Keka, no início me assustei com o tamanho do pacote, mas a maior parte eram só caixas/espaço vazio, o video-game é mesmo minúsculo. Depois de jogar uma partida de ping-pong com o Cristopher, resolvemos instalar e testá-lo, sempre podemos deixar o home-work para depois, hehehe. Até você se acostumar com o controle leva um tempinho, mas é bem legal. Tanto o Tren quanto o James acharam que o novo video-game era coisa do Kyson (nosso roomate nerd, que está sempre no computador/X-Box).

Em cima da hora

Ontem a noite fiz com o Daniel o homework de Controle, enquanto que os amigos do Anthony faziam o trabalho de Energias Sustentáveis, mas como esse era só pra hoje de tarde, resolvi deixar pra fazer hoje pela manhã. Felizmente não era muito difícil, conferi as respostas com a Liz, e acabei em incríveis 10 minutos antes da aula. Agora pelo menos eu tenho uma desculpa pra fazer tudo em cima da hora: estou (finalmente!) trabalhando no meu projeto final.

Peguei a foto de hoje no Facebook de alguém: eu jogando a chamada piñata mexicana no aniversário do Bruno/Sérgio. No churrasco brasileiro, o Hassen comprou uma carne que ele e o Saad poderiam comer que custou U$35 (!), e pra pagar as despesas, ele pegou o ingresso de 7 pessoas para ele. Com mais da metade da renda do churrasco comprometida, ainda estamos amargando um prejuízo de quase U$20, divididos entre eu, Cristopher e Daniel. Como não tem nada planejado para esse sábado, estamos pensando em fazer uma janta simples, tipo batata com estrogonofe (ainda tem bastante creme de leite) e vender os ingressos a U$4, com o objetivo de ter lucro mesmo, devemos gastar 2 e pouco por pessoa, e planejamos conseguir repor as finanças em dia.

Chove chuva...

Domingo choveu sem parar aqui em Suvaquinho, nem digo que foi de todo ruim porque finalmente consegui sair da inércia e comecei a revisar o projeto final. A molecada do Percopo está voltando com a corda toda, aqueles dias de paz e sossego parecem coisa de um passado distante. Segundo o Anthony o colchão flutuante no meio do lago foi um moleque do Percopo 3 que colocou, caso a casa caísse, pelo menos algo restaria. Segundo o Daniel, o Anthony fez contagem regressiva até a meia-noite de domingo, quando ele tocou 'We still alive', algo assim. A foto de hoje é da entrada do banheiro do quarto deles. O dia hoje continua bem feito, mas pelo menos quando eu saí de manhã não estava mais chovendo. A Sue voltou a trabalhar hoje e está pior do que eu pensava, me deu um abraço, mas está super triste.

Fiesta Mexicana

Convenhamos que encontrar produtos mexicanos nos Estados Unidos não é tão difícil assim, mesmo em Terre Haute, mas o Bruno e o Edgar capricharam muito nessa festa. Tinham tortillas com frango, um molho apimentado, queijos, além de refrigerantes típicos. Como eu finalmente consegui encontrar leite condensado no Wal-Mart, resolvi fazer a torta de limão, que é relativamente simples. Como não tínhamos espremedor de frutas, simplismente bati os limões inteiros dentro no liquidificador com casca e tudo, não achava que isso fosse fazer muita diferença. A torta cheirava bem e tinha uma impressionante cara de inocente, até o pessoal começar a provar... As caras e bocas foram ótimas: ninguém se aventurou a mais do que uma colherada, o troço ficou azedo que nem o diabo.

Em todas as festas mexicanas tem uma brincadeira chamada 'piñata', esconde-se doces dentro de um boneco (foto), amarra-se ele numa corda, e cada participante tenta acertá-lo usando uma cabra-cega e um bastão. Quando finalmente ele estoura, todo mundo sai correndo para apanhar os doces, como se fosse o balão com doces do Brasil. Eles fizeram 2 piñatas, além do touro da foto, tinha outro no formato de um baú. Devido a chuva, fizemos a festa dentro da residência, e depois de limpar tudo, o Daniel buscou as cervejas e a cachaça do quarto dele. Infelizmente estavam quentes, já que eu e o Cristopher não colocamos nenhuma de volta no frigobar... Depois da torta, ninguém queria nem saber de limão, e deixamos a caipirinha para outra ocasião especial.

Um dia fora da residência

Era impressionante o silêncio que estava ontem na residência, muita gente evacuou os quartos. Segundo o Daniel, clima perfeito para estudar ou fazer o homework. Logo depois do almoço, passei no meu quarto rapidamente para postar no blog, e guardei o meu laptop e o homework na mochila, via das dúvidas se alguma coisa acontecesse, pelo menos teria salvo algo. Logo depois encontrei com o Daniel na biblioteca e conseguimos acabar o trabalho de máquinas. Fui ainda pra aula de árabe com o Aiman, Zaid, Sérgio e Edgar. É legal que o Aiman leva o negócio mesmo a sério, nos imprimiu algumas folhas pra gente treinar caligrafia e está nos ensinando um básico de conversação.

Depois da janta, passei no Percopo com o Cristopher pra deixar as nossas mochilas (carregamos o laptop o dia todo!), era engraçado como todas as outras residências estavam completamente acesas, e o contraste com o Percopo, que apesar de ser a maior de todas, tinha só uns 2 ou 3 apartamentos com as luzes acesas. Resolvemos comemorar o fim do Percopo e pegamos 2 cervejas no frigobar do Daniel, afinal de contas, se a residência fosse mesmo acabar, elas seriam desperdiçadas. Conversamos com umas 2 almas vivas que estavam perambulando pelo Percopo e achavam esse negócio de evacuação uma grande bobagem, só por causa de uma carta as pessoas não deveriam viver em função do medo. Final de contas: com exceção de algo ainda não identificado que apareceu boiando no lago hoje, não aconteceu absolutamente nada demais, só que eu e o Cristopher estamos agora devemos uma cerveja pro Daniel...

E o mundo não se acabou...

Ontem a polícia de Suvaquinho veio pro Percopo com cães farejadores em busca de explosivos no terceiro andar, onde mora o Daniel e o Cristopher, mas não encontraram nada e liberaram o prédio. Estávamos preocupados com a nossa cachaça e as cervejas, que ficaram no quarto dos alemães, por sorte ainda estão lá. Segundo o Cristopher ontem a noite ele ficou com o quarto só pra ele, os 3 roomates dele debandaram. Já no meu quarto, nenhum dos 4 evacuou o prédio... Hoje a 'explosão' do Percopo foi motivo de piada na faculdade toda.

Segundo o Cristopher na carta não falava nada de bomba, falava de algo que não gostava da universidade, da mãe, e simplesmente 'Adeus Percopo 3 no dia 23 de abril', mas como tinha uma figura do Percopo do lado de uma bomba, o pessoal da universidade concluiu isso. Felizmente nada explodiu, mas por vida das dúvidas, vou passar o máximo tempo possível hoje fora do Percopo, já marquei com o Daniel de fazer o homework na biblioteca, e depois vamos jogar cartas até passar da meia-noite. Último caso podemos acampar nos sofás do lobby de outra residência.

Será?

Novamente acabei o homework 5 minutos antes da aula... Parece que acabamos de voltar de férias, mas semana que vem já começa a segunda bateria de exames. Hoje encontrei com a Bárbara, uma das faxineiras daqui da residência, segundo ela o marido da Sue já estava mal há tempos, e quase não falava. Como ela está recebendo parentes de vários cantos, deve voltar ao trabalho apenas na segunda-feira.

Não tinha dado muita atenção pros e-mails que eu recebi essa semana, teve uma reunião sobre uma suspeita de bomba no Percopo ontem a noite na capela, e hoje estavam oferecendo hospedagem num hotel para 2 noites, inicialmente não liguei uma coisa com a outra. Segundo o Daniel teve uma reunião no Lobby do Percopo na terça-feira de noite, enviaram uma carta anônima para o vice-decano falando um monte de bobagens em rimas, que odiava a RH e que Percopo 3 não passaria do dia 23 de Abril (amanhã). O pessoal da faculdade tem levado essa história a sério, e por isso enviaram um email pra todo mundo da residência se não querem ficar num hotel hoje e amanhã. Eu acho que se fosse algo sério, não teriam enviado carta nenhuma com antecedência, deve ser só uma brincadeira de mal gosto ou na pior das hipóteses alguém que pensa em se suicidar. De qualquer forma, eu moro no Percopo 2 (segundo andar, não terceiro) e já aprendi como funciona o alarme de incêndio.

Coisas que você não precisava saber

Aqui nos Estados Unidos é meio engraçado, o que eles chamam de 'apartments' não seria exatamente um apartamento. Normalmente é um prédio administrado por uma grande companhia que toma conta e aluga os apartamentos, ou seja, é como morar de aluguel. Condos - ou condomínios - também não signfica necessariamente algo parecido com os prédios enormes da Barra da Tijuca, é simplesmente um prédio em que as unidades são vendidas, e em geral os condônimos fazem as próprias leis, ou seja, não é comum ter num mesmo prédio unidades pra vender e alugar.

Sobre o Percopo, não sei se dá pra perceber pela foto, mas parece ter escadas no meio até um 4º andar que não existe. Na verdade só se pode chegar lá de elevador (ativando um botão) ou pela chaminé. Quando construiram o prédio, não levaram em consideração o lago que tem logo atrás, e devido a uma série de erros, não puderam levantar o quarto andar, e daqui a não sei quantos anos o prédio todo vai precisar ser destruído.

Final de Semana

Consegui concluir o trabalho de casa de hoje antes das 10h! Acho que nas últimas semanas eu estava acabando tipo 5 minutos antes da aula de Energias Sustentáveis... Parece que acabamos de voltar de férias, mas o segundo batalhão de exames já começa na semana que vem. Notei que o James e o Trenton (meus outros 2 roomates) tem passado mais tempo no quarto, talvez trancaram alguma disciplina ou estão estudando pras provas. O problema é que o Trent gosta de ficar ouvindo música num volume nada agradável...

Pra esse sábado os mexicanos estão planejando fazer alguns pratos típicos e comemorar o aniversário do Bruno (um deles). O Daniel tinha dado a idéia de fazer uma vaquinha e comprar um presente pro Bruno, mas estou pensando se eu conseguir leite condensado fazer uma torta de limão e dividir as despesas com o pessoal. É mais barato e dá pra aproveitar e agregar o aniversário do Sérgio, que é mesmo no sábado. Como só temos mais 5 semanas nos Estados Unidos, o pessoal tá planejando viajar pra um parque de diversões, mas eu não estou tão empolgado... Pensei em talvez em viajar pra algum Parque Nacional/Estadual aqui perto.

Uma notícia triste: o marido da Sue (a faxineira daqui da residência) faleceu na semana passada e desde então ela não tem vindo trabalhar. Ela tinha me contado que o marido dela estava no hospital, mas acho que nem ela esperava ser tão grave. Ela estava tão contente que o filho dela finalmente tinha saído do hospital e começado a andar de novo...

Janta Internacional

A foto de hoje é do museu de arte moderna de Nova Iorque. Eu também não entendo bulhufas disso, mas como é algo do nosso tempo, achei interessante pelo menos tentar ter uma noção. O museu é bastante legal, e tem sempre um papelzinho com explicações em cada peça ou quadro. Várias exposições utilizavam pessoas, que eram contratadas pra ficar lá o dia todo sem se mover, o que parece ser o emprego mais chato do mundo.

Sobre a janta internacional de ontem, aproveitei que sobrou um pouco de maionese e levei pra servir. Muita gente comprou os bilhetes na hora, e acho que a procura foi muito maior do que o esperado. Tinham vários folders sobre estudar no estrangeiro, foi bacana pra descobrir coisas que a gente não conhecia mesmo sobre nós mesmos. Por exemplo, no folder do Brasil falava que apesar da língua oficial ser o português, também falamos espanhol e francês. A comida estava muito boa, e a maionese também fez sucesso. A única exceção era a tailandesa, que estava absurdamente apimentada.

Churrasco!

A foto de hoje é do churrasco árabe, antes do Spring Break. Dessa vez eu tomei coragem e pulei da árvore, no início um pouco de vertigem lá de cima, e realmente dá pra sentir o tempo passar até cair na água, nada instantâneo. Valeu a pena, mas a minha coragem toda só deu pra uma pulada, depois nos atiramos na água apenas com as cordas. No início eu achava que tínhamos até muito pão, mas o pão de alho fez um sucesso estrondoso e acabou rapidíssimo. Ninguém conhecia a salada de maionese (usamos batatas, cenoura e tomate), só faltou um pouco de sal, mas o pessoal também adorou. Sobre o mistério da carne, só alguns dos árabes só comem a carne especial, mas a maioria parece só ter restrição quanto a carne de porco mesmo.

Antes do churrasco, passamos o filme 'Se eu fosse você', mas acho que pelo fato de ter legendas em inglês, só estrangeiros assistiram, e os americanos só apareceram mesmo no churrasco, acho que éramos uns 20 no total. Acabou que nem fizemos caipirinha, já que o consumo de álcool é proibido no campus. A idéia de fazer arroz e acompanhamentos valeu muito a pena, se todo mundo pagar os U$5.00 mais do que cobre todas as despesas, e é uma refeição mais barata do que se coméssemos no Subway, por exemplo. Esperamos repetir a dose no final de semana que vem. Hoje de tardinha tem a janta internacional, essa organizada pelo grêmio mesmo.

Compras

Ontem o Kley (faz Controle com a gente) nos deu uma carona pra fazer compras, fomos ao Sam's Club que ele é sócio, e onde teoricamente as coisas deveriam ser mais baratas em quantidade. Compramos pão quase normal, carne, linguiça, cerveja e 24 latinhas de pepsi. Depois passamos numa loja de bebidas, a primeira cachaça que a gente viu vendendo custava U$35.00 (Leblon), tentei explicar pra eles que no Brasil a gente usa cachaça porque é uma das coisas mais baratas do supermecado, mas que a gente podia substituir por Vodka sem problemas. Tinham umas suecas que pareciam boas a menos de U$10.00, é engreçado como as coisas variam de país pra país, pros europeus a vodka é vista como algo tipo a bebida mais barata do supermecado. Finalmente encontramos uma cachaça a um preço razoável (U$10.00, Seagram's).

Depois ainda passamos no Wal-Mart onde compramos carvão, sal grosso, maionese, alho, limão e açúcar mascavo (segundo os alemães fica melhor na caipirinha). O mesmo pacote de 24 latinhas que a gente comprou no Sam's por U$8.17, tava U$5.00 no Wal-Mart. A grande vatangem que eu vi no Sam's Club é que eles tem várias provinhas grátis, mas os preços não diferem muito do Wal-Mart, com certeza não vale os U$50.00 anuais que se paga para ser sócio... Alguns dos árabes só comem um tipo especial de carne (acho que tem que matar o animal sem sofrimento, algo assim), então o Hassen foi comprar o frango especial para eles. Devo fazer a salada de maionese daqui a pouco. A foto de hoje é do aeroporto de Indianapolis: 'What happens in the Corn Field stays in the Corn Field' (O que acontece no campo de milho, fica no campo de milho...)

Churrasco à brasileira

Finalmente chegamos às tão esperadas notícias de Terre Haute! Pra quem estava curioso, na matéria que eu achava que tinha me dado mal fiquei com 73, e 86 em Controle. Parece muito, mas o nível daqui é muito mais fácil do que no Brasil, os professores pegam bem leve na correção e praticamente ninguém tira menos de 60. Marcamos de fazer um churrasco brasileiro no sábado agora já que não temos direito a janta, além de um filme surpresa (Se eu Fosse Você, que eu tenho no meu computador com legendas em inglês). Começamos a divulgar pela faculdade desde anteontem, mas só reservamos a sala e a 'praia' hoje, por sorte ainda estavam livres.

O post de hoje saiu mais cedo justamente por causa disso, como estamos cobrando apenas U$5.00 por pessoa, precisamos de sugestões de coisas que encham as pessoas e sejam baratas. Hoje fui no supermercado buscar o meu celular (que mais parece um netbook!), e não encontrei pão de padaria que nem o nosso, mas pra compensar eles tem sal grosso e vendem peças grandes de carne. A Pati sugeriu também colocar umas bananas na brasa. Farofa acho que vai ser difícil achar aqui, de repente dá pra preparar um arroz na véspera e esquentar no dia. Tudo que a gente falar que é típico do Brasil eles vão acreditar.

Chicago - Terre Haute

Saímos do parque de tardinha, e apesar de não termos dado tanta volta, eu fiquei direto no aeroporto de Seattle. Dessa vez meu vôo era noturno, a previsão era chegar em Chicago às 5h da manhã. Eu mal conseguia me segurar de cansaço, apaguei durante o vôo todo. Chegamos em Illionois antes do previsto, 4 e pouco da manhã. Graças à internet da Biblioteca de Seattle eu consegui arranjar uma carona para Terre Haute, o único problema era como chegarm em Willowbrook/Darien, um subúrbio à oeste de Chicago.

A primeira coisa que eu fiz foi perguntar ao fiscal do trem do aeroporto se tinha alguma estação perto, e ele também nunca tinha ouvido do tal de Willowbrook, mas que talvez eu tivesse mais sorte no metrô... Eu estava um pouco despreocupado porque tinha combinado 12h/13h, e ainda tinha muito tempo pra descobrir como chegar lá. Fui até a cidade, e assim que cheguei no metrô perguntei por um mapa e como fazia pra chegar em Willowbrook, pra meu espanto, a fiscal também nunca tinha ouvido falar em Willowbrook, ela chegou a me dar um mapinha com os subúrbios ditos 'perto' pra onde o metrô ia, telefonou pra central, e também necas...

Último caso eu poderia pegar um táxi, sairia caro, mas com certeza menos do que os U$60.00 do ônibus até Terre Haute. Dei uma volta no centro, e às 10h, quando abriu o centro de informações turísticas, a primeira coisa que fiz foi perguntar como chegar a Willowbrook. Por sorte eles tinham um mapa grande de Chicago e subúrbios, conseguimos descobrir uma estação de metra (trem suburbano) perto da casa do Greg, o único problema é que Domingo ele só parte de 2 em 2 horas, a previsão de chegada lá era às 13h07. Liguei pro Greg, e marcamos de nos encontrar na estação. É engraçado como a gente aprende a se virar em viagens, apesar dos pais dele morarem lá perto, ele simplesmente não sabia que o trem funcionava Domingo, e me perguntou como eu me virei chegar até lá.

Eu não estava mais me aguentando com os olhos abertos, mas fiz um esforço pra não dormir e ir conversando a viagem toda. Terre Haute nem parece mais Terre Haute, é impressionante a diferença nas árvores, muito mais verde. Outra coisa rara que eu aprendi na viagem é que o sanduíche de um pé (grande) do Subway em qualquer da América custa U$5.00, e aqui em Rose-Hulman custa extorsivos U$5.90 ou U$6.30. Acreditamos que eles fazem isso porque se fosse o preço normal ninguém comeria no bandejão.

Seattle - Mt. Rainer

De manhã passei num mercado de produtos locais, aproveitei pra provar um pouco de tudo e comprei uma caixinha de blueberries. Me recusei a pagar U$25.00 num ônibus só porque ele entra na água, ao invés disso, aluguei uma bike e aproveitei pra perambular por Seattle. Passei na Universidade de Washington onde tinha um grupo grande com caras pintadas de várias cores e armas de tinta, berrando gritos de guerra, provavelmente estavam brincando de Zumbi x Humanos ou algo parecido (foto), basicamente universitário nos Estados Unidos é tudo igual, só muda de endereço... De tardinha parei num parque pra assistir o ônibus anfíbio passear e atravessar o lago, acho que como Seattle está bastante pro norte, os dias são muito mais longos nessa época do ano, tipo 8 da noite mais parece ser 3 da tarde.

No último dia, me juntei a um casal que estava no albergue e resolvemos alugar um carro e nos aventurar a uma reserva florestal que não vou me lembrar o nome, mas era onde ficava o Mt Rainer. Tínhamos o endereço e um iPhone, mesmo assim o que deveria durar 1h30 pra ir, levou quase 4h, tá certo que paramos pra almoçar... Eu dividi um pouco a direção, é meio estranho aqui que quase todos os carros são automáticos, sem marcha. Apesar de tanta neve, não ventava e não fazia tanto frio quanto pode parecer. Estava com os 2 casacos que comprei em Chicago e um de lã do Brasil, depois de caminhar um pouco, tive de tirar um deles de tanto calor. Também não entendo muito o porque, mas tem locais que a neve é mais dura e dá pra caminhar normalmente. O passeio valeu muitíssimo a pena, a vista das montanhas é mesmo espetacular. Acredito que no verão o parque seja totalmente diferente, vale uma visita.

Seattle

Cheguei no aeroporto de Washington, DC bem cedo, vi que tinha outro vôo da Delta na mesma porta um horário antes para Atlanta, como não tinha despachado bagagem, me deixaram entrar sem pagar nada. Melhor pra mim, assim teria mais tempo para a conexão. No meu bilhete estava escrito que eu não tinha lugar marcado, pra definir no portão de embarque. Cheguei mais de 2h antes do vôo, e me pediram pra aguardar pra definir o assento. Um pouco antes do embarque a mulher anuncia que o vôo está lotado e procurando por 'voluntários' que queiram passar a noite em Atlanta. Depois de um dia inteiro dentro do aeroporo, eu queria mais é viajar logo.

Jamais imaginei que isso acontecesse num país dito 'desenvolvido' como os Estados Unidos, e parece que aqui eles não te colocam no vôo seguinte, te dão U$400.00 e boa sorte... Fui um dos primeiros da fila a entregar o meu talão de embarque pra ver se conseguia lugar, agora eu devia esperar meu nome aparecer numa tela. Lá eles falavam as prioridades: programa de milhagem e tickets mais caros. Não pertencia a nenhum dos dois, e meu nome não apareceu na tela... Depois de todo mundo embarcar, ela começou a chamar uns nomes, mas nada de Serrão ou Marcos, fui lá checar, descobri que ela estava falando apenas o último nome e me chamava de algo parecido com Mr. Sirrow, entrei correndo no avião e peguei o último assento, finalmente rumo a Seattle!

Estava tão cansado que conseguia dormir em qualquer lugar, encostei no sofá do aeroporto, coloquei a mochila embaixo das pernas e apaguei até o dia seguinte... Do aeroporto eles tem um trem até a cidade, bem prático. Depois de Nova Iorque e Washington, DC, com tantos museus e tanta coisa pra fazer, me perguntava o que eu vim fazer aqui, ainda mais viajando sozinho. Me recomendaram visitar a biblioteca, que é mesmo gigantesca e tem internet grátis! A cidade é bastante arborizada, tem vários parques, além do lago e do mar. Volta e meia passava pelas ruas ou pelo lago o que eles chamam de 'Duck', um ônibus anfíbio usado pelos americanos numa guerra xyz, que agora é atração turística com umas musiquinhas toscas.

Sprink Break 2

A foto do lado é do supermercado perto do nosso albergue, no bairro mexicano de Manhattan, tudo estava pela metade do preço, e acho que eles não estavam repondo nada porque iriam fechar. Como o Christopher e o Beshir também compraram passagem pra Washington às 7h da madruga, combinamos de sair do hotel às 5h já que eles recomendavam chegar lá com 1 hora de antecedência.

Por experiência própria com horários, achei que seria melhor se dormissemos todos no mesmo quarto, e como ainda tinham camas disponíveis no meu quarto, todos foram pra lá sem avisar ninguém da recepção. A viagem pra Washington foi trânqüila (dormi o tempo todo), e os parentes do Beshir estavam esperando ele na rodoviária. Me deram uma carona até o parque onde ficam todos os museus e o capitólio. Comi rapidamente num restaurante chinês, dei uma volta e resolvi partir logo pro aeroporto, que era um pouco afastado da cidade.

No ônibus encontrei com 2 portugueses que estavam viajando pelos Estados Unidos há 1 mês ficando em Couch Surfers. Segundo eles a Califórnia é outro mundo, as pessoas são muito mais alegres e todo mundo fala com você, segundo a garota São Francisco é quase uma Lisboa com tantas colinas e bondinhos.

Uma senhora no ônibus perguntou se a gente estava falando em francês, e respondemos que não, que eles eram de Portugal, e eu do Brasil, mas que falamos a mesma língua só que com sotaques diferentes. Curiosamente ela me perguntou quantas horas são mais ou menos do Brasil até a França de ônibus, eu falei que depende muito, no Norte do Brasil, onde temos fronteira com a Guiana pode ser até menos de um dia. Acho que ela nos confundiu com a Bélgica, mas tudo bem...

Spring Break

Como estamos em Spring Break (1 semana de ferias da faculdade!), nao tive muito como postar. Quase perdemos o voo de Indianapolis, pararam todos os nossos amigos arabes para passar no que chamamos de scanner-pelado e no teste de explosivos das malas - a malha fina dos aeroportos americanos. Logo que o Ayman passou, fomos para o portao avisar que talvez fosse demorar um pouco, mas por sorte o voo atrasou. O Said e o Amer foram pro lado errado (desembarque ao inves de embarque) e quando tentaram voltar, o alarme do aeroporto disparou, apareceu a policia e eles tiveram de passar pela revista toda de novo.

O Saad tava explicando que na Arabia Saudita o indice de criminalidade e baixissimo, eles tem varios tipos penas capitais dependendo do tipo de crime que voce comete, o importante e que voce saia morto, as vezes eles penduram os corpos pela cidade para servir de exemplo. Eu acho que dai pro fundamenalismo/terrorismo e um pulo, comecam com os criminosos, tipo quem trai a esposa ou insulta o islan, e depois acham que podem fazer o mesmo com os 'infieis' de outros paises.

Nova Iorque e muito legal, acho que tem mais estrangeiro do que americanos! Ficamos no bairro mexicano de Manhatam, East Harlem. Varios museus que valem muito a visita, principalmente o de Ellis Island e a ONU, que foram os que eu mais gostei. Deixamos pra comprar os ingessos da Broadway no dia, mas os mais baratos de 20 e poucos dolares ja estavam esgotados pra semana toda, bom saber pras proximas... Passei rapidamente em Washington, DC, e estou agora em Seattle, onde tem internet de graca na biblioteca. Vou poupar palavras pros proximos posts.

Churrasco à síria

Tinham me mandado um email falando de um passeio de bicicleta num parque aqui perto da faculdade, me pareceu legal, e resolvi aparecer, mas todo mundo usava aquelas bikes com pneu fininho, capacete e outras frescuradas mais. Quando estávamos só subindo/descendo ladeiras, não fazia tanta diferença assim, mas depois pegamos a estrada aberta e um vento contra ferrado, como o meu pneu era 4 vezes maior do que o deles, fui ficando pra trás e resolvi voltar pra faculdade. Valeu a pena pra conhecer o parque.

Depois me juntei ao pessoal no churrasco do Hassen na beira do lago. O frango ficou meio torrado, a gente falou que era a moda saudita, até o pessoal retrucar que era tipo sírio, já que era o Ayman que estava cuidando da carne. Tirando as brasas, até que ficou bom, eles também fizeram umas linguiças de carne e levaram pão árabe. Depois de encher a barriga, eu, o Hassen, o Daniel e o Ayman fomos até a árvore pular no lago com as cordas, apesar da água gelada, foi divertido à beça. Viajamos hoje para Nova Iorque, consegui carona com o meu colega de quarto até o aeroporto de Indianapolis, só não sei ainda como é que vou fazer pra voltar pra Suvaquinho.

Spring Break!

Ontem consegui encontrar um barbeiro do mesmo nível que eu ia no Brasil, e pela metade do que cobram aqui no alojamento (U$7.00)! Como o sol está finalmente aparecendo, ontem contei umas 3 ou 4 pessoas nadando no lago, e hoje o pessoal combinou de fazer um churrasco. Estudei até 1h da manhã com a Homa e o Daniel, o problema é que como a Homa é mais devagar, não deu tempo de fazer toda a lista que o professor passou, e a prova de máquinas tava igualzinha, só mudava os números... Eram 4 questões, numa eu me enrolei na letra a e não consegui fazer o resto, outra já vi um erro no início, e nas outras ainda não sei o que errarei.

As provas aqui não difíceis, bem parecido os exercícios que o professor manda, assim a média da turma é bem mais alta que no Brasil. A diferença é que como são só 50 minutos, não tem muito tempo pra pensar, então o pessoal decora os exercícios. Na prova de controle, acho que fui bem, e no final de contas, não fui nada mal na prova de terça, só errei 2 múltiplas escolhas (sim, o professor deu as notas hoje!) e fiquei com A (96/100). Vou ver se aproveito o tempo agora pra planejar a viagem de Spring Break.