sábado, 27 de outubro de 2012

Vida em Bogota


Algo interessante aqui em Bogotá é que nos domingos e feriados fecham diversas ruas para carros e formam as chamadas 'ciclovias' das 7h da manhã às 2h da tarde. Aproveitei um desses feriados pra conhecer o centro da cidade de bicicleta, passei pelo bairro da candelária, muitas igrejas e casas antigas, tentei subir os Andes, mas morri no logo início do morro e voltei pra ciclovia. O bacana é que surgem vendedores de tudo pelo caminho, comprei um pedaço de melancia por menos de 50 centavos, provei um misto de frutas e ainda uma campainha pra bicicleta.

Sexta-feira é dia de futebol na empresa, e apesar das minhas conhecidas habilidades futebolísticas, resolvi participar. Enquanto estava no gol, tomei uma bolada na mão que ficou super inchada. Depois todos os engenheiros saíram pra jantar com o chefe (que me mandou ir ao médico) e emendamos num clube que ficava no último andar (45o) de um prédio no centro de Bogotá: muito legal ver todas as luzes da cidade. No dia seguinte eu iria mesmo ao médico, o problema é que tinha esquecido o passaporte na empresa, e nem a pau eu iria passar no exame do bafômetro que fazemos ao entrar(e ser pego nesse exame é uma falta gravíssima!).

No dia seguinte passei na empresa, finalmente peguei o meu passaporte, fiz alguns exames online e fiquei fazendo hora pro almoço. Fui num hospital aqui perto da minha casa, e depois da médica me atender e tudo, disse que eu estava na clínica errada (ela atendia só casos de vida ou morte), e me tocou esperar ser transferido pra outro hospital junto com toda a galera que se enganou. Passei por mais duas filas pra conseguir ser atendido, a médica disse que provavelmente eram bactérias e que isso poderia crescer muito, tomei uma injeção, me receitou antibióticos e descanso.

Resumo da ópera: nada de ir de bicicleta pro trabalho por uma semana! Tudo bem, voltei a ir e voltar de táxi, como fazia antes. O problema foi que quarta-feira o tempo estava ameaçando fechar, e depois de mais de 30 minutos chamando táxi e nada. Liguei pro pessoal da empresa que mora aqui perto e perguntei como eles iam pro trabalho. Apesar da passagem custar 1500 pesos, não sei como eles negociam o preço com o motorista e conseguem pagar só 1000. Sempre que vou sozinho pago os 1500, que ainda é muito mais barato que o táxi.

domingo, 14 de outubro de 2012

Pit-stop no Rio, e Colombia!


Foi uma semana de férias no Rio de Janeiro, mas que passou voando. Logo que notei, eu já estava de novo em Bogotá. Como era de se esperar que tudo acontece comigo, o motorista não tinha a chave do apartamento, nem sabia onde eu ia ficar, muito menos com quem conseguir a bendita chave. Depois de rodar Bogotá inteira e fazer mil telefonemas, consegui por fim me mudar para o novo endereço. Claro que ninguém trouxe as malas da outra habitação, mas isso é só detalhe. Aproveitei o tempo livre (raridade) antes de começar o trabalho pra comprar uma bicicleta e testar os melhores caminhos para ir pro trabalho.

Como já era de se esperar, os engenheiros mais antigos passam para os trainees tudo o que eles não querem fazer, e da-lhe calibração de ferramentas, que sempre tomam muito tempo! No meu primeiro dia, me colocaram num vôo com 2 operadores para uma cidadezinha perto da fronteira com a Venezuela calibrar duas ferramentas que estavam aí. Detalhe que eu só tinha visto isso uma vez na escola, e nenhum dos meus operadores tinham calibrado um AIT antes. Por sorte eu estava com o manual, mas mesmo assim quebramos muito a cabeça pra conseguir finalizar tudo antes das 8h, quando saía o nosso vôo pra Bogotá.

Virado, voltei a base só pra subir as calibrações, mas a gerente dos trainees me chama pra ouvir mais de 1h de blablablá. Logo depois do almoço parti para casa e só acordei no dia seguinte na hora de ir trabalhar. Surgiu um trabalho e o pessoal precisava que calibrassem algumas ferramentas (advinha pra quem sobrou?), dessa vez conseguimos acabar 4h e pouco da manhã e 5h já estava na minha caminha. 9h30 me ligam: precisam que calibre mais coisas! Pulo da cama e pego o primeiro táxi para a base. De tardinha meu chefe avisa que eu também iria pra esse trabalho, mas por fim descobriram que não tinha espaço no carro, e acabei ficando. Por fim consegui voltar pra casa um pouco antes das 23h.

domingo, 7 de outubro de 2012

Saindo do Rússia

A burocracia russa é algo que eu não desejaria nem pro meu pior inimigo (talvez uma exceção ou outra!), a boa vontade do pessoal que trabalha com essa papelada é impressionante. Apesar de termos ido para uma oficina que trata basicamente de estrangeiros, nenhum dos funcionários falava inglês, muito menos se esforçava para ser entendido. Como chegamos na sexta-feira faltando 30 minutos pra fechar, só conseguimos mesmo o formulário e umas taxas para serem pagas no banco. O Ulan nos ajudou traduzindo, e logo depois pegou o vôo pro Cazaquistão.

Acabamos passando a primeira noite no hotel do aeroporto, entramos em contato com a empresa, pedimos pra mudar para outro hotel mais perto do escritório e uma tradutora pra segunda-feira. Aproveitamos o tempo livre no final de semana pra passear um pouco por Moscou, mas estávamos super cansados e estressados. A Luisa tinha viagem marcada pra Cuba na segunda-feira, a namorada do David deu um ultimato, e cada dia a mais na Rússia significava um dia a menos de férias!

Na segunda-feira só conseguimos uma tradutora depois de brigar muito com a empresa, nos mandaram a 3 escritórios diferentes, e no fim das contas não resolvemos nada. Fiz um booking via telefone para mais uma noite, mas ao chegar pessoalmente no hotel (quase meia-noite), nos recusaram porque nossos vistos não eram mais válidos. Outra dor de cabeça até arranjar um hotel que nos aceitasse (um 4 estrelas!). Ligamos para os nossos chefes, que contactaram o pessoal da Rússia, que finalmente passou a nos tratar como prioridade máxima.

Na terça-feira enviaram uma garota super sagaz, que em 2 tempos conseguiu as assinaturas que normalmente demoravam uma semana, contactamos as embaixadas, e os vistos que eram pra demorar 10 dias, sairam no mesmo dia, e corremos para o aeroporto pegar o próximo vôo! Perdemos por 5 minutos, mas dormimos no saguão e no dia seguinte de madrugada, nós 4 conseguimos voltar pra casa!