Reunião...

Passei a maior parte da manhã acabando o meu experimento e imprimindo tudo para a reunião. Tive primeiro uma prévia com a Dennys, e depois às 12h fomos todos para a sala do Piete (eu, Dennys, Aundrey e Eki), mas esperamos até às 12h15 e ele não apareceu. Voltei pro meu laboratório, acabei o que estava fazendo e fui almoçar. Assim que comprei o prato e ia me sentar na mesa com o pessoal, a Dennys aparece avisando que o Piete apareceu e pra eu levar a comida pro escritório do Piete - bem-vindo a Holanda.

O Piete e a Dennys tinham sanduíches e comeram sem o menor ressentimento, eu acho que como ainda não estou acostumado, acabei nem tocando no prato... Apesar da Aundrey sempre achar que é só um blablablá, eu até que acho essas reuniões interessantes. É praticamente nosso único contato com o Piete, onde podemos mostrar o nosso trabalho, talvez eu continue a pesquisa na KAUST, e quem sabe não até escrevo a minha tese sobre o assunto?

Depois da reunião o pessoal ainda estava na cafeteria enrolando/almoçando. Como o Dino precisava de algumas coisas da farmácia, eu e a Laurel resolvemos acompanhá-lo e dar uma volta pelo centro. Como a farmácia fica a apenas 2 minutos de bicicleta, resolvemos ir caminhando que levava mais tempo, e ensinamos alguns hábitos sul-americanos para Laurel. Como eu ainda estava fazendo muita força nos pedais da minha bike, depois do trabalho resolvi consertar eu mesmo, o Fernando também aproveitou pra colocar uma proteção extra na corrente dele.

Trabalho, trabalho, futebol...

Uma das primeiras coisas que a minha chefe avisou é que amanhã teremos uma reunião com o Pieter (o grande chefão da UNESCO), e queria que eu mostrasse os gráficos com o tempo de assentamento do controlador de pH, que até hoje de manhã ainda estava com alguns probleminhas. Tive de refazer umas soluções, alterar o programa, retirar alguns tubos... Acabei derramando um tanto NaOH de 10M (super concentrado) na gente, que depois foi um parto pra limpar tudo.

Na hora do jogo da Holanda só fiquei eu no laboratório, depois alguns até voltaram, mas a maioria emendou direto e voltou pra casa. Combinamos com o pessoal de assistir ao jogo do Brasil num bar do centro, perto da Cubanita. Acho que os holandeses estavam tentando torcer pro Chile, mas o resultado não foi nenhuma surpresa. Pra sexta-feira, o Dino (nosso amigo do Suriname) já falou que conhece um boteco em Haia com bastante brasileiros.

Londres

Parti do aeroporto de Rotterdam e cheguei ao London City Airport, a versão de Congonhas deles, parecia que a gente ia colodir com esses arranha-céus da foto. Lá peguei o trem/metrô e fui direto para o hotel, Hilton Paddington. Segundo um dos britânicos, o Tony Blair tem uma casa por lá, mas sinceramente, não vi nada de especial no bairro, a maioria das ruas sem árvores, comércio de todo tipo, trânsito relativamente pesado nas vias principais... É como dizem os britânicos sobre o que realmente importa: Location, location, location...

Como eu esqueci o meu carregador, quase não tirei fotos, depois vou pegar com o facebook do pessoal. Como passei o final de semana praticamente todo no seminário, não vi quase nada. O que eu vi da cidade foi só o estresse de pegar metrô, conexão, trem, aeroporto, imigração... Pra compensar o seminário foi ótimo, e os outros KAUSTianos são todos gente boa. Acho que devíamos ser por volta de uns 30, mas tínhamos 22 nacionalidades diferentes o.O
Essa foto é do secador de mão na Holanda, tem tipo uma camada fina com ventilação e ar quente bastante forte, ao contrário desses de shopping center, esse realmente funciona.

Restaurante Italiano

O post de ontem/hoje vai ser curtinho já que mais tarde estou viajando pra Londres. Ontem também fez um desses estranhos dias de sol, e almoçamos na grama, embaixo da árvore do pátio, e pessoal só falando como a praia estava boa, pena que eu tive de ficar esperando o mecânico pra 'consertar' a minha bicicleta... O Dino já vinha falando há tempos dessa janta no restaurante italiano de Haia, mas como ainda tivemos que esperar a Ivy e a Ana, nos atrasamos um bocado.

Chegamos no segundo tempo do jogo, os holandeses lotando todos os butecos, e mesmo no nosso restaurante tinham 2 televisores ligados. Talvez por não ter serviços foi mais barato, um prato de massa custava entre €5.75 e €8.75, a sobremesa também era algo entre €2 e €3.50. Comemos muito mais que nas tapas, e gastamos menos de €10! Acho que só os chineses e a Eki (Indonésia) não foram, mas apesar deles ganharem a mesma bolsa que a gente, tudo que envolve gastar dinheiro eles tão fora.

"Conserto"

Hoje fez um dia sol bastante discrepante da média holandesa e aproveitamos pra almoçar do lado de fora do prédio, alguns até mesmo na grama. O pessoal resolveu sair mais cedo do trabalho e ir a praia em Haia, mas como eu tinha marcado com o mecânico dele passar hoje de tardinha na residência, tive de ficar por aqui mesmo... No estágio preparei bastante coisa, já que amanhã temos a reunião com o Piete, nosso grande chefão. No intervalo do almoço, comprei um kit de reparos de bicicleta com várias chaves, estojo e adesivos pra furos no pneu a €3.99.

De volta a residência, fiquei fazendo hora até o Salamah chegar. Ele apertou alguns parafusos, disse que consertou algumas coisas, mas a porcaria da bicicleta continua fazendo o mesmo barulho ou até mais. Segundo o expert, pode até fazer barulho, mas agora a corrente não vai mais saltar. O preço normal seria de €8, o que eu não me incomdaria de pagar se estivesse tudo ok, mas ele me fez um preço 'camarada' e cobrou apenas €5.

Roda

Hoje finalmente tivemos um tempinho mais razoável, pelo menos o suficiente para não usar casaco durante o dia. Chegamos até a almoçar do lado de fora da cafeteria. O pessoal está fazendo altos planos pra esse final de semana que estarei em Londres, a última idéia era cozinhar no domingo na casa do Gui (não é apelido!), e partir ir pro festival (gratuito=) de música que terá em Haia.

A corrente da minha bicicleta continua pulando fora com qualquer peteleco, estava prestes a atirá-la num desses canais da cidade, mas descobri que tem gente mais irritada com bicicletas do que eu. A Laurel - que gastou €100 comprando uma boa bike usada - teve uma das rodas roubadas enquanto estava no supermercado. Um dos nossos amigos mexicanos falou que já teve a bike roubada duas vezes, infelizmente algo relativamente comum na Holanda. Acho que mesmo se ela reconhecer a roda em algum mercado, vai ser difícil provar que era dela. Enfim, marquei com o mecânico de consertar a minha bicicleta amanhã de tarde.

PS: As duas fotos de hoje são de Haia, a primeira são as esculturas de areia em forma de quadros holandeses famosos, e a segunda, acho que é o parlamento da cidade

Tapas

Como ontem era aniversário da Carolina (a colega de quarto colombiana da Jessica), e resolvemos ir comemorar num restaurante de tapas aqui em Delft, La Cubanita. Segundo as garotas era relativamente barato para os padrões da Holanda, comemos bem pouco (as porções eram mínimas e custavam 5 euros!), e dividimos a conta entre todos da mesa, €15.20 para cada. Com exceção dos preços, que para mim eram mesmo bastante holandeses, lá dentro nem parecia que estávamos na Holanda, música latina, paredes coloridas, percepção que acabava ao abrir a porta e dar de cara com o vento congelante e os 12/15ºC típicos do verão...


Hoje de manhã parecia que todo mundo do laboratório estava em reunião, aproveitei pra ligar pra embaixada de Portugal, e descobri que não precisava marcar horário pra fazer o passaporte, bastava passar lá qualquer hora. Peguei a minha bike e fui em direção a Haia! Filinha básica, mas nada demais, talvez fique pronto já na quinta-feira. Há alguns dias que a minha bicicleta mais parece uma máquina de fazer pipoca, mas na volta a corrente saltou umas 5 ou 6 vezes pelo caminho em qualquer batidinha... Acho que a ida ao mecânico não vai mais dar pra ser adiada =/

CouchSurfing!

A Cristiana, uma amiga do CouchSurfing do Rio tinha me falado que estava na Holanda, mas como ela estava em Utrech (uns 20€ de trem daqui), nem dei muita bola. Ontem ela me ligou falando que ia encontrar uns amigos do CS em Haia, pertinho de Delft, e como eu posso chegar lá de bike, resolvi encontrar com ela na estação. Apesar de só uma das garotas ser argentina, ela conheceu todo mundo em Buenos Aires, o Paco, espanhol, está trabalhando em Haia, e a Liège, belga, estava viajando e aproveitou pra me dar umas dicas de ônibus barato para a Bélgica e para a França.

Aproveitei que o Paco estava querendo trocar a mala da bicicleta, e comprei a antiga dele baratinho. A minha idéia era voltar pra Delft de trem e deixar a minha bicicleta em Haia pra buscar outro dia, mas como já não tinham mais bondes, acabei passando a noite lá também. De manhã ainda dei uma volta com a Cris pelo centro da cidade, e depois do almoço voltei finalmente para Delft pedalando.

Haia com amigos

Ontem a noite a Jessica nos mandou uma mensagem chamando para fazer um prato vietnamita, uns rolinhos de papel de arroz recheado com camarão, alface, menta e um outro fruto do mar. Usamos um molho meio doce meio salgado, mas ficou bom a beça! Depois a colega de quarto dela (Carolina, da Colômbia) distribuiu a herança dos antigos moradores. Bem que podíamos ter recebido um pouquinho mais cedo, pois já tinha comprado uns potinhos de microondas, mas também vale porque agora tenho mais louça e posso lavar os pratos menos vezes.


Hoje de manhã fomos a Haia, eu, Fernando, Jessie, Eki e Jian. Passeamos um pouco pelo centro e fomos num museu de pinturas, onde tinha o famoso quadro da moça do brinco, de Vermeer, ele era daqui de Delft mesmo. Estava tendo uma exposição de esculturas de areia imitando obras impressionistas (tente seguir o curso d'água à esquerda). Apesar do tempinho maluco, ora chove ora faz sol, valeu muito a pena.

Mais cedo

Por sorte o sol aqui se põe bem tarde (umas 22h30), então depois do jogo do México ainda tinha alguma claridade pra voltarmos até a residência. Há uma multa um tanto pesada para quem for pego andando de bicicleta a noite sem luzes, mas por sorte a polícia não nos parou. Os mexicanos ficaram até bem mais tarde comemorando e voltaram para a Mina um tanto mais alegre - sim, na Holanda também há multas pesadas para quem for pego andando de bike não sóbrio...

De noite finalmente aproveitei para lavar as minhas roupas, apesar de sempre rolar aquela apreensão de encontrar 'o vagabundo' por aí, mas ainda não foi dessa vez, segundo o meu colega de quarto ele parece ter problemas mentais. Hoje nem o Roel nem a Denys foram pra UNESCO, então me liberei do estágio logo depois do almoço e aproveitei pra comprar as luzes pra bike numa lojinha do centro.

Volei de praia

Inicialmente eu não tinha recebido o e-mail da reunião, mas assim que o Roel descobriu, fez questão de me chamar pra participar das reuniões bi-semanais... A proposta é ver o que cada um está estudando e trocar conhecimentos, já que alguns dos projetos tem várias coisas em comum. O Roel apresentou um método para detectar determinadas substâncias, e o Amit levou um artigo sobre sedimentos submarinos, mas acho que foi mais só pra se exibir, já que nem ele sabia direito do que se tratava.

Livres da reunião, contamos a hora pra ir ao vôlei de praia, tão anunciado no nosso email corporativo. Os campos de areia ficam na Universidade Técnica de Delft, e formei um time para o campeonato junto com alguns alunos em intercâmbio na Universidade. O bar em frente vendia cerveja a €1.25 e tinha um grande telão passando o jogo do México. A maioria do pessoal estava de verde, torcendo para os mexicanos, mas também tinham alguns franceses que ficaram inconsalados com resultado, hehehe.

Vagabundo

No início eu achava que devia se tratar mais de uma dessas lendas urbanas, algo como o homem do saco, mas tem mesmo um morador de rua que toda noite tenta entrar na Mina (nossa residência). Ontem na sala do jogo eu vi o folderzinho da DUWO avisando pra caso encontrá-lo ligar urgentemente pra polícia, parece que freqüentemente ele faz suas necessidades fisiológicas nos corredores e salas comuns... O Fernando disse ter visto ele uma vez saindo do elevador, felizmente eu ainda não encontrei com o sujeito.

A Barbara e o Fernando estão trabalhando num projeto de tratamento de esgoto e precisavam de uma espécie de matinho que cresce na beira dos canais (acho que dá pra ver as plantinhas no fundo da foto). Hoje de manhã eles foram colher umas plantas num parque no norte de Delft, mas a polícia pegou os dois com a mão na massa e mandaram devolver tudo. Um dos pesquisadores que trabalha com a gente falou pra eles voltarem lá de noite, mas acho que aqui perto da residência também deve ter desse matinho, e não acredito que a polícia vá encrencar.

Brasil!

Já tinha avisado a minha supervisora que hoje de manhã eu estaria ocupado na parte da manhã, arranjando o registro necessário para a conta bancária. Com a bicicleta e o GPS, não tive maiores problemas em encontrar o escritório na grande Haia. Uma vez no local certo com os documentos certos e com hora marcada, não levou nem 5 minutos pra conseguir o bendito número. Como tudo na Holanda, fui ao banco e marquei um horário no dia seguinte. Realmente não dá pra entender como um país tão desenenvolvido consegue ser tão burocrático...

De volta a Delft, recebi um e-mail de reunião com o Piete Lenz (o chefão dos chefinhos) logo no início da tarde. Fomos eu, minha superivosora e as outras duas orientandas dela. Acho que no phd o pessoal cobra muito mais de resultados e o porque dos experimentos que você está fazendo. Cada um de nós explicou o seu trabalho, e teve uma pequena discordância entre a Dennys e o Piete sobre alguns dados. Sei que hoje ela ficou a tarde toda pra lá e pra cá no laboratório.

Como estava com a camiseta do Brasil, todo mundo na UNESCO me desejou boa sorte no jogo, que vai ser às 20h30 daqui. Marcamos de torcer juntos na sala comum da residência, só falta providenciar a pipoca.

Holanda

Apesar da fazendinha ontem parecer bem simples, na estufa eles tinham um sensor que abria ou fechava automaticamente as janelas pra renovar o ar e controlar a temparatura, as vaquinhas eram todas monitoradas eletronicamente, assim, o programa de computador sabe quando e quanto leite se tirou, e comanda a ordenha, ou detecta algum comportamento anormal.

Hoje muita gente foi pra UNESCO com camisetas laranja, e às 13h30 não tinha praticamente ninguém no prédio. Eu estava esperando pra falar com a minha supervisora, quando soube que ela também estava assistindo o jogo. Fomos todos pro bar que é mesmo colado na UNESCO (foto). Durante o intervalo, 80% do bar foi pros laboratórios ver os experimentos, mas retornaram logo em seguida. Infelizmente o jogo do Brasil é às 20h30 daqui (estamos no mesmo fuso da África do Sul), ou seja, fora do horário de trabalho...

Fazenda

Achamos estranho que o bilhete de ida e volta das garotas de Utrecht tinha custado quase metade do nosso, apesar de ser praticamente a mesma distância de Amsterdam. O Jiam descobriu que a moça da bilheteria nos vendeu um ticket que é válido por 2 dias, assim podíamos ir pra Amsterdam hoje de novo. Achamos muito simpático da moça, mas resolvemos ficar em Delft e visitar a fazendinha. Nos encontramos com a Waltraut em frente a uma igreja calvinista, achei interessante como a imagem da virgem Maria está feliz e sorridente segurando o bebê.

Fomos todos de bicicleta até a fazenda ecológica, onde vendiam diversos produtos sem agrotóxicos, alguns mais baratos que no supermercado. O local fica entre 4 e 5 metros abaixo do nível do mar, como a maioria da Holanda. O moinho de vento que tinha no local puxava a água pra não sei aonde, o que eu achei interessante é que eles também funcionam como uma casa, aliás esse da foto atualmente é apenas uma moradia. Na volta ainda passamos no mercadinho turco e aproveitei pra comprar pão árabe e salame de boi baratinho.

Amsterdam!

Marcamos com a Rebecca e a Li (também da KAUST, mas que estão em Utrecht) de passear esse final de semana em Amsterdam. Elas pegaram um livro de viagens sobre a Holanda na biblioteca da KAUST pra devolver só em setembro. Morremos em €22 com a passagem ida e volta. Nossa primeira impressão é que é praticamente uma Delft maiorzinha e com mais turistas.

Passamos numa feirinha ao ar livre, onde aproveitei pra comprar queijo Gouda a €7.50 o quilo e provar uma dúzia de pães, geléias, cucas, bolos... Depois fomos ao museu histórico da holanda, onde compramos um passe de €23 valido numa tonelada de lugares, e resolvemos que iamos fazer ele se pagar a qualquer custo. Foi bacana ver a história dos católicos/calvinistas, as colônias no Suriname/Caribe, as bicicletas e o planejamento urbano, os prédios altos do Bijlmer e os planos de demolí-los...

Visitamos ainda uma igreja que custava 5 euros, mas com o nosso passe mágico não pagávamos nada. Na praça central estava tendo um jogo de futebol de areia entre times holandeses, mas pelo que eu vi, nada que possa preocupar a nossa hegemonia. A parte mais difícil foi depois encontrar as nossas bikes num dos estacionamentos da estação de Delft (foto).

Imigração

Madruguei hoje pra ser um dos primeiros a chegar na imigração de Haia, que não é muito longe daqui. É impressionante toda a malha de ciclovias que tem na Holanda, mesmo nas auto-estradas, tem um caminho auxiliar, onde vão os ciclistas e motoqueiros. Me perdi um pouco, mas consegui chegar lá. Pedi um número, e a muito simpática funcionária pública me informou que só marcando pelo telefone, apesar da imigração estar deserta... Tentei ligar, mas meus créditos acabaram e são necessários 3 dias pra ativar os novos. Pelo menos agora já sei o caminho para Haia, e não tive nenhum problema para retornar a Delft.

Essa é uma foto do outro lado do meu laboratório. Tirei ontem, aproveitando que cheguei cedo e não tinha quase ninguém trabalhando. Como a minha chefe é mexicana, o expediente acabou mais cedo para mim, e fomos para o bar que fica bem ao lado da UNESCO assistir o jogo. Depois foram chegadando todos os outros alunos. O Peter, responsável pelo nosso laboratório também já avisou que não trabalha quando a Holanda estiver jogando, tomora que eles consigam ir bem longe nessa copa!

Burocracia

Não esperava que fosse tão complicado abrir uma conta de banco na Holanda, mas primeiro é preciso fazer um registro na municipalidade, o que leva umas 2/3 semanas depois de entregar todos os documentos. Por sorte a municipalidade fica bem perto da UNESCO. Ontem fui no prédio da DUWO (que mais parece uma casa mal assombrada!) buscar o contrato da residência. Voltei na hora agendada pra municipalidade, e descobri que como eu vou ficar menos de 4 meses eles não podem me registrar, tenho de ir a imigração de Den Haag, agora por que não me avisaram logo de cara?? Enfim, funcionário público é funcionário público em qualquer lugar do mundo...


Eu e a Jessica mandamos um email pro grupo de alunos perguntando se não tinha ninguém interessado em vender uma bike, e temos recebido todo dia uma tonelada de ofertas! Apesar da fama, as bicicletas daqui (pelo menos as usadas pelos alunos) são bastante vagabundas, não tem marchas e se freia pedalando pra trás. Comprei a minha por €25 de um aluno que ia voltar pra Noruega na segunda, com um cadeado incluso. Domingo terá uma excursão de bicicleta para uma fazenda com o pessoal da UNESCO, uma boa oportunidade para testá-la. Tomora que o sol apareça.

Trabalho

Como eu estudei Engenharia Elétrica, o estágio para mim é muito mais complicado já que envolve profundos conhecimentos de química. O meu projeto é sobre um novo método de remoção de metais pesados de águas poluídas, o grande X da questão é controlar a quantidade de enxofre, para isso vou desenvolver um controlador Proporcional Integrador e Derivativo. Essa semana estou aprendendo a mexer no LabView e ainda devo calibrar o medidor de pH e de pS. Discretamente tirei a foto da minha bancada ao lado, já que em geral essas coisas são bastante sigilosas...

Voltando ao assunto comida, o destino (leia-se o mais barato do supermercado) nos levou a comprar um pão preto, mas ao chegarmos na residência descobrimos que ele não vinha assado. A vantagem é que ele dura por muito mais tempo (até agosto), a desvantagem é que não temos um forno para assá-lo. Tenho fritado eles na manteiga e feito um sanduíche com mortadela e esses queijos que devem ser caríssimos no Brasil, mas que são os mais baratos daqui.

Laboratório

O legal daqui da Holanda é que todo mundo mesmo usa bicicletas pra tudo, até as pessoas mais idosas. Apesar da popularidade toda, nunca encontrei ninguém usando capacete, eles dizem que isso é coisa de alemães... Aliás, nem o pessoal de moto usa capacete... Mas em geral as pessoas aqui pelo menos parecem ser mais 'normais' que na Alemanha, se não tem nenhum carro passando, atravessam no sinal vermelho sem maiores problemas.

Hoje tivemos uma visita guiada ao laboratório, onde fomos apresentados aos equipamentos, e todas as medidas de segurança. Eu ia tentar tirar uma foto dentro do laboratório, mas sempre tinha alguém da UNESCO com a gente, e não sei se é permitido... Bem, esse é o pessoal da KAUST na escada do prédio. Tenho de ler uns artigos para discutir com a minha orientadora amanhã...

Primeiro dia

O meu quarto daqui é gigante, deve ser do mesmo tamanho do que eu dividia com 4 nos Estados Unidos... O banheiro e a cozinha são compartilhados, como num apartamento, divido com o Jackson, gente fina, de Gana. A residência daqui é só para os alunos estrangeiros, então não ouvimos nada de holandes. Com excessão do pessoal da KAUST, todo mundo parece ter lá pelos 30 e tantos anos.

Apesar de eu e a Jessica trabalharmos no mesmo projeto, faremos experimentos diferentes e em laboratórios diferentes. A minha tutora me passou uma papelada pra ler, eu devo trabalhar com sistemas de controle. Como todo mundo aqui é mais ligado a engenharia ambiental, eles esperam que eu(!?) possa ajudar a resolver essa parte... Almocei hoje na cafeteria da UNESCO, finalmente comida descente! Tomei uma sopa/creme e arroz com uma espécia de 'estrogonofe' de frutos do mar.

Holanda, finalmente!

Os vôos da AirFrance são fantásticos, você pode tomar tanto álcool quanto você quiser sem pagar nenhuma taxa extra! O norueguês do meu lado virou não sei quantas doses de whisky, cerveja, etc. Aproveitei pra pegar um pouco de champagne logo no início da viagem, e consegui senti as bolhinhas subindo até o meu cérebro até chegar na Holanda... Depois de deixar a Jessica me esperando mais de 6 horas no aeroporto, fomos finalmente comprar os bilhetes de trem e viajar rumo a Delft, outro suvaquinho de cobra!

O Fernando já estava nos esperando na estação, e resolvemos ir andandando até a residência, uns 15-20 minutos de caminhada com malas. Depois aproveitamos pra fazer um pequeno tour pela cidade, comprei meu chip holandês (número 0649750325), fiz um estoque de comida no supermercado e vimos um pouco de teatro na praça. Ainda não tenho internet propriamente dita no meu quarto, estou roubando o wi-fi de alguém, mas cai toda hora. Amanhã depois do estágio espero conseguir configurar isso com alguém do IT.