sábado, 15 de maio de 2010

Canoagem

Hoje tinha um passeio financiado pela universidade no Turkey Run Park, uma viagem de canoas em duplas por 8 milhas, e segundo nos contaram, poderíamos trocar nosso almoço da cantina por algo no parque. Como de graça até injeção na testa, 6 das 19 vagas foram ocupadas por alunos de intercâmbio: eu, Daniel, Cristopher, Hassen, Ayman e Saeed. Logo no início descobrimos que o boato do almoço não se concretizou e que a universidade não tinha transporte, nos dividimos nos carros do resto do pessoal e compramos alguns sanduíches num mercadinho qualquer de Terre Haute.

Paramos no aluguel das canoas, nos dividimos em duplas e um 'sortudo' ficou com o caiaque sozinho. Segundo a companhia, deveríamos fazer as 8 milhos entre 2h30 e 3h, onde teria uma ponte e o pessoal estaria nos esperando pra buscar os barcos e nos dar uma carona de volta pra onde paramos os carros. Nos dividimos em duplas: Daniel e Ayaman, eu e Cristopher, Hassen e Saeed.

Como o Hassen e o Saeed estavam ficando muito atrás de todo mundo, resolvi trocar de lugar com o Saeed, emparelhamos os barcos, e enquanto eu e o Saeed mudávamos de barco notamos que ninguém estava segurando, e os barcos começaram a se separar, e eu com um pé em cada, por sorte pulei logo e ninguém se molhou/machucou (muito). No início estávamos cheios de energia, mas depois de uma hora começou a chover, e ficávamos cada vez mais cansados... O rio estava cheio de árvores, provavelmente por causa do vendaval de uns dias atrás. Às vezes era difícil mesmo desviar das árvores, passávamos agachados/deitados na canoa, desvios complicados, etc.

Apesar da maioria do pessoal serem formandos, brincadeiras tipo fechar/empurrar os outros barcos, roubar os remos e comida dos outros barcos e ficar em pé faziam parte do nosso cotidiano. Finalmente o Aiman e o Daniel foram o primeiro barco a virar, mas o celular do Aiman continuou tocando música mesmo dentro da água. Tiraram as baterias do celular e da câmera por preucausão. Depois foi a vez da Sarah e do Amy virarem, mesmo sem fazerem nada de 'muito' errado. Alguns barcos estancaram numa árvore no meio da correnteza, fechando o caminho, e o barco deles vinha logo atrás. O Amy perdeu o óculos dele, e o joelho da Sarah ganhou um grande buraco. Destruiram uma camiseta pra fazer o torniquete (foto), e continuamos viagem a fim de pegarmos o transporte das 14h45.

Como paramos 2 vezes pra ajudar o pessoal que virou, e andávamos muito mais pros lados empurrando os outros barcos, achamos que estávamos muito atrás. Era muito estranho a quantidade de árvores no caminho, quando finalmente encontramos com um pescador perto de uma ponte falando que o lugar onde deveríamos ter parado ficava a umas 5 milhas dali. Eram quase 16h, o outro ônibus buscaria o pessoal às 16h15, e não tinha como subir 5 milhas correnteza acima. Tivemos que tirar os barcos por nossa conta, um morrinho escorregadio cheio de pedras, íngreme pra caramba.

O pescador falou que poderia dar carona pra um de nós até o local do aluguel pra avisar onde nos buscarem. Óbvio que ninugém aceitou. Depois dessa suposta tentativa de sequestro mal sucedida, uma das garotas finalmente conseguiu falar com o pessoal, que depois de mais de uma hora aparecerem com uma van, achavam que era só uma canoa com duas pessoas, e tiveram que fazer mais uma viagem... Chegamos em Terre Haute quase 5 horas depois do previsto, mas todos vivos!

3 comentários:

  1. Aparentemente foi uma aventura e tanto. E acho que o pescador só quis fazer uma gentileza e não sequestrar um de vcs... Mas vcs tão certos, seguro morreu de velho.

    bjs

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  2. Oi Marcos,
    eu devia ter desconfiado que isso não ia acabar bem... Desinfete os machucados e reforçe a vitamina C do cardápio para não ficar doente.
    Beijos,
    Mamãe

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  3. Um passeio com muitas emoções, pena que houve uma perda de óculos e feridos leves, mas o saldo deve ter sido positivo. Assim vocês se integram mais.

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