
Semana passada tivemos o nosso 'Spring Break': uma semana de folga no meio do semestre, e como é de praxe nessa universidade, todos os alunos procuram viajar para o lugar mais exótico possível. Resolvi que essa era a hora de realizar o meu sonho de conhecer as ruínas de Angkor e planejei minha viagem para o Sudeste Asiático. No aeroporto encontrei com uma galera que estava no mesmo vôo de ida e volta que eu pra Malásia, mas eles fariam uma conexão para o Vietnam, e meu vôo era pra Tailândia. Combinamos que na volta íamos tomar todas antes de chegar ao aeroporto! O aeroporto de Kuala Lumpur é sensacional, tem vários jardinzinhos cheios de mato espalhados por aí (sem ar-condicionado!), mas que fazem a alegria dos turistas recém-chegados.

Desde que cheguei na Tailândia, fiz questão de tomar pelo menos uma cerveja por noite, independente da ressaca do dia seguinte. Todo mundo falava muito da Tailândia, não achei Bangkok nada de mais não. É uma cidade grande, super poluída e a maior parte do tempo você passa parado em engarrafamentos. O lado positivo é que tudo é muito barato, mas estão sempre tentando meter a mão em tudo, é perigoso quando você não tem muita noção dos preços. Paguei U$35 pra passagem de ônibus pro Cambodia, mas vários gringos que viajaram no mesmo ônibus que eu pagaram apenas U$7, enquanto que outros mais de U$50! A pior parte nem é o dinheiro, mas a sensação de ser enganado.

Camboja foi sem dúvidas a melhor parte da viagem. Tudo lá é estupidamente barato (camas em dormitórios a partir de U$0.50 por noite!), mas também não economizei por lá: comi em restaurantes a U$2 o prato, hospedei num quarto super confortável a U$3 e tudo mais. Os britânicos que viajaram comigo de ônibus me falaram pra visitar as ruínas ao amanhecer, mas graças a já consagrada ressaca que eu sofria toda manhã, sabia que nem a pau eu levantaria às 5h só pra ver o sol nascer... Mesmo assim consegui acordar bem cedo, aluguei uma bicicleta e fui pedalando até o pedregulho. Me surpreendi mesmo foi com a quantidade de turistas que já estavam nos templos antes das 7 da manhã! São muitas ruínas, e impressiona a quantidade de detalhes. Eu esperava que depois de um tempo fosse ficar tudo a mesma coisa, mas os templos são tão diferentes entre si, chega a ser injusto um local só concentrar tanta coisa boa! Sai do parque um pouco antes das 18h, antes de escurecer.