segunda-feira, 31 de maio de 2010

De volta a casa

Atendendo a pedidos, uma foto da cafeteria, onde a gente tinha a maioria das refeições. Graças às space bags, consegui empacotar tudo na mala, até o meu travesseiro e edredon. Como o James tinha saído às 6h da madrugada e o Trent já estava dormindo em outro quarto, pude aproveitar um pouco o quarto só pra mim, até a hora da minha carona pro aeroporto.

Segundo o Daniel o que ele mais estranhava em Suvaquinho era a comida, entendo perfeitamente porquê. Depois de porcarias da cafeteria, achei até a comida do avião gostosa. Quando eu cheguei de volta ao Brasil, acho que meus pais estavam me esperando alguns quilos mais gordinho, com todas as bobagens que venho comendo nesses últimos meses.Meu vôo atrasou e acabei indo direto pro almoço na Tia Márcia, bobó de camarão e salpicão, uma delícia!

sábado, 29 de maio de 2010

Último dia

Eu e o James entendemos perfeitamente o porquê, mas o Trent parecia bastante decepcionado que não conseguiu vender o deck com as beliches, ele tentou até passar de graça, mas mesmo assim ninguém se interessou e tudo acabou indo pro lixo. Nosso quarto pareceu muito mais espaçoso depois que finalmente nos livramos do deck.


Ontem a noite foi a vez da Sonia partir, ajudamos a descer as coisas pro carro, e como o Daniel vai ficar aqui durante o verão, ele tem recebido a 'herança' de todo mundo, acho que ele deve ter mantimentos suficiente para mais de um mês no quarto dele...


Ontem tinha uma galera aproveitando o dia de sol boiando no deque e bebendo cerveja no meio do lago. O pessoal do Speed Hall ainda atirou uma garrafa com papel que fica viajando por aí sem destino certo, e cada vez que alguém encontra, escreve alguma coisa. Acho que já passava da 1h da manhã, e ainda tinha gente pulando nas cordas...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bye-bye Terre Haute

Vários pais vieram buscar os alunos nesses últimos dias, mas com exceção do Kyson (que partiu ontem a noite), meus outros 2 roomates só vão partir depois de mim, ou seja, não vou aproveitar um dia de quarto só pra mim... Acho que o Percopo está mais vazio agora até do que o dia da bomba. O adesivo no carro era mesmo genial: "Meu filho e meu dinheiro: ambos vão para a Rose-Hulman".

Alguns (mais!) alemães vieram essa semana para um congresso, e tivemos que nos misturar pra jogar vôlei. Como no dia anterior o Seth voltou para o apartamento descalço, molhado, sem celular nem nada, dessa vez ele não se arriscou a nadar no lago. Azar o dele, nos divertimos um bocado.

Eu e o Daniel fomos nadando até o deck flutuante, e encontramos com um pessoal que estava lá desde às 3 da tarde (já eram quase 9h!) com um cooler cheio de cervejas. Aqui nos Estados Unidos é proibido beber em locais públicos (com excecão de Las Vegas), mas no deck flutuante ninguém ia te encher o saco. Antes o deck ficava ancorado no meio do lago, mas algum aluno brilhantemente conseguiu libertá-lo, e agora ficou muito mais fácil colocar coisas nele, podemos boiar até as margens, passear pelo jato d'água...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Auf wiedersehen

Ontem foi mais um daqueles dias cansativos jogando vôlei e nadando no lago... No início, como éramos 3 alemães (Juergen, Daniel e Cristopher), mais eu (Brasil), Sonia (Guatemala) e Seth (EUA), fizemos dois times: América x Alemanha. À medida que o pessoal ia chegando se tornavam alemães ou americanos. O importante é que empatamos em 20 a 20, e fomos comemorar todos no lago.

Ao invés de retornar para onde deixamos nossas coisas, o Seth resolveu atravessar o lago e nos encontrar no outro lado. Voltamos para a residência cada um com alguma coisa dele, final de contas, quando ele chegou na outra margem, já não tinha mais ninguém no lago e ele estava sem celular, camiseta, chave do carro, etc. Depois nos encontramos no Subway.

O palavrão de hoje é só pra dizer 'Tchau' em alemão. Ontem a noite foi a vez do Hassen, Fadi e a Huda se despedirem, e hoje de manhã, o Cristopher, que conseguiu uma carona com uma garota que também ia pra Chicago. Muita gente já saiu da residência, como o Anthonhy (que dividia quarto com o Daniel). Como o roomate do Christopher também já tinha saído, pensei em tomar posse do quarto dele (ainda somos 4 no meu), mas parece que o vizinho dele foi mais rápido do que eu...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vírus

Semana passada a Homa estava estudando aqui no Percopo, e acho que foi no banheiro ou sei lá aonde, e deixou o computador dela destravado na mesa. Os garotos aproveitaram a oportunidade e entraram num site que simula um vírus, quando ela voltou, tomou o maior susto:
- WTF é isso pulando de um lado pro outro no meu desktop??
- Ih Homa, eu acho que o seu computador pegou um vírus...

Desde então ela está convencidíssima que o computador dela está contaminado. Diz ela ter passado todos os antivírus possíveis e imagináveis, e nada de encontrar o tal vírus. Falei que o meu computador estava meio devagar esses dias, e o Daniel rapidamente lembrou que eu recebi um email dela há pouco tempo, que agora também se sente culpada pela disseminação do vírus pelo campus. Ontem eu estava meio gripado, acho que vou botar a culpa de novo no vírus da Homa, hehehe

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Continuação...

O Seth tinha encomendado uma tonelada de subs para as 16h, e ajudamos a levar tudo para o Sharp Flats. Acabamos perdendo os sorvetes especiais da semana de prova, mas não dá pra fazer tudo ao mesmo tempo. Ainda bem que só começamos a ter dias ensolarados no final do período, se não as nossas notas seriam significativamente mais baixas...

As aulas/provas do pessoal do mestrado acabaram na semana passada, e a maioria dos alemães está voltando pra casa durante essa semana, acho que só o Juergen que vai continuar aqui por mais um tempo. Finalmente fizemos a tão esperada caipirinha! O Seth achou estranho misturar açúcar com álcool, mas ao mesmo tempo ele não fazia a mesma cerimônia com a piña colada...

Hoje começou a temporada de provas, durante de manhã estava um silêncio só pelo campus. Aproveitei pra estudar na biblioteca tudo o que eu não fiz no final de semana. Na parte da tarde tinha um pessoal tomando banho no lago, parece que agora desancoraram o deque flutuante, e podemos levá-lo pra qualquer lugar. Guardei minha vontade para amanhã depois da prova.

domingo, 23 de maio de 2010

Dias de sol!

Depois do tornado, finalmente passamos a ter dias ensolarados em Indiana. Hoje logo após o almoço, jogamos vôlei com a Sonia, Daniel, Hassen e uns outros americanos. O resto do pessoal preferiu ficar estudando para as provas finais. Como praticamente durante o semestre inteiro só tivemos dias feios, parece que todo mundo está aproveitando o sol, é estranho lembrar que estamos na semana das provas finais...

O pessoal do Speed Hall (calouros) guardou o dinheiro da residência do ano inteiro, e ao invés de fazer uma grande festa que nem o pessoal do Percopo fez, eles compraram uma grande lona de plástico e uma mangueira de pressão, e montamos tipo um tobo-água morro abaixo! O único problema é que no final (depois da lona) tinha lama, e muita gente se ralava ao descer, mas com certeza valia muito a pena!

Finalmente eu e o Daniel voltamos para o lago, pulando com as cordas. Dessa vez como o dia estava mesmo quente, era muito mais agradável, não dava aquela sensação de friagem ao sair da água. Ainda nadamos até o deque flutuante que está no meio do lago desde a semana passada e pegamos um pouco de sol. Logo depois veio o Seth nos chamar para o churrasco no Sharp Flats...

sábado, 22 de maio de 2010

80 milhas!

Como só me falta uma prova na semana que vem, aproveitei o final de semana pra fazer um passeio mais longo de bicicleta, fui em direção a sudoeste de Terre Haute, por onde eu já tinha pedalado antes e sabia que era trânqüilo e agradável. Fui seguinto o caminho recomendado pelo Google Earth, até que de repente no meio da estrada apareceu uma plaquinha de 'Estrada Fechada', sem nenhum aviso prévio.

Como eu estava de bike, resolvi seguir adiante, dei a volta na placa e aproveitar a sensação de liberdade, a certeza de que ninguém passaria por ali, a estrada era toda minha! Acho que tinha uma fábrica de carvão desativada, e o chão era cheio de pedrinhas, mas nada muito estranho. Depois começaram a aparecer as primeiras casas, fazendas, enfim, a estrada voltou a normal também sem nenhum aviso prévio...


Como todo mundo que já andou de bicicleta em Indiana, estou acostumado a fugir de cachorros descoleirados, o negócio é que dessa vez pularam dois bichos que mais pareciam ursos, e vieram pra cima de mim com tudo. Alguns metros minha frente, vi 3 animais atravessando a pista, no início achei que eram bois, mas logo eles começaram a latir também. Estava cercado: 2 cachorros-ursos atrás de mim que não calavam a boca, e outros 3 cachorros enormes latindo pra mim na minha frente. Por um momento paralisei, nunca tinha passado por um perrengue assim.

Logo notei que eles não partiam pra cima de mim, provavelmente foram treianados pra atacar só quem passar perto da propriedade deles, mesmo que na rua. Pensei que com toda a gritaria, alguém ia aparecer, acho que fiquei uns 10 minutos (que pareceu uma eternidade!) - e os 5 cachorros gritando enlouquecidademente! -, talvez os donos surgiriam ou um carro apareceria, mas como estou em Indiana, nunca acontece nem aconteceu nada. Como eu já tinha certeza que os cachorros atrás de mim eram malvados, optei pelo benefício da dúvida. Um dos cães saiu quando eu me aproximei, e os outros 2 partiram pra cima de mim, lembrei que ainda tinha na mochila alguns biscoitos da cantina, e atirei eles pras feras. Os cachorros-bois chegaram a morder os meus pés, mas não cheguei a me machucar, e assim que eles se distraíram, parti que nem uma bala!

Resolvi então pegar a primeira saída para a High-way, nem preciso dizer que qualquer latidinho de poodle que fosse, eu já disparava. Finalmente, cheguei a 'Bownling Green', um vilarejo que Deus sabe por que aparecia no Google. A dita 'cidade' mal tem um quarteirão, resta umas contruções antigas e mal-cuidadas, típicas do Meio-Oeste americano, e sem nenhum lugar aberto. Como ainda não eram 11h, vi no meu GPS que tinha uma outra cidade, um pouco mais adiante, na mesma High-way, que parecia ser maior.

O problema é que apesar de não parecer tão distante, de Bowling Green até Spencer são várias subidas e descidas! Pra minha sorte, Spencer é um local civilizado, tinha Wal-Mart, Mc Donald's, Pizza Hut, Dollar General, etc. Via das dúvidas, comprei um pacote grande de biscoitos no supermercado, e parei no Burger King pra usar o banheiro e almocei um prato balanceado com carboidratos, proteínas e salada (vulgo hambúrguer). Não preciso nem dizer que voltei por um caminho um tanto mais longo só pra evitar as bestas. Cheguei na universidade a tempo do pic-nic que a Sonia estava organizando.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Alerta de Tornado!


Estava fazendo o trabalho de máquinas com o Daniel, quando notamos que esquecemos de pegar alguns dados no laboratório, mas como o trabalho era pra hoje, ligamos pro Seth e descobrimos que a parte que faltava do relatório dele era a que já tínhamos feito, e vice-versa. Estava chovendo o dia todo, e depois de um tempo soou um alarme na residência, e ouvi algumas pessoas falando que era um tornado.

Acompanhei o Seth até a pizzaria Noble Romans, mas estava tudo fechado, e nos puxaram pra um corredor do pânico sem janelas, onde estavam todos os professores, funcionários e alunos, até desligarem o alarme. Eu achei que estava trânqüilo, mas como o Seth é da Costa Leste, ele deve estar tão acostumado com esse tipo de alarmes quanto eu. Basicamente, quando soar o alarme de incêncio você deve sair do prédio o quanto antes, e quando soar o alarme de tornados, você NÃO deve sair do prédio por nada, e procurar por um local sem janelas...

É engraçado como uns 40 minutos depois do alarme, o tempo abriu, e quase chegou a fazer calor. Um pessoal fez um barco com papelão (e acreditem, isso flutou!), e ficaram navegando pelo lago. Depois de acabarmos o projeto, eu, Daniel e Cristopher jogamos um pouco de frisbee, e celebramos o fim das aulas com algumas das cervejas remanescentes.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Último Homework!

Anteontem foi aniversário da Huda, o Fadi resolveu fazer uma festinha surpesa, comprou um bolo de sorvete e chamou todo mundo pra comemorar. Ela andava meio tristinha porque recebeu uma carta desconvidando-a a fazer o mestrado na KAUST. Basicamente, ela está fora do programa e pára de receber a bolsa assim que terminar o período nos Estados Unidos, o mesmo aconteceu com o Aiman, e claro que eles nunca explicam os motivos...

Passei o dia estudando máquinas e fazendo o último homework (yei!) com o Seth no laboratório, finalmente fomos jantar na Noble Roman's, e o Seth pediu duas pizzar médias (uma para cada um!!), e ainda sobraram 116 refeições (cerca de U$600) para serem gastos até quinta da semana que vem. Eu estava fome, mas não consegui dar conta e deixei 2 pedaços pro Cristopher. Apesar da Homa não emprestar as anotações de aula, viver criticando o garoto porque ele mata aula, das piadinhas, etc, ela gentilmente se ofereceu a ajudar a gastar mais uma refeição dele, efim...

A foto do lado é do meu corredor, temos até semana que vem pra desmontar o nosso deck. Eu estava realmente gostando da idéia de ter um quarto normal, não precisaria escalar a cama só pra tirar uma soneca, mas ao contrário dos nossos vizinhos, os meus roomates resolveram desarmar tudo só na sexta-feira que vem. Ou seja, vou passar só uma noite em Suvaquinho sem o adorável deck...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Últimos dias...

Semana passada teve uma reunião no Percopo 2, como o ano acadêmico deles acaba agora todos são obrigados a esvaziar os quartos, desfazer os decks e deixar tudo como estava antes pro check-out. Depois das férias quem quiser continuar morando na universidade tem que se candidatar a outra vaga e pode ir pra qualquer residência, mas nada pode ficar aqui durante as férias. Como Terre Haute tem bastantes universitários, talvez por isso tenha tanto local de estocagem na cidade...


Como sobrou um dinheiro no nosso andar, resolvemos gastar tudo com uma festa, e na sexta-feira teve um churrasco estilo americano, e como a Homa sempre aparece quando tem comida grátis, lá estava ela marcando ponto. O Anthony do 2º andar ainda cutucou dizendo que era uma festa do Percopo, ela só retrucou que ela praticamente faz parte do Percopo, tá sempre estudando por aqui, e partiu pro churrasco sem dó...

Depois de trabalhar um pouco no projeto de máquinas (é pra sexta agora!), dei uma volta de bicicleta pro Sul de Terre Haute, e na volta encontrei com o Anthony, colega de quarto do Daniel (Percopo 3). Parece que temos até domingo pra desarrumar os nossos decks. Ele conseguiu uma graninha boa com o dele, já o do meu quarto ninguém quis comprar o que o Trenton fez (eu entendo perfeitamente os motivos...).

Junto com o final do ano acadêmico, vencem todas as refeições que você tiver no seu cartão da Rose-Hulman, e pelo que parece, o Seth não gastou quase nada durante um ano, e agora ele tem quase 100 refeições (ou U$600!) pra gastar em 1 semana e meia! Ontem ele veio estudar máquinas com a gente (na mesa de ping-pong do Percopo 3), e compramos 20 subways de 1 pé, além de refrigerantes na conta dele. Segundo o Juergen, ele está com quase 10 pizzas da Noble na geladeira, o Seth gastou mais de U$100 na pizzaria no sábado, e ainda está com uma quantidade absurda de refeições...

sábado, 15 de maio de 2010

Canoagem

Hoje tinha um passeio financiado pela universidade no Turkey Run Park, uma viagem de canoas em duplas por 8 milhas, e segundo nos contaram, poderíamos trocar nosso almoço da cantina por algo no parque. Como de graça até injeção na testa, 6 das 19 vagas foram ocupadas por alunos de intercâmbio: eu, Daniel, Cristopher, Hassen, Ayman e Saeed. Logo no início descobrimos que o boato do almoço não se concretizou e que a universidade não tinha transporte, nos dividimos nos carros do resto do pessoal e compramos alguns sanduíches num mercadinho qualquer de Terre Haute.

Paramos no aluguel das canoas, nos dividimos em duplas e um 'sortudo' ficou com o caiaque sozinho. Segundo a companhia, deveríamos fazer as 8 milhos entre 2h30 e 3h, onde teria uma ponte e o pessoal estaria nos esperando pra buscar os barcos e nos dar uma carona de volta pra onde paramos os carros. Nos dividimos em duplas: Daniel e Ayaman, eu e Cristopher, Hassen e Saeed.

Como o Hassen e o Saeed estavam ficando muito atrás de todo mundo, resolvi trocar de lugar com o Saeed, emparelhamos os barcos, e enquanto eu e o Saeed mudávamos de barco notamos que ninguém estava segurando, e os barcos começaram a se separar, e eu com um pé em cada, por sorte pulei logo e ninguém se molhou/machucou (muito). No início estávamos cheios de energia, mas depois de uma hora começou a chover, e ficávamos cada vez mais cansados... O rio estava cheio de árvores, provavelmente por causa do vendaval de uns dias atrás. Às vezes era difícil mesmo desviar das árvores, passávamos agachados/deitados na canoa, desvios complicados, etc.

Apesar da maioria do pessoal serem formandos, brincadeiras tipo fechar/empurrar os outros barcos, roubar os remos e comida dos outros barcos e ficar em pé faziam parte do nosso cotidiano. Finalmente o Aiman e o Daniel foram o primeiro barco a virar, mas o celular do Aiman continuou tocando música mesmo dentro da água. Tiraram as baterias do celular e da câmera por preucausão. Depois foi a vez da Sarah e do Amy virarem, mesmo sem fazerem nada de 'muito' errado. Alguns barcos estancaram numa árvore no meio da correnteza, fechando o caminho, e o barco deles vinha logo atrás. O Amy perdeu o óculos dele, e o joelho da Sarah ganhou um grande buraco. Destruiram uma camiseta pra fazer o torniquete (foto), e continuamos viagem a fim de pegarmos o transporte das 14h45.

Como paramos 2 vezes pra ajudar o pessoal que virou, e andávamos muito mais pros lados empurrando os outros barcos, achamos que estávamos muito atrás. Era muito estranho a quantidade de árvores no caminho, quando finalmente encontramos com um pescador perto de uma ponte falando que o lugar onde deveríamos ter parado ficava a umas 5 milhas dali. Eram quase 16h, o outro ônibus buscaria o pessoal às 16h15, e não tinha como subir 5 milhas correnteza acima. Tivemos que tirar os barcos por nossa conta, um morrinho escorregadio cheio de pedras, íngreme pra caramba.

O pescador falou que poderia dar carona pra um de nós até o local do aluguel pra avisar onde nos buscarem. Óbvio que ninugém aceitou. Depois dessa suposta tentativa de sequestro mal sucedida, uma das garotas finalmente conseguiu falar com o pessoal, que depois de mais de uma hora aparecerem com uma van, achavam que era só uma canoa com duas pessoas, e tiveram que fazer mais uma viagem... Chegamos em Terre Haute quase 5 horas depois do previsto, mas todos vivos!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Aeroporto Internacional de Suvaquinho

Essa é a pizzaria onde eu tenho jantado praticamente toda noite faz 2 meses. Normalmente sempre encontro alguém, tipo o Anthony, Cristopher, Daniel, Lea ou mesmo o Trenton, mas quase que a totalidade dos alunos de intercâmbio janta sempre na cafeteria (bandejão). De repente se a comida no almoço não for tão ruim, vou dar uma chance e me socializar com eles...

Ontem de manhã, mal tinnha passado da terceira página, quando recebo um e-mail do Daniel com o homework pronto! Não sei como ele conseguiu, mas mesmo pra copiar tudo e refazer uns gráficos, gastei um tempo considerável, quando bateu umas 20h, estava de saco cheio, e só me faltavam 5 páginas (das 18!), e resolvi aproveitar o restinho de claridade e dar uma volta de bicicleta.

Fui até o que eles chamam de aeroporo internacional de Terre Haute, e me supreendi. Segundo o Clay (nosso amigo da aeronáutica), só é internacional porque uma vez por ano os militares fazem um vôo pro Canadá. A pista era enorme, mas só tinham 2 aeronaves (miúdas, tipo jatinho) no pátio. Apesar de não terem vôos comerciais, tem aluguel de carro, uma sala de espera que parece ser muito confortável, enfim, tirando o tamanho, dá de 10 a 0 num Galeão ou Guarulhos da vida...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

...

Entreguei a foto que tirei com a Barbara e a Sue na festinha, as duas falaram pra caramba, e separaram um espaço na salinha delas. Ontem o dia foi cansativo, o laboratório de manhã durou uma eternidade, das 8 até quase meio-dia, e de tarde as coisas simplesmente não funcionaram, e ficamos até o final do dia pra tirar as medidas. Associe a isso um relatório imenso pra semana que vem. A notícia boa é que já estou na página 3 do meu homework pra amanhã (só faltam 15!)... Sem noção, só pra responder as 3 primeiras páginas dos problemas gastei 7 páginas, vai dar pra publicar um livro quando acabá-lo...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Passeio

Depois de um dia cansativo com tantos homeworks, resolvi passear de bike pra descansar. Fui sem destino certo, por uma estrada desativada que passa atrás da universidade (Heritage Trail), depois dobrei à esquerda em direção ao norte de Terre Haute, onde há (advinha?) campos de milho... A vida em Suvaquinho é tão movimentada que às vezes a gente quase se esquece que está no meio do nada, foi uma experiência bastante agradável pedalar num lugar onde os cachorros grandes não usam coleira. Na volta aproveitei pra testar a camêra do celular da Pati e tirei uma foto do campo onde a gente joga futebol, e às vezes tem campeonato de frisbie/futebol americano.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Homework

A foto de hoje é de um serviço que eu não consigo entender por que é tão popular em Suvakinho, passo por pelo menos 2 no meu caminho pro Wal-Mart e sei que existem outros mais espalhados pelo povoado. Acho que você paga uma taxa mensal pra utilizar uma espécie de garagem, e pode armazenar o entulho que você quiser. Mas agora, numa cidade com tanto espaço de sobra - como tem em Terre Haute -, só consigo imaginar uma utilidade para isso: armazenar algo que você queira ter bem longe da sua casa tipo: armas químicas, metais pesados, gases ultra-tóxicos, ácidos super-destrutivos, ou coisas do gênero, jamais imaginaria que tivesse tanta gente assim num Suvaquinho de Cobra.

Voltando à vida universitária: recebi ontem a prova da cerveja, tirei 96/100, o que comprova a teoria do Seth, beber álcool moderadamente pode fazer bem pros neurônios. O professor de Controle mandou 18 (sim, dezoito!) páginas de homework para entregar sexta-feira, que eu ainda nem comecei, e além disso ainda teremos de refazer um dos experimentos no laboratório, já que esquecemos de pegar um dado... Hoje foi tudo normal: acabei o homework de energias alguns poucos minutos antes da aula.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Churrasco... vegetariano??

Ontem de manhã a caminho da igreja encontrei com dois veadinhos saltitantes no campo (acredite, essa mesma frase em inglês não soaria tão estranho...), e aproveitei pra tirar a foto ao lado. Um dos poucos domingos de sol em Terre Haute. Apesar do café da manhã grátis, não encontrei ninguém na cafeteira de manhã.

Como alguns dos participantes do churrasco não comiam carne, passei no Wal-mart para comprar os ingredientes para o salpicão de legumes (sugestão da tia Isabel!) e pra torta de limão/caipirinha. Quase caí pra trás no caixa quando me deparei com o preço dos limões, como estava anunciado bem grande, pensei que fosse uma promoção boa, mas os U$0.64 não se referiam ao preço por libra, mas sim por unidade! Paguei quase R$12 por 10 limões!!

Quando comentei sobre o preço com o pessoal, eles acharam que deveríamos dar um destino mais nobre aos limões do que na torta, usar tudo na caipirinha. Finalmente consegui desviar 2, já que tinha comprado todo o resto pra torta. Como não tínhamos batata palha, fizemos o salpicão com macarrão e pedaços de batata cozida, os alemães não deixaram colocar nem passas nem maçã, mas até que ficou bom.

O Seth é o nosso colega da turma de Máquinas, de Nova Jersey, que levou as cervejas pra prova, volta e meia mata aula, e a Homa só falta dar pulinhos quando a gente empresta as nossas anotações pra ele, não sei porque, mas jamais imaginaria que ele fosse vegatariano. Assim, tínhamos ainda opção de saladas, batatas na brasa, vegetais na churrasqueira (cogumelos com queijo, abobrinha, pimentão...), além do salpicão e da torta de limão. Não entendi bem o porque, mas alguém fez uma doação de U$100.00 para o churrasco, então tínhamos comida a beça, além do que a gente trouxe. Depois chegaram mais alguns indianos (vegetarianos), mas a comida era tanta, que ainda dá pra fazer mais 2 churrascos só com as sobras...

domingo, 9 de maio de 2010

Festa, festa, festa!

Bem, apesar de não ter saído de Terre Haute esse até que foi um final de semana bastante agitado. No início da tarde de sábado fomos ao 'skinner fest', uma festa organizada por uma fraternidade aqui no campus, era como um típico carnaval americano: várias atividades ao ar livre, além do churrasco de hambúrguer e salsicha (grátis!). Entre as atividades, tinha o 'smash': você pode descarregar o seu estresse destruindo aparelhos antigos, como televisões ou rádios (foto ao lado), basta usar os óculos de proteção, pegar um martelo - ou um tijolo pesado - e se divertir.

Eu, Hassen, Daniel e Cristopher tínhamos 15 minutos para usar uma série de materiais (elásticos, pedaços de madeira, copo, toalha, cortina, fita adesiva, cesta plástica, entre outros) e construir algo que atirasse bolinhas d'água o mais longe possível. Ganhamos do time concorrente, e recebemos um vale de U$10.00 para gastar no Walmart. Brincamos ainda de volei com uma bola de ar (apesar de terem árvores! no campo), e o que eles chamam de corn-whole, uma brincadeira tipicamende de Indiana: o objetivo é acertar o saquinho de milho na caixa no outro lado, se cair na caixa, conta 1 ponto, dentro da caçapa, 3 pontos (foto).

Finalmente, tinha o conserto do 'Eve 6', uma banda que teoricamente fez algum sucesso nos Estados Unidos nos anos 90 (nunca ouviu falar? nem eu!), e que fizeram mó propaganda na universidade por semanas, e que cada um poderia trazer apenas um convidado. Encontramos com todo mundo lá, a música era mais ou menos, e estava muito menos cheio do que eu imaginava pela propaganda. Qualquer início de empurra os seguranças interfiriam e expulsavam o indivíduo do estágio. Volta e meia levantavam algumas pessas - talvez o melhor meio de transporte entre um canto e outro -, e a Chandy foi uma delas.

No final ainda passamos com a Joni numa fraternidade de garotas onde estava tendo uma festa, acho que com cerveja, mas estava meio caída. Segundo a Joni como não tem muita coisa pra fazer aqui, a universidade se esforça pra fazer várias atividade, senão o pessoal ia começar a enlouquecer. O Seth ainda saiu com o Juergen, Cristopher e Daniel para alguns bares, mas eu preferi ir dormir cedo dessa vez, afinal de contas, tenho café da manhã na cantina aos domingos...

sábado, 8 de maio de 2010

É carnaval

Depois da aula de árabe (onde eu aprendi que 'sfiha' é a versão aberta tipo habib's, e 'fatira' é nossa esfiha normal, fechada), fomos participar do carnaval que estava acontecendo no ginásio da faculdade. Segundo o Anthony, 'carnival' em inglês é como uma festa com atividades 'outdoors', normalmente acompanhada de churrasco de hambúrguer. Apesar da criançada levar quase 2 minutos pra completar o circuito, brincamos a sério, e fizemos o mesmo em menos de 30 segundos: verdade seja dita, todo mundo saiu bastante ralado, mas tudo bem...

Apesar de eu ter assistido a peça no dia anterior, depois de muito refletir entre passar roupa x assistir o mesmo show, resolvi ficar com a segunda opção e me juntei ao pessoal. Depois da peça, aproveitamos pra tirar foto com os atores, e claro, emendamos em algumas partidas de ping-pong na residência. Como a mesa do Percopo 2 estava ocupada, fomos para o terceiro piso, onde a rede não tem suporte. Revezamos o par que ficava segurando a rede (subindo e descendo, a fim de atrapalhar o máximo possível o jogo, hehehe). Depois jogamos todos os jogos de carta que nos lembrávamos, e nossa estratégia funcionou novamente: acordamos apenas a tempo pro almoço justamente no dia em que não temos direito a café da manhã!