sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sucesso!

Encerrando a semana, tivemos o show de talentos da KAUST nessa quarta-feira. Vários alunos, professores e funcionários mostraram algo interesante. Teve muita coisa boa: tango, pessoas cantando músicas pop/rock, piadas, poesia, piano, violino, e por último essa dança árabe sem graça. No intervalo durante o horário para reza das 8 e pouco, os árabes estavam cantando e dançando, e aparentemente estava tudo ok. Apesar de não terem tocado nenhum instrumento, não ter nenhum passo especial e ser um tanto quanto dessincronizado, foram escolhidos campeões pelos juízes.

Depois do show juntamos todos os brasileiros aqui em casa e ficamos até umas 2 e tanto da manhã preparando os brigadeiros, cajuzinhos e pães-de-queijo. Quinta-feira não foi muito diferente, ficamos desde manhã trabalhando na cozinho, e eu ainda coordenando uns pepinos no local das apresentações. Os filipinos que estavam trabalhando pra gente só aceitaram ligar os projetores quando tiveram mais que certeza que o horário da reza tinha acabado (isso mudo todo dia). Ninguém esperava que tanta gente fosse aparecer, acredito que mais de 300!

Rolou um pouco de estresse no início, já que todo mundo me procurava pra qualquer coisa, e eu ainda abri o evento, mas as apresentações foram incríveis. Depois a banda da Pia tocou várias músicas em espanhol e português (Paralamas do Sucesso e Garota de Ipanema). Os árabes estavam provocando pra ela dançar, ela lembrou que é proibido na Arábia e juntou uma galera perto do palco pulando e gritando! Os funcionários do Graduate Affairs olharam com reprovação e eu tive de pedir um por um pra todo mundo que estava filmando pra não postar os vídeos em lugar nenhum. Depois ainda tivemos o pós-festa não-oficial na casa do Eduardo, onde adicionamos um tanto de álcool na salada de frutas e sem restrições quanto a dança!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Páscoa

Pra mim domingo é o meu dia mais corrido, quando faço 3 matérias. Especialmente ontem, tinha 2 deadlines de trabalhos pra entregar, passei a tarde toda e boa parte da noite na biblioteca, trabalhando na tarefa de programação, pois tinha de enviar o trabalho pro professor antes da meia-noite. O Sérgio ainda chamou os brasileiros pra um café e celebrar a Páscoa, mas ontem eu estava realmente muito ocupado, e o dia passou como um outro dia qualquer. Acredito que passar o natal trabalhando deva ser bem pior, ano passado caiu num sábado, e com exceção dos alunos, todo mundo teve expediente normal na faculdade.

Por mais estranho que seja, essa idéia de aspirar água do mar parece ter surtido efeito na minha alergia, já estou 100%. Fora isso, a vida aqui continua ao normal, tirando todos os pepinos para o South American Night, que acontece esse final de semana (quinta-feira). A foto ao lado é de uma exposição na biblioteca com trabalhos da comunidade da KAUST, me surpreendi quando descobri que conheço vários artistas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Final de semana

Passei no médico pra verificar uma alergia, provavelmente por causa das recentes tempestades de areia, e me surpreendi mesmo foi com o remédio receitado: aspirar água do mar! Sim, vem num pacotinho, e deve ter sido caro a beça porque o troço é francês, mas como não sou eu que pago mesmo... Na própria quinta-feira ainda participei da trilha do Hash Run de tarde, pra mim é sempre bacana visitar um pouco do interior da Arábia, ver as casinhas humildes, os pastores de ovelha, os camelos andando por aí...

À noite, de volta a KAUST estava rolando um churrasco brasileiro, comemorar que o Guilherme veio passar o final de semana na faculdade (tinha de encontrar com um professor), com direito até a refrigerante batizado. Não bebi quase nada, mas hoje tive de acordar cedo porque tinha um trabalho em grupo, senti os efeitos do 'batismo'. Almoçamos todos os brasileiros num restaurante super legal bem ao lado do canal. Choviscou um pouco de manhã (!), mas em menos de uma hora toda a água acumulada evaporou.

sábado, 16 de abril de 2011

De volta pra Arábia

No final de qualquer viagem, sempre rola aquela saudade de casa, seja da sua caminha, o fato de não precisar dividir banheiro ou qualquer outra coisa... Seja o que for, essa suposta 'saudade' da Arábia acabou ainda na sala de embarque. No domingo fui tentar buscar meus óculos com o Felemban (saudita) e o Conrad (americano), mesmo com o recibo na mão, fomos barrados pelo segurança por sermos solteiros e o shopping ser um ambiente de família. Tentamos uma outra porta no estacionamento, e assim que o segurança se distraiu um pouco, corremos pela escada rolante. Uma vez dentro do shopping, fica tudo bem. Fomos barrados apenas ao tentar atravessar o playland local, e comer apenas na seção destina a 'solteiros'. Fora isso pudemos aproveitar o local, que estava bombando de mulheres (foto).

Esse final de semana fui andar de bicicleta em Khlais, é mesmo impressionante como o local está mudado depois de tanto tempo sem chuva. Passamos por uma plantação de melancias, e o pessoal que trabalhava lá, mesmo sem falar inglês, fez questão de nos dar 2 melões e uma melancia. Abrimos assim que acabamos o passeio, estavam uma delícia, super doces! Ainda fiz um churrasco aqui em casa com o pessoal da América do Sul, tivemos direito a molho a campanha, carnes, banana com açúcar e canela, e muita cerveja (sem álcool, óbvio!). Ainda tenho mais de uma dúzia guardada na geladeira, acredito que elas vão durar pelo menos até o próximo churrasco.

domingo, 10 de abril de 2011

Viagem

No Camboja não só hospedagem e comida, mas tudo era muito barato, a vontade que eu tive era de passar muito mais tempo por lá. Sentamos num aquário e fizemos a chamada massagem dos peixes: com a companhia de uma cerveja, mergulhamos os pés e deixamos os peixinhos comerem a pele morta. Passeamos pelo mercado e aproveitei pra comprar duas camisetas (1 dólar e meio cada). Infelizmente no dia seguinte meu ônibus já partia pra Tailândia cedinho, acabei nem tendo tempo de fazer massagem (U$1 por 20 min). Cheguei em Bangkok já eram umas 19h, e comecei a pesquisar empresas com bilhetes para o sul do país na mesma noite, e consegui um ticket baratíssimo (U$10) pras 14h de viagem num ônibus confortável até Krabi.

Já tinha parado de chover, mas no caminho dava pra ver vários povoados totalmente alagados, só aparecia a copa de algumas árvores mais altas ou o telhado de algumas casas. Em Krabi quase não havia turistas, e acredito que os preços estavam muito mais em conta por causa disso. Logo depois de fazer check-in num hotel, fui procurar uma agência de turismo pra fazer alguma coisa de tarde, e entre fazer uma trilha de elefante ou um passeio de kayak, optei pelo segundo. Além de mim, também tinha uma família de tchecos, bastante simpáticos. Andamos basicamente por manguezais, algumas cavernas e praias. Foi divertido e deu pra tirar bastante fotos.

sábado, 9 de abril de 2011

Malásia, Tailândia e Cambodia

Semana passada tivemos o nosso 'Spring Break': uma semana de folga no meio do semestre, e como é de praxe nessa universidade, todos os alunos procuram viajar para o lugar mais exótico possível. Resolvi que essa era a hora de realizar o meu sonho de conhecer as ruínas de Angkor e planejei minha viagem para o Sudeste Asiático. No aeroporto encontrei com uma galera que estava no mesmo vôo de ida e volta que eu pra Malásia, mas eles fariam uma conexão para o Vietnam, e meu vôo era pra Tailândia. Combinamos que na volta íamos tomar todas antes de chegar ao aeroporto! O aeroporto de Kuala Lumpur é sensacional, tem vários jardinzinhos cheios de mato espalhados por aí (sem ar-condicionado!), mas que fazem a alegria dos turistas recém-chegados.

Desde que cheguei na Tailândia, fiz questão de tomar pelo menos uma cerveja por noite, independente da ressaca do dia seguinte. Todo mundo falava muito da Tailândia, não achei Bangkok nada de mais não. É uma cidade grande, super poluída e a maior parte do tempo você passa parado em engarrafamentos. O lado positivo é que tudo é muito barato, mas estão sempre tentando meter a mão em tudo, é perigoso quando você não tem muita noção dos preços. Paguei U$35 pra passagem de ônibus pro Cambodia, mas vários gringos que viajaram no mesmo ônibus que eu pagaram apenas U$7, enquanto que outros mais de U$50! A pior parte nem é o dinheiro, mas a sensação de ser enganado.

Camboja foi sem dúvidas a melhor parte da viagem. Tudo lá é estupidamente barato (camas em dormitórios a partir de U$0.50 por noite!), mas também não economizei por lá: comi em restaurantes a U$2 o prato, hospedei num quarto super confortável a U$3 e tudo mais. Os britânicos que viajaram comigo de ônibus me falaram pra visitar as ruínas ao amanhecer, mas graças a já consagrada ressaca que eu sofria toda manhã, sabia que nem a pau eu levantaria às 5h só pra ver o sol nascer... Mesmo assim consegui acordar bem cedo, aluguei uma bicicleta e fui pedalando até o pedregulho. Me surpreendi mesmo foi com a quantidade de turistas que já estavam nos templos antes das 7 da manhã! São muitas ruínas, e impressiona a quantidade de detalhes. Eu esperava que depois de um tempo fosse ficar tudo a mesma coisa, mas os templos são tão diferentes entre si, chega a ser injusto um local só concentrar tanta coisa boa! Sai do parque um pouco antes das 18h, antes de escurecer.