terça-feira, 30 de novembro de 2010

Previsão do tempo

Hoje pela primeira vez vi na TV a previsão do tempo no país. Além do óbvio (calor e sol forte pelos próximos 200 anos =), achei interessante como eles mostram as tempestades de areia se movendo pelo mapa. Aparentemente agora em novembro e início de dezembro é a época de maior ocorrência. Recebemos um e-mail da KAUST um tempo atrás recomendando não sair de casa quando elas ocorrem, mas a verdade é que ninguém deixa de trabalhar ou ter aula por causa disso, os funcionários que trabalham ao tempo recebem máscaras, e só. Essa semana foram pelo menos umas 3, é uma sensação desagradável o gosto de areia que fica na garganta. Hoje tive sorte que quando estava saindo pra aula, o Hani acabava de chegar e me deu uma carona até a faculdade. Depois do almoço pra voltar já estava trânqüilo.

Ontem a noite tivemos a apresentação do Iemen, foi bacana aprender um pouco da história do país, ver as roupas típicas e provar a comida local. O chá deles também leva leite, acho que deve ter sido uma das influências britânicas no país. Falaram bastante da Ilha de Socotra, que é considerado um patrimônio natural pela UNESCO, mas pra falar a verdade, não achei nada demais, o Brasil ou o México tem uma tonelada de ilhas que dão de 10. Estamos agora é tentando convencer o Beshir a fazer uma apresentação sobre a Eritréia, o país que consta no passaporte/cidadania dele, apesar dele jamais ter ido lá.

domingo, 28 de novembro de 2010

Final de semestre!

Ao invés de viajar ou fazer o Hajj em Mecca/Medina, vários alunos resolveram ficar na faculdade pra adiantar os projetos e homeworks de final de ano. Nada contra, o problema é que como boa parte da classe já se adiantou, os professores se acham no direito de inventar e cobrar além. Semana passada foi bastante apertada, trabalhando muito contra os prazos, e indo dormir tarde quase todos os dias. Só consegui sobreviver porque tenho amigos e dividimos/copiamos irmamente as tarefas para casa. Ainda tenho que fazer um projeto que nem comecei para essa semana, mas está muito mais trânqüilo agora.

Pelo que vejo dos meus roommates e dos outros alunos, parece ser uma (outra) época de exames. Praticamente todas as salas de vidro da biblioteca estão ocupadas por chineses, que as consideram uma extensão da própria casa. Era por volta de meio-dia quando contei pelo menos 5 cochilando na biblioteca. Amanhã teremos um evento sobre o Iemen, e o Saeed é um dos organizadores, aparentemente além da história, fotos, etcs, também teremos dança típica, roupas, e claro, muita comida! =)

sábado, 27 de novembro de 2010

Saúde ao rei da Arábia Saudita!

A versão oficial é que o rei foi a Nova Iorque se tratar de um probleminha de saúde. Agora, se realmente não fosse nada grave, não faz sentido ele atravessar meio mundo pra ir ao hospital, enquanto há varios tops de linha aqui no Oriente Médio. Dizem que tudo está muito bem, mas a verdade é que o rei já tem 80 e tantos anos e o país já começa a pensar como seria uma possível sucessão. O seguinte da fila também tá pra mais pra lá do que pra cá nos seus 85 anos, o outro próximo sucessor é mais novinho, 75 anos, porém super conservador, o que causa um tanto de apreensão. Durante a nossa visita a Ta'if, sempre que nos despedíamos de um local, todos desejavam saúde e vida longa ao rei. Acredito que nos jornais e revistas devam estar cheios de notinhas de empresas/pessoas desejando melhoras.

Descobri que não fui o único aluno a ser interrogado ao tentar entrar no Red Sea Mall. Como eu tinha escrito ontem, aqui eles levam muito em consideração as aparências, se você parece ter muito dinheiro, dificilmente vão te criar problemas. O Saad tava falando que em geral na Síria eles não vão muito com a cara dos sauditas porque eles vão pra lá fazer tudo que eles não podem fazer na Arábia, o que não se restringe em ir ao cinema ou ao teatro. Acredito que muitas garotas do Líbano e da Síria devem se deslumbrar com toda a grana dos sauditas, o que faz os locais morrerem de inveja. Lembro que na volta de Beirute um saudita estava casado/acompanhado de uma ucraniana deslumbrante, que tampouco falava árabe. Acho que só mesmo com o tempo as pessoas descobrem que o dinheiro compra muito menos do que a gente pensava, e que não deveríamos dar tanta importância a ele.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Volta a Arábia Saudita

Quando cheguei de Beirute, não encontrei ninguém da KAUST no aeroporto e tive que pegar um táxi sozinho pra universidade. Uma das primeiras coisas que o motorista me perguntou foi qual era a minha religião, apesar de em geral os sauditas nos tratarem bem, acho que no fundo eles nunca se sentem confortáveis de verdade com infiéis no país deles. O meu professor de Optoeletrônica é super gente fina, mas na última aula ele estava comentando como o pessoal aqui trata as pessoas pela aparência. Quando ele chegou de viagem e pegou um táxi pra universidade, talvez pelo fato de ele ser asiático ou pelo sotaque, o trataram friamente até chegarem na casona dele, quando finalmente o motorista se surpreendeu, e ofereceu ajuda até pra legar a bagagem pra dentro da casa. É muito triste ver as pessoas serem julgadas e tratadas de forma diferente apenas pela aparência, cor da pele, religião ou qualquer outra bobagem.

Pra compensar a viagem ontem a Ta'if foi super divertida. A cidade fica nas montanhas, acho que a mais de 2000 metros de altura, e como durante o verão, Riad fica um verdadeiro inferno, a família real migra em peso pra lá. Nossa primeira parada foi um hotel 5 estrelas para cavalos, que recebem hóspedes/animais do mundo todo: Bahrein, Egito, Paquistão... Ainda passeamos de camelo, encontramos com babuínos e descemos num teleférico incrível: conecta um hotel estrelado no topo das montanhas a um parque aquático sensacional na parte baixa. O trajeto passa por cima das autoestradas e apesar de ir bem rápido, leva uns 20 minutos pra fazer o trajeto todo porque o percurso é muito grande. As piscinas da mulherada ficavam cobertas por muros de mais de uns 20 metros de altura e não dava pra ver nada, nem do telefórico. Chamou a atenção foi como a cidade é bem mais conservadora que Jeddah, todas as mulheres usavam aqueles panos que só deixa aparecer os olhos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Volta a vida de universitário...

Na capital, Beirute, passei mesmo menos de um dia, mas valeu a pena pra conhecer. Além do Raouche (essas pedrinhas ao lado), foi bacana ver uma parte da cidade que ficou por muito tempo inabitada, pois era bem na divisa entre os bairros muçulmanos e cristãos (o Green Line), e apesar de novos arranha-céus estarem tomando o terreno, ainda se vê vários prédios detonados pela guerra, entre hotéis, residências, etc. O centro antigo da cidade foi totalmente destruído, e atualmente foi todo refeito, ou seja, dá uma sensação de algo bastante artificial, meio que sem sal. O Museu Nacional abriga obras incríveis da Idade do Bronze, do Imério Romano, e apesar dos muçulmanos reinarem por mais de mil anos, eles tem apenas uma prateleira com peças de arte relativamente simples, tipo potes e pratos.

Comparando as pessoas dos diferentes países, os sírios são sem dúvida os mais amigáveis. As libanesas só de olhar pra elas, já fecham a cara direto. Mas a grande surpresa mesmo foi no vôo de volta: uma saudita que estava embarcando um pouco antes de mim foi sem dúvida a mulher mais bonita que eu vi na viagem toda! No Líbano ela não usava nem hejab nem abaya, mas foi só pisar na Arábia que ela se enrolou toda nos panos, e halas. De volta a KAUST, descobri que vários alunos passaram essa semana toda adiantando os projetos, e sobrou pra quem viajou, virar noites e noites tentando recuperar o tempo perdido. Com certeza que valeu muito a pena esse tempinho, e amanhã já vou viajar de novo para Taif, nas montanhas ao sul de Jeddah.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Líbano

Achei que o mais bacana do Líbano sem dúvida foram as ruínas de Baalbeck, devido ao clima seco e poucas chuvas, a cidade se orgulha de ter os templos romanos mais bem preservados do mundo. A única coisa que faltava mesmo era o telhado, que era feito de folhas de cedro, e por motivos óbvios, não resiste tão bem assim ao tempo. O nosso guia também conseguia falar um bom português, o irmão dele mora no Paraná, o que é relativamente comum, ter familiares no Brasil. Parece que o Brasil é o país com mais libaneses no mundo, eles dizem ser entre 6 e 8 milhões, mas eu tenho cá minhas dúvidas se também estão contando as Shakiras e os Carlos Slims da vida...

O Líbano sem dúvida é muito mais liberal que a Síria, a internet não tem bloqueio nenhum, há eleições, e tudo mais. Mas a impressão que eu tive é que em geral a população vive muito mais pobre. Em Tripoli a diversão da meninada era andar com essas armas de brinquedo por aí. Quando o pessoal nos notava, pediam pra gente tirar foto, só por curiosidade mesmo, e depois vê-los no visor. O engraçado é que eles vinham provavelmente me perguntar pra traduzir alguma coisa, e eu só tentava explicar que apesar de não parecer, eu era um falso árabe e só falava inglês. Falei com uma senhora em árabe que eu era do Brasil, e ela começou a berrar pra vizinhança toda, e me mostrava de onde tirar fotos legais do morro.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Síria e Líbano

Tanto na Síria quanto no Líbano todo mundo achava que eu era do local, e sempre falavam em árabe comigo. Na primeira noite em Damascus, fui com o pessoal do albergue a grande mesquita da cidade (que já foi templo romano, cristão, entre outros), de lá nos mandaram para a bilheteria, mas acabou que deixamos pra lá. No dia seguinte voltei a mesma mesquita sozinho, dessa vez ninguém me pediu ingresso, e entrei até na sala de orações sem problema nenhum. Enquanto voltava pelas escadas para o albergue, um grupo de turistas europeus que passavam pela rua me tiraram uma centena de fotos do suposto árabe voltando para casa.

No albergue também funcionava um curso de árabe para estrangeiros. Foi bacana sair com o pessoal que morava no local, o que eles achavam do país e também com os sírios. A primeira coisa que os sírios me disseram é que o eles fazem na Arábia Saudita não é Islã, que na época do profeta também viviam em Meca e Medina cristãos, judeus e muçulmanos sem problema nenhum, e nada comparado com essa segregação de hoje de homens e mulheres. Me surpreendi que nem todos os muçulmanos tem vontade de fazer o Haj (a peregrinação a Mecca/Medina que todos com condições deveriam fazer). Um dos passos é atirar pedras no capeta quando ele tentou Abrãao a não matar o seu filho, segundo um palestino que estava com a gente, por que fazer isso na única vez que o coisa-ruim falou algo que presta?

Como um pessoal do albergue também ia pro Líbano, resolvemos fazer um grupo e viajar junto. Me impressionou a quantidade de carros alemães no Líbano, diria que mais da metade dos carros do país são Mercedes ou BMWs, entre novos, velhos e usados. Segundo o Ahmed, do Bahrein, que estava viajando com a gente, os libaneses são piores do que judeus, vão pra locais do mundo em que ninguém faz dinheiro, tipo países da África, e monopolizam a venda de água e comida. O esteriótipo deles no Oriente Médio são de pessoas super orgulhosas do seu país, e um tanto quanto arrogantes, praticamente uns argentinos. Eles chamam Sidney de segunda Beirute, devido a quantidade de libaneses por lá. John, da Nova Zelândia, garantiu que os australianos são o pior povo do mundo, uma mistura de italianos, gregos e libaneses.

A entrada para as ruínas ou a maioria dos locais turísticos tinha preços distintos para libaneses e estrangeiros, volta e meia eu também pagava metade, só não abrir a boca. No caminho para Sidon e Tyre (perto da fronteira com Israel), vê-se vários cartazes com fotos dos mártires e órfãos de guerra, além de várias bandeiras do Hezbollah. Me pareceu que esses grupos extremistas crescem com muito mais facilidade nos locais mais pobres, esquecidos pelo poder público. Felizmente o líder atual do Hezbollah é mais relax. Uma parte considerável da população do Líbano é cristã, mas não me pareceu que se misturam tão bem quanto na Síria. Nos locais onde há cristãos, se encontra em várias ruas, praças e locais públicos diversas cruzes e imagens de santos, o que eu acredito que deva gerar uma certa tensão com os muçulmanos, que não espalham nenhum símbolo religioso pela cidade.

domingo, 21 de novembro de 2010

Damascus

Tive sorte que o meu vôo com conexão em Medina não era para peregrinos, mesmo assim eu era o único não-árabe no avião. Ao chegar na Síria, passei muito rápido na imigração, e logo encontrei com o motorista que ia me levar para o albergue. Ele também estava dando carona para um saudita, que a primeira coisa foi me perguntar se eu era muçulmano e o que estava fazendo em Medina. Nenhum dos dois falava nada de inglês, e como eu também não falo quase nada de árabe, nossa conversa foi bem restrita a coisas básicas.

O hostel ficava literalmente nas muralhas da cidade, e uma das saídas era essa escadinha vagabunda que dava pra rua. Ao contrário da Arábia Saudita, as mulheres não precisam usar abayas ou hejabs, só usa quem quiser, pelo menos na cidade, uma minoria. Mulheres usando luvas e cobrindo o corpo todo, quase não se vê. Fiquei impressionado mesmo foi com a quantidade de estrangeiros na cidade. Parece que todo europeu que estuda árabe precisa passar um semestre em algum país do oriente médio pra se formar, e como Damasco é barato e vende-se álcool, tornou-se um destino bastante popular entre estudantes. A cidade velha é dividido em 3 áreas principais: o bairro judeu, o bairro muçulmano e o bairro cristão. Antigamente cada parte tinha o seu dia de folga diferente: sexta para os muçulmanos, sábado para os judeus, e domingo para os cristãos. Parece que os sírios em si não tem nada contra judeus em si, mas sim contra Israel. De qualquer forma, praticamente não há mais judeus na cidade.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Em algum lugar entre a Siria e o Libano

Soh pra avisar que nao tive problemas em Meddina, cheguei bem na Siria, e agora estou viajando pelo Libano. Volto pra Arabia sabado de noite, entao nao esperem por posts antes de domingo... O que mais me chamou a atencao foram todos os esteriotipos e o que os arabes acham uns dos outros

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Hajj

Hajj é uma das datas mais sagradas do mundo islâmico, pelo menos uma vez na vida os muçulmanos que tem condições, devem visitar Mecca e Medina durante essa época. Basicamente, a quase totalidade dos alunos aproveita esse período de recesso para viajar, e comigo não vai ser diferente. Há quase um mês dei entrada no processo de visto para a Síria, mas toda semana o consulado achava um erro, e hoje, último dia antes de viajar, consegui o bendito visto! Outro problema é que eu tenho uma conexão em Medina justamente nessa época de peregrinação, óbvio que vou tentar ser o mais discreto possível, perguntar pouco, e torcer para que não seja um vôo de peregrinos, se não também não me deixarão embarcar...

Mas só o fato de ter conseguido o visto para a Síria já me fez ganhar o dia! Essa foi uma semana cansativa, ontem tive 2 exames, além de um homework longo de estatística. Hoje de manhã trabalhei com o meu grupo no projeto, e de tarde, no paper de optoeletrônica, tentando adiantar tanto quanto possível antes da viagem. Nem comecei a arrumar as malas, mas ainda tenho o churrasco da Débora de despedida. Ela e o Conrad vão para a Hungria nesse Eid. Aliás, como sempre, todo mundo vai para o mundo todo: uns amigos foram para o Rio de Janeiro, outros estão em Tokyo, Taiwan, Indonésia, Vietnam, Itália, Camboja...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Bike

O Cecil estava irritadíssimo que construíram um píer enorme só para a casa do presidente, e que com 10% da grana gasta lá dava pra fazer o circuito de mountain bike que ele tanto reclama com a KAUST, enfim, prioridades que não dá pra entender direito na universidade... Daqui a alguns dias ele vai pra África do Sul participar de uma competição em grupo, segundo ele deve ser transmitido pela TV. A irmã dele, além de pedalar, também organiza alguns eventos, ela desceu de bike desde Cairo até a Cidade do Cabo. Parece que volta e meia apareciam no caminho uns animais selvagens, em Botsuana ela estava pedalando sozinha porque uma parte do grupo estava a frente e outra atrás, mas surgiram o que eles chamam de cachorros selvagens, por sorte um carro estava passando perto e serviu como 'escudo' para protegê-la.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Churrasco da Débora

Agora virou oficial: toda quarta-feira haverá churrasco na casa da Débora e do Conrad! A idéia é bacana: cada um leva uma carne e uma bebida ou algum prato qualquer. Como uma das casas vizinhas era inabitada, pegáva-se cadeiras emprestadas, mas recentemente o André descobriu que há gente morando no local. Agora surgiu a preocupação de se fazer uma política de boa-vizinhança, e nessa quarta-feira, além do Angel e da Juliete também apareceram 2 sauditas que trabalham no Inovation Center e levaram uma 'feijoada' picante! Achei curioso que uma delas não usava nem abaya nem véu cobrindo o cabelo, ambas eram gente finíssima.

Parece que essa quarta-feira foi 'o dia' pra festejar, na casa do Sérgio ainda estava rolando uma, e segundo os meus roommates, nosso outro vizinho reuniu mais de 30 pessoas! Quando cheguei em casa encontrei uma galera saindo de bicicleta da casa do Ouf/Iran. Pra compensar o final de semana foi bastante sossegado, muita gente foi pra viagem de jatinho particular a Sheyba, e os outros (como eu) ficaram em casa estudando pros exames. Ontem a noite ainda assisti um filme no cinema da KAUST: 'Devil', sobre um grupo de pessoas presas num elevador. Curiosamente a sala estava bem cheia, acredito que a maioria dos árabes aproveita o fato de ser um dos únicos cinemas dentro do Reino e não deixam passar nada.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quem quer emprego?

Me voluntariei a ajudar na feira de empregos da KAUST, voltada principalmente para os alunos que estão se formando no final desse ano. Como voluntários recebemos várias regalias além do crachá, como almoço e janta VIP. A comida estava uma delícia, serviram o que eles chamam de champagne saudita, que é relativamente caro no supermercado. Achei que mais parece um refrigerante com pouco gás, mas gosto é algo que não se discute... Mas foi uma chinesa quem robou a cena ontem a noite: apareceu no jantar com uma micro-saia que dava pra ver praticamente o joelho todo! Alôu, non-sense mandou lembranças: estamos na Arábia Saudita, e com convidados não acostumados a mulheres sem abayas!!

Hoje cerca de 20 empresas apareceram e várias delas já estavam fazendo entrevistas para contratação no final do ano. Todos garantiram que essa feira foi muito melhor que a do ano passado. Dizem as más línguas que antes nem pediam seu currículo se você não fosse saudita. Agora tinham oportunidades até mesmo para mulheres trabalharem dentro do reino. O que me chamou bastante a atenção foram os presentes dados pelas empresas sauditas para quem visitava os stands, tipo relógios, mouse-pads, pen-drives, rádio-relógios, além de sanduíches, chocolates, sucos, refrigerantes...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Um rato!

Dava pra ver que o Hani estava bastante incomodado com o fato que tinha acabado de ver um rato passeando dentro do quarto dele e me pediu ajuda. Peguei uma vassoura e comecei a caça por todos os cantos, enquanto ele me apontava de cima da cama para onde o roedor tentava se esconder. Acabei destruindo a vassoura, mas por fim consegui aniquilar a besta. Como já era tarde e a lavanderia estava fechada, ensinei o Hani como usar a máquina de lavar e emprestei um pouco de sabão em pó.

Hoje contratamos o serviço de limpeza: 3 filipinos só para a nossa casa, achei um tanto quanto exagero, mas tudo bem. Segundo o Hani na Arábia é normal ter um filipino trabalhando em casa porque a mão-de-obra é bem barata. Segundo ele um grande problema é que muitas famílias sauditas pagam a passagem pra eles virem para o país, mas depois de um ou dois meses de trabalho vários deles fogem. Parece que o tio dele teve um problema sério quando foi para os Estados Unidos com 2 filipinos que fugiram lá, e o governo americano se recusou a ajudar a capturá-los.