Bruxelas e Brugges

Quando a Carolina comprou pra gente os bilhetes de trem pela internet, ela selecionou a opção de desconto com o cartão OV, que nem eu nem a Audrey temos. Perguntamos na estação de Delft, mas eles não podiam fazer o upgrade no nosso ticket já que era um trem internacional. Fomos até Rotterdam onde faríamos a nossa conexão torcendo pro controle não nos pedir os bilhetes. Lá, só tínhamos 5 minutos para tomar o trem, e deixamos esse negócio de upgrade de lado. Numa das estações o pessoal do controle entrou pedindo os tickets de todo mundo, vi que a Audrey estava dormindo (ou pelo menos fingindo), e resolvi fazer o mesmo, fechei os olhos e seja o que Deus quiser. Nossos bilhetes estavam em cima da mesa, ouvi alguma coisa deles mexendo nos papéis e falando algo sobre Bruxelas, pra nossa sorte não nos acordaram pedindo o cartão de desconto...

Viajar domingo na Europa dá medo, tudo fechado, as ruas desertas, e em Bruxelas ainda tem o agravante de uma mendigagem crônica. Como o 'free walking tour' ainda não chegou na cidade (quase), perguntamos a uma vendedora de passeios turísticos e conseguimos um mapa com todas as atrações da cidade. Visitamos o tão famoso garoto mijador, a praça principal e algo mais pelo caminho. De tarde fomos ainda a Brugge, onde provamos vários chocolates caseiros.

Na nossa volta pra Holanda, nem precisaríamos fingir que estávamos dormindo, mas acho que também não passou nenhum cobrador de bilhetes. Assim que chegamos em Delft eu comentei com a Aundrey que nem precisávamos de tickets pra viajar, e quando me dei conta, vi a cobradora extamente atrás da gente. Não sei se ela chegou a ouvir ou não, mas já era tarde, e estávamos sãos e salvos fora do trem, de volta pra 'casa'!