domingo, 21 de novembro de 2010

Damascus

Tive sorte que o meu vôo com conexão em Medina não era para peregrinos, mesmo assim eu era o único não-árabe no avião. Ao chegar na Síria, passei muito rápido na imigração, e logo encontrei com o motorista que ia me levar para o albergue. Ele também estava dando carona para um saudita, que a primeira coisa foi me perguntar se eu era muçulmano e o que estava fazendo em Medina. Nenhum dos dois falava nada de inglês, e como eu também não falo quase nada de árabe, nossa conversa foi bem restrita a coisas básicas.

O hostel ficava literalmente nas muralhas da cidade, e uma das saídas era essa escadinha vagabunda que dava pra rua. Ao contrário da Arábia Saudita, as mulheres não precisam usar abayas ou hejabs, só usa quem quiser, pelo menos na cidade, uma minoria. Mulheres usando luvas e cobrindo o corpo todo, quase não se vê. Fiquei impressionado mesmo foi com a quantidade de estrangeiros na cidade. Parece que todo europeu que estuda árabe precisa passar um semestre em algum país do oriente médio pra se formar, e como Damasco é barato e vende-se álcool, tornou-se um destino bastante popular entre estudantes. A cidade velha é dividido em 3 áreas principais: o bairro judeu, o bairro muçulmano e o bairro cristão. Antigamente cada parte tinha o seu dia de folga diferente: sexta para os muçulmanos, sábado para os judeus, e domingo para os cristãos. Parece que os sírios em si não tem nada contra judeus em si, mas sim contra Israel. De qualquer forma, praticamente não há mais judeus na cidade.

3 comentários:

  1. Assustadora a escadinha do seu hotel. Dá mais detalhes sobre a viagem, ontem vc falou que foi perto da fronteira com Israel, que cidade era?

    bjs

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  2. Oi Marcos,
    bem interessante a placa do aeroporto, e os símbolos que eles escolheram para homens e mulheres.
    Acredito que o bom de viajar é perceber que aquilo que nós rotulamos como Oriente Médio não é homogêneo e tem vários países bem diferentes entre si.
    Beijos e divirta-se
    Mamãe

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  3. Como você se comunicou com o motorista?
    Uma dica quando não se domina a língua é comunicar-se através de gestos, como os surdos e mudos.
    A entrada é inusitada e estratégica. A escada é muito boa para exercícios.

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