sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Clínica de Mountain Bike

A Young KEMA (grupo de jovens da empresa) colocou o cartaz no local mais visível possível: bem em frente a máquina de cafés. Mandei um e-mail perguntando se como estagiário também poderia participar, e fui sondar a Dona Pieterese onde alugar uma mountain bike for um dia em Suvaquinho. A resposta da Young KEMA veio rápido: sem problemas pra participar, eles arranjariam uma bicicleta para mim e ainda teria direito a participar do jantar chinês encerrando o dia (sim, comida grátis!).

Levei meu capacete, bermuda de ciclista e óculos de sol tudo escondido na mochila. Almocei com meus chefes e avisei que sairia um pouco mais cedo naquele dia. Na clínica tinha um mexicano que fez faculdade em Delft, mora na Holanda há 6 anos e também não falava holandês, assim nosso instrutor repetia todas as informações em inglês. Passamos por caminhos super divertidos na floresta aqui perto, aprendemos vários truques como andar sobre raízes, pular troncos, etc.. Depois do passeio, a tão esparada janta: um verdadeiro exagero de comida! Mas tudo o que sobrou (que não foi pouco!) foi direto pra lata do lixo. Segundo os holandeses a comida estragaria mesmo pro dia seginte, ainda mais em se tratando de chineses...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Bélgica num dia

Apesar das desventuras com os trens, estávamos tão felizes que finalmente havíamos chegado na Bélgica, que todos esqueceram dos recentes acontecimentos na estação de trem. Também não tínhamos hora marcada pra nada, estávamos de folga e a última coisa que queríamos eram preocupações! Nossa primeira parada foi em Antwerp, um importante porto e centro comercial, famoso pelos diamentes. Dali pra baixo foi o que os espanhóis chamaram de Bélgica (católicos), e dali pra cima, Holanda (protestantes). Mesmo sendo domingo, a cidade estava cheia, e tinha um evento super bacana de vários tipos de bicicleta por todo canto.

Demos uma volta pelo centro antigo, a catedral, praças, oficinas de bicicleta, lutas de sumô para crianças... O que me chamou a atenção em Antwerp foram as pessoas vendendo itens de segunda mão nas calçadas (ok,à lá estilo camelô mesmo). Muita tralha, mas também tinha coisa interessante e de qualidade no meio, a Chandni comprou um tigrão de pelúcia por algo como 1 ou 2€. Como estávamos contra o relógio, apanhamos o trem para Gent. A cidade é repleta de construções medievais, e consegue manter a atmosfera estudantil mesmo nos finais de semana. Fomos uns dos últimos a visitar o castelo da cidade, que fica cercado por canais. Subitamente nos recordamos da experiência de ida, e resolvemos apanhar o penúltimo trem de volta a Holanda, mas dessa vez chegamos em casa sem maiores incidentes.

sábado, 24 de setembro de 2011

Fim de semana com Pati e Chandni

Pra quem não se lembra: Chandni é a indiana que estudou comigo nos Estados Unidos e os pais vieram transferidos para a Holanda no meio do ano passado. Ela é super gente fina, mas um tanto quanto enrolada com trens! Ano passado nos encontramos em Delft também para uma viagem a Bélgica e perdemos 3 trens seguidos! Esse final de semana ela conseguiu chegar aqui em suvaquinho perdendo 'apenas' uma conexão em Utrecht. Fizemos um pacote de pão-de-queijo que meus pais trouxeram no forno/micro-ondas do meu colega de quarto e tomamos uma latinha de guaraná que eu comprei no aeroporto de Portugal. Ela estava super nervosa que o boletim da faculdade sairia no sábado e não parava de acessar a internet.

Deixamos ela no trem para Utrecht, mas não contávamos com Murphy. No meio do caminho os pais dela ligaram avisando que o boletim tinha saído e que ela tinha mandado super bem! Saltou ali mesmo numa estação minúscula no meio do caminho, provavelmente achando que já estava em Utrecht. Pegou o trem seguinte da estação fantasma, mas acabou cochilando no vagão e perdendo a estação que ia saltar. Quando passou o fiscal pedindo os bilhetes, ficou supreso como alguém podia estar tão errado, escreveu algo em holandês na passagem dela e mandou pegar o trem no sentido inverso para Utrecht (fácil, não?). Ela pegou o trem na plataforma certa, o problema é que era um daqueles grandes que se dividem para 2 locais diferentes, e adivinha em que metade ela estava? Ela bem que tentou atravessar para a metade certa, mas é impossível com o trem andando... Depois passou outro fiscal e começou a gargalhar com o que o fiscal número 1 escreveu no bilhete dela.

No dia seguinte, Murphy iria aprontar é comigo e com a Pati. Nosso plano era apanhar o primeiro trem para a Bélgica. O problema é que eu esqueci de ativar o alarme no meu celular e acordei espontaneamente (coisa que nunca ia acontecer com a minha querida irmã!) uns 10 ou 15 minutos antes do trem sair. No susto, colocamos a primeira roupa e disparamos para a estação. Perdemos trem de qualquer jeito, mas tudo bem, a Chandni também tinha chegado super tarde em casa e só ia apanhar o próximo mesmo. Como na cidade onde faríamos a conexão tínhamos quase 1h para matar, eesolvi explorar com a Pati. Descemos uma rua por 10 minutos e resolvemos voltar por uma paralela, que pelo visto não era tão paralela assim! Corremos muito para chegar a estação a tempo, mas perdemos o trem por uns 5 segundos. Dessa vez achamos mais seguro não sair sequer da nossa plataforma pelos próximos 60 minutos, e assim chegamos na Bélgica mais de 3h depois do previsto!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Bola pra frente

Entre todas as pessoas que eu conheço, sem sombra de dúvidas a Dona Pieterese é a que mais gosta de vida, em todas as suas formas. Semana passada ela comentou com um sorriso de orelha a orelha que a filha dela tinha vindo passar uns dias em casa, e com a minha irmã no meu quarto, a casa estava cheia de novo! Além dos gatos e do seu inseparável cãozinho, ela também tem um estranho carinho pelas lesmas e caramujos que ajudam a povoar o quintal. O problema é que uma árvore enorme do jardim dela estava doente já há algum tempo, e ela avisou a prefeitura que algum galho poderia cair na rua e acabar machucando alguém. Essa segunda-feira eles finalmente enviaram um pessoal.

Em questão de instantes aquela frondosa e imponente árvore de mais de 50 anos desapareceria para sempre do quintal. A própria prefeitura enviou um formulário a Dona Pieterese querendo saber o que ela faria no local. Se comprometeu no documento a plantar outra árvore, e assim que os técnicos saíram de casa, ela foi junto com o seu cãozinho Tilly a procura de brotinhos no caminho. Chega a ser engraçado como certas coisas mexem mesmo com as pessoas, desde que cortaram a árvore ela tem andado super abatida, a impressão que dá é que arrancaram um pedaço dela junto com a árvore. O lado bom é que um filho ou neto tem aparecido todo santo dia para dar apoio. Melhoras D. Pieterese!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Semana em Portugal

O esquema de trabalho na KEMA é bem interessante, teoricamente trabalhamos apenas 38h por semana (na prática 40h), assim, uma vez por mês pode-se tirar um dia de folga que seja mais conveniente. Como vou ficar aqui por 6 meses, resolvi tirar os 6 dias que tinha direito de uma vez, e tendo avisado meus chefes, fui com a minha irmã encontrar com meus pais em Lisboa. Saímos da fria e chuvosa Holanda para um Portugal de 30°C sem um único dia de chuva! A cidade antiga lembra muito o Rio de Janeiro.

Apesar da curta estadia, fiquei em 3 hospedarias diferentes. Primeiro foi com a Pati em algo como uma pousada, o andar inteiro do prédio era o pequeno 'hotel', quartos individuais, dividindo apenas a cozinha e o banheiro. Por menos €20 por noite no centro da cidade (10€ para mim, 10€ para Pati), estava excelente! Depois ficamos num hotel um pouco mais afastado com papai e mamãe (hotel Roma), mas super luxuoso! Finalmente, passei a última noite num albergue da juventude a 10€ com café da manhã incluso, tours pela cidade e wi-fi grátis.

Lisboa tem muita coisa pra se ver e fazer, e todos os dias passaram voando. Impressiona a quantidade e qualidade dos acervos dos museus. No museu do oriente haviam várias peças muito bem trabalhadas de locais como Japão, Índia, China e Timor Leste. Em outro museu, móveis e pinturas da idade média de artistas como Jheronimus Bosch (de quadros malucos bem antes da invenção do ecstasy). Fora Sintra, Torre de Belém, castelos, centro histórico, ruínas do Carmo e os pratões de bacalhau a menos de 5€!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Viajando com família

Ontem minha irmão chegou aqui em Suvaquinho e só visitamos uma fazendinha aqui perto, fora isso ela só comeu e dormiu o dia todo, o que parece ter um efeito renovador nela. Hoje a muito custo acordei-a relativamente cedo (foram apenas 10h de sono seguidas!), e Dona Pieterese nos levou para a caminhada diária com o cãozinho Tilly e nos apresentou arbustos infinitos com amoras silvestres e um tipo de castanha comestível que dava aos montes no parque aqui perto.

Depois fomos de bicicleta até a loja de cacarecos (www.aktion.nl), onde a Pati aproveitou para comprar botas de borracha. Passeamos rapidamente pelo centro, e amanhã nosso planejamento inclui acordar cedo (de novo!), visitar Amsterdam e de tardinha apanhar nosso vôo a Portugal. Mais informações, favor consultar o blog da Pati: http://noturnolandia.zip.net/

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sozinho no escritório

Pra muita gente ter uma sala ou um escritório só pra você é praticamente uma obsessão. Já eu não gostei muito dessa idéia... Agora que os franceses acabaram o estágio, sobrou apenas eu na sala, talvez na próxima semana chegue a nova turma. Segunda-feira saí e voltei pra casa sem ter falado com uma única alma viva o dia todo, preso diante do computador. Mesmo com sol, não dá vontade de almoçar fora sem ninguém. Terça-feira tive a reunião semanal com o meu chefe, e o Gerard (ex-estagiário), voltou pra devolver o cartão da KEMA e assinar o fim do contrato. Se formou na semana passada e já conseguiu um emprego como engenheiro de testes numa cidade perto de onde ele mora. Feliz da vida, trouxe 2 bolos pra comemorar.

Ontem também tive direito a bolo de uma desconhecida. Aparentemente foi aniversário de alguém, compraram bolo em exagero, e passaram de sala em sala oferecendo os pedaços. Agora passei a deixar a minha sanduicheira no escritório já que não como sanduíches em casa mesmo. Semana que vem a minha irmã chega aqui na Holanda, bem na época dos blackberries. Dona Pieterse já avisou que ela é super bem-vinda e vai me emprestar um colchão extra pra colocar no meu quarto. Vou ver se esse final de semana exploro mais locais aqui perto de casa.